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TEXTO 2



Furto de flor



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!



ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 76.

Algumas formas verbais recebem acento gráfico quando se ligam a pronomes átonos, como “conservá-la”. Assinale a alternativa em que a forma verbal está CORRETAMENTE acentuada ou está, CORRETAMENTE, sem acento gráfico.
  • A: Não gosto muito da bolsa que comprei. Resolvi da-la de presente.
  • B: Li um texto maravilhoso em inglês. Estou pensando em traduzí-lo.
  • C: Já lhe disse o recado duas vezes e agora tenho que repetí-lo novamente.
  • D: Apesar de gostar muito da minha casa, sei que algum dia terei que vendê-la.
  • E: Conheci um servidor público excepcional. Era preciso distinguí-lo dos demais.

TEXTO 2



Furto de flor



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!



ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 76.

Sabemos que a vírgula pode ser empregada, também, como um recurso estilístico. No Texto 2, por exemplo, a vírgula é facultativa no seguinte trecho:
  • A: “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia.”
  • B: “O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.”
  • C: “Eu a furtara, eu a via morrer.”
  • D: “Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la.”
  • E: “– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!”

Na leitura e interpretação do Texto 3, o leitor deve considerar tanto o texto verbal (o que é composto pelas palavras) quanto o texto não verbal, isto é, as imagens e os demais recursos gráficos.



Sobre o modo como os recursos verbais e os não verbais são empregados no Texto 3, analise as afirmativas a seguir.



1. No texto verbal, o emprego do recurso gráfico das letras maiúsculas (DESACATO) pretende destacar o tema.

2. Na figura humana da direita, os três traços próximos ao rosto e o dedo em riste indicam movimento e uma postura ativa, agressiva. Tais recursos são apropriados para representar um ataque ao funcionário.

3. Imagens no balão de fala da figura humana à direita, como cobra e bomba, além de sobrancelhas arqueadas e dentes à mostra, são recursos que conferem agressividade à cena.

4. As duas figuras humanas se assemelham, tanto pelos traços estilísticos do artista quanto pela postura igualmente passiva, como tais figuras são retratadas no texto.



Estão CORRETAS:
  • A: 1, 2 e 3, apenas.
  • B: 1, 2 e 4, apenas.
  • C: 1, 3 e 4, apenas.
  • D: 2, 3 e 4, apenas.
  • E: 1, 2, 3 e 4.

Releia este trecho da parte verbal do Texto 3:



“Ofender um funcionário público que está exercendo seu trabalho é crime de desacato.”.



Com o segmento destacado, o autor pretendeu:
  • A: especificar a situação em que o funcionário público está acobertado pela lei: quando está trabalhando.
  • B: justificar as razões por que a lei considera o desacato um crime: porque o funcionário está trabalhando.
  • C: inserir um trecho conclusivo: quem ofende funcionário público durante o trabalho comete crime.
  • D: destacar as consequências advindas do desacato: quem o cometer será considerado criminoso.
  • E: apresentar a condição necessária para o agressor ser punido: o funcionário tem que exercer uma função.

Da leitura global do texto, só NÃO é correto afirmar que a literatura
  • A: dá ao homem condições de autoconhecimento por meio de perguntas aparentemente frágeis e vagas.
  • B: coloca o homem em contato com sua verdade mais profunda e aterrorizante.
  • C: deve desequilibrar o leitor, roubando-lhe a certeza e instaurando a desconfiança.
  • D: atinge a todos, desmascarando suas mentiras, fragilidades e arrogâncias.

Na afirmativa “Mas ela apenas parece inútil.” (l. 19) , o advérbio “apenas” e o verbo “parece” reiteram o juízo de valor do autor sobre a importância da literatura, que para ele
  • A: é um entretenimento para a beira de piscinas e para as salas de espera dos aeroportos.
  • B: conserva um poder que não é de mais ninguém, com sua capacidade de lançar o sujeito de volta para dentro de si.
  • C: é uma especialidade destinada ao gozo dos pesquisadores e dos doutores.
  • D: caminha na contramão do contemporâneo, se contraindo, enquanto o mundo expande.

Assinale a opção em que NÃO se percebe uma ideia adversativa.
  • A: “Contudo, desde os gregos, a literatura conserva um poder que não é de mais ninguém.” (l. 33 e 34)
  • B: “Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a encarar o horror, as crueldades...” (l. 35 e 36)
  • C: “...que escândalos, que estragos, mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.” (l. 58 e 59)
  • D: “Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade, mas que – a literatura desmascara isso – não passa de ilusão”. (l. 44 a 47)

Assinale a figura de linguagem que traz a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles uma relação metonímica.
  • A: “Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se infiltra, como um veneno...” (l.55 e 56)
  • B: “...a literatura contrai, pedindo que paremos para um mergulho “sem resultados...” (l.16 e 17)
  • C: “Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade...” (l.44 e 45)
  • D: “...leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice...” (l.42 e 43)

Observe o uso do vocábulo que nos enunciados dos itens abaixo.

I. “...o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso espírito.” (l. 37 e 38)

II. “... nele instalada pelo ato da leitura, que escândalos...” (l. 57 e 58)

III. “Em um século dominado pelo virtual e pelo instantâneo, que poder resta à literatura?” (l. 1 e 2)

IV. “...e você verá que rombo se abre em seu espírito.” (l. 43 e 44)

Assinale a alternativa que apresenta a sua classificação correta.
  • A: I. pronome relativo; II. advérbio; III. partícula de realce; IV. pronome adjetivo.
  • B: I. conjunção subordinativa; II. pronome relativo; III. pronome interrogativo; IV. interjeição.
  • C: I. pronome relativo; II. pronome adjetivo; III. pronome interrogativo; IV. conjunção subordinativa.
  • D: I. conjunção coordenativa; II. partícula de realce; III. pronome relativo; IV. pronome adjetivo.

Assinale a alternativa que apresenta uma explicação INCORRETA.
  • A: Em “Tanto quando é vista como distração, quanto quando é vista como objeto de estudos...” (l. 30 e 31), os termos em destaque estabelecem uma relação de comparação entre as duas situações relacionadas.
  • B: Os dois pontos foram utilizados no excerto “...a literatura perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar...” (l. 31 a 33) para introduzir ideias que foram resumidas em um termo anterior.
  • C: A vírgula presente em “...a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na introspecção.” (l. 06 e 07) foi utilizada para marcar a elipse de um termo.
  • D: No período “...mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.” (l. 58 e 59) , se o sujeito fosse para o plural, a locução verbal ficaria: pode deflagrarem.

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