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Foram encontradas 73 questões.
Analise a frase a seguir.

"Quando uma porta se fecha, outra se abre. Mas muitas vezes nós ficamos olhando tanto tempo, tristes, para a porta fechada que nem notamos que se abriu outra para nós."
Graham Bell. Com essa frase em linguagem figurada, o autor pretende
  • A: condenar atitudes de preguiça, que nos mantêm sem coragem de continuar.
  • B: Incentivar as pessoas a procurarem soluções para os seus problemas.
  • C: afastar o pessimismo causado pela perda de alguém afetivamente próximo.
  • D: mostrar a vida como uma sucessão contínua de momentos felizes, que estão a nosso alcance.
  • E: indicar a disposição para o trabalho como uma solução para os problemas da vida.

Tanto o discurso científico quanto o discurso jornalístico são tipicamente associados ao emprego de uma linguagem predominantemente conotativa. Apesar disso, é possível identificar, no texto 1, várias palavras que foram usadas em sentido figurado.
A única alternativa em que a palavra sublinhada NÃO foi empregada em sentido figurado é:
  • A: “O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado aos demais roedores.”;
  • B: “Uma característica, a positiva, que protege contra a perda neuronal, talvez se manifeste no início da doença, e a outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal”;
  • C: "Isso reforça a importância de desenvolvermos formas de diagnósticos mais assertivas para as doenças neurodegenerativas, para assim chegarmos a soluções terapêuticas. [...]”;
  • D: “O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas e também estuda as possíveis implicações da micróglia em modelos animais da doença de Alzheimer.”;
  • E: “O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas e também estuda as possíveis implicações da micróglia em modelos animais da doença de Alzheimer”.

Em função do seu potencial didático, a linguagem figurada costuma ser amplamente utilizada em reportagens sobre conteúdos científicos, cuja compreensão nem sempre é trivial para o leitor leigo. Dentre as passagens abaixo, a única em que a palavra sublinhada NÃO apresenta sentido figurado é:
  • A: “Eles analisaram as placentas de 17 gestantes.” (1º parágrafo);
  • B: “E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele.” (2º parágrafo);
  • C: “e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.” (2º parágrafo);
  • D: “Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico.” (4º parágrafo);
  • E: “Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.” (12º parágrafo).

Todas as frases abaixo trazem metáforas ou comparações; a opção em que o motivo da comparação está identificado de forma adequada, é:
  • A: Meu pai sempre trabalhou como um escravo / com baixos salários;
  • B: O carro passou pela avenida como um foguete / soltando fogo pelo cano traseiro;
  • C: O menino declarou que a avó parecia uma bruxa / andava com uma vassoura;
  • D: Em sala de aula, meu professor de História parecia uma biblioteca / carregava muitos livros consigo;
  • E: A sala de jantar dos meus avós era tal qual um museu / cheia de coisas velhas e malcuidadas.

Em todas as frases abaixo há uma antítese. Aquela frase em que as palavras em antítese estão, respectivamente, no sentido lógico e no sentido figurado, é:
  • A: Um homem cheio de si é sempre vazio;
  • B: Provar que eu estou certo seria admitir que eu poderia estar errado;
  • C: Encontrar defeito é fácil, mas fazer melhor pode ser difícil;
  • D: As pessoas não são contra você; são apenas a favor delas;
  • E: O marido saiu de casa para entrar numa nova relação.

Há linguagem figurada, EXCETO em:
  • A: “Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados – medos, inseguranças, incertezas.”
  • B: “E nesse cenário fui demarcando o meu território.”
  • C: “Ele consegue ser um espelho para vários homens.”
  • D: “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
  • E: “Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso.”

“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!”

Essa frase exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a):
  • A: pleonasmo, com a repetição da palavra “liberdade” por meio do pronome pessoal em “a merece”;
  • B: hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero;
  • C: elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem deve conquistá-la”;
  • D: ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades muito diferentes: a liberdade e a vida;
  • E: anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade sintática na frase.

Bilionários
Fernando Schüler

No auge da brabeza global pela compra do Twitter, por Erlon Musk, li um curioso argumento, dito por um ativista de redes sociais. Segundo ele, toda vez que Musk fica mais rico, a humanidade ficaria mais pobre. Na sua cabeça, a riqueza global deve ser como uma espécie de bolo gigante, de modo que, se algum guloso pega um naco muito grande para si, sobra menos para os demais. Uma deputada resolveu ser mais direta: bilionários “nem deveriam existir”, disse ela. Me caiu os butiá dos bolso*, como se diz lá no Sul. O que o sujeito faria, exatamente, se abrisse uma empresa e ela começasse a crescer? Se, vendendo sua participação, outros ficassem bilionários? Por que ele continuaria investindo e fazendo negócios? Por esporte? Desconfio que não ia funcionar.

