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Texto 1

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Rubel

Se for preciso, eu pego um barco, eu remo
Por seis meses, como peixe pra te ver
Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste e que eu desista de você

Se for preciso, eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida, mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força, e num instante de saudade e dor
Eu chego pra dizer que eu vim te ver

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Que amor tão grande tem que ser vivido a todo instante
E a cada hora que eu tô longe, é um desperdício
Eu só tenho 80 anos pela frente
Por favor, me dá uma chance de viver

Que amor tão grande tem que ser vivido a todo instante
E a cada hora que eu tô longe, é um desperdício
Eu só tenho 80 anos pela frente
Por favor, me dá uma chance de viver

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você

Se for preciso, eu pego um barco, eu remo
Por seis meses, como peixe pra te ver
Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste, e que eu desista de você
Se for preciso, eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida, mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força, e num instante de saudade e dor

Eu chego pra dizer que eu vim te ver
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Eu quero partilhar
Eu quero partilhar

A vida boa com você
Não tem, pra trás, nada
Tudo que ficou tá aqui


Se for preciso, eu giro a Terra inteira
Até que o tempo se esqueça de ir pra frente e volte atrás
Milhões de anos, quando todos continentes se
encontravam
Pra que eu possa caminhar até você

Eu sei, mulher, não se vive só de peixe, nem se volta no
passado
As minhas palavras valem pouco e as juras não te dizem
nada
Mas se existe alguém que pode resgatar sua fé no mundo,
existe nós

Também perdi o meu rumo, até meu canto ficou mudo
E eu desconfio que esse mundo já não seja tudo aquilo
Mas não importa, a gente inventa a nossa vida
E a vida é boa, mas é muito melhor com você

Eu quero partilhar
Eu quero partilhar
A vida boa com você (até o final)



Texto 2






São características do texto lido:
  • A: uso de linguagem formal a fim de convencer o leitor sobre as intenções de amor do autor.
  • B: emprego de linguagem denotativa de maneira que isso represente credibilidade ao leitor sobre o sentir do autor.
  • C: utilização de ideias sentimentais presas à realidade de futuro oferecida pelo autor.
  • D: despreocupação com o ritmo, seleção aleatória de palavras, o que resulta obrigatoriamente em rima.
  • E: presença de versos, agrupados em estrofes, os quais se apoiam em métrica (fixa ou não), em rimas regulares (ou não), mas tendo no ritmo a sua marca essencial intencionando prazer estético do leitor.




(Fonte:https://claudia.abril.com.br/sua-vida/a-urgencia-deresponsabilidade-afetiva-em-tempos-digitais/, acesso em janeiro de 2020, por Bárbara dos Anjos Lima e Fernanda Colavitti)

No trecho destacado da fala de Christian Dunker “... Inevitavelmente, alguém vai se machucar nessa história”, expressa-se uso de linguagem em sentido:


  • A: real.
  • B: denotativo.
  • C: real e conotativo.
  • D: figurativo.
  • E: formal.

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


É caracterizada pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado a passagem:









  • A: ... a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma.
  • B: ... o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica...
  • C: ... todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.
  • D: ... essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que lhe cabiam.
  • E: Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério...

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