Há uma enorme confusão aí sobre como se gera valor e como alguém se torna um bilionário, em uma economia de mercado. O bilionário que eu mais ajudo a ser um bilionário é Jeff Bezos. Não compro ações, mas livros, em sua loja virtual. Eu poderia comprar ali na livraria do bairro, que segura as pontas como pode, mas acabo não me dando ao trabalho. Às vezes penso que estou sendo egoísta fazendo isso. Em todo caso, ao menos no que me diz respeito, a teoria daquele ativista não funciona. A cada vez que eu compro um livro lá, Bezos fica mais rico e eu de bem com a vida.

Há quem ache que exista uma “aristocracia global”, transmitindo sua fortuna de geração em geração. De fato, há muita gente que herda sua fortuna. Não vejo problema nisso. Há os que investem ainda mais, geram ainda mais riqueza, e outros torram tudo. Me lembro das histórias de pessoa gastando até o último centavo e batendo as botas sem um vintém, num hotel de luxo. Há os que ganham pelo casamento, como a ex-mulher do Bezos, Mackenzie Scott, que se tornou uma das mais ativas filantropas do planeta. Semanas atrás, doou 27 milhões de reais à ONG brasileira Gerando Falcões, focada em criar oportunidades para jovens de menor renda.

A primeira coisa interessante a discutir sobre os bilionários é sobre como foi obtido o dinheiro. Se o sujeito cria uma empresa inovadora, oferecendo algo que melhore a vida das pessoas, temos mais é que contar a sua história em nossas escolas e inspirar mais jovens nessa direção. Foi o que fez Pedro Franceschi, guri carioca de 25 anos que criou uma fintech** inovadora, de cartões de crédito. E este ano consta lá da lista dos mais ricos, da Forbes, com 1,5 bilhão. Vai fazer o que com Pedro? Pedir a ele que devolva meio bilhão? Pedir para ele se aposentar? De minha parte, acho o oposto. É bom que ele exista, e que o seu sucesso sirva de exemplo. Ideias inovadoras fazem o mundo andar para a frente.

O que realmente deveríamos combater é a riqueza obtida da fraude, dos privilégios criados para alguns.

O que realmente deveríamos fazer é mudar o disco. Em vez do ranço contra quem inova e gera valor, perder o sono com o que se passa na base da pirâmide. Perguntar como é possível, em pleno 2022, que um quarto da população viva em situação de pobreza ou extrema pobreza e que ensinemos menos de 5% do que nossos alunos deveriam saber de matemática, nas redes públicas, no fim do ensino médio, depois imaginando que eles terão boas chances no mercado de trabalho.

É preciso olhar para a frente, em vez de tomar, todo santo dia, o veneno das velhas ideias.
(Revista Veja, 11 de maio de 2022. Adaptado)

* Me caiu os butiá dos bolso = expressão regionalista típica do Rio Grande do Sul. Usa-se para dizer que a pessoa está impressionada, assustada.
** fintech = termo que surgiu da união das palavras “financial” e “technology” = tecnologia e inovação aplicadas na solução de serviços financeiros.

Assinale a afirmação correta relacionada ao trecho apresentado.
  • A: O que realmente deveríamos fazer é mudar o disco. (6º parágrafo) – a expressão destacada está empregada com sentido próprio, referindo-se a refletir sobre os benefícios que os bilionários proporcionam
  • B: ... a riqueza global deve ser como uma espécie de bolo gigante ... (1º parágrafo) – a expressão destacada está empregada com sentido figurado, expressando o pensamento do autor do texto.
  • C: Eu poderia comprar ali na livraria do bairro, que segura as pontas como pode ... (2º parágrafo) – a expressão destacada está empregada com sentido próprio, referindo-se ao dono da livraria, que passa por dificuldades para controlar a vida financeira
  • D: Me lembro das histórias de pessoa gastando ... batendo as botas sem um vintém, num hotel de luxo. (3º parágrafo) – a expressão destacada está empregada com sentido próprio, significando “falecer”.
  • E: Ideias inovadoras fazem o mundo andar para a frente. (4º parágrafo) – a expressão destacada está empregada com sentido figurado, referindo-se a projetos arrojados que beneficiam a humanidade.

Mais inflação, juros e dúvidas

O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de 10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).

O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de 2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas, a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso para avançar.

O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9 quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.

Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação. Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.
(https://opiniao.estadao.com.br. 11.03.2022. Adaptado)

No texto, identifica-se expressão em sentido figurado com objetivo de intensificar uma informação no seguinte trecho:
  • A: Além disso, haverá tempo para a procura de novos fornecedores de adubos, para substituir a Rússia, se for o caso.
  • B: Além do desemprego, também a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
  • C: ... segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional.
  • D: ... a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso para avançar.
  • E: ... quando será realizada a reunião periódica do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).

Pelo número de empresas criadas no ano passado, mais de 4 milhões, a economia brasileira parece estar bombando. Mas é bom dar atenção a outros números antes de lançar o primeiro rojão.
(https://opiniao.estadao.com.br)

A expressão destacada está empregada em sentido
  • A: próprio, e o texto mostra que é preciso comemorar a criação de 4 milhões de empresas.
  • B: próprio, e o texto mostra que é preciso analisar objetivamente a situação econômica.
  • C: figurado, e o texto mostra que é preciso ter cautela ao analisar o cenário econômico.
  • D: figurado, e o texto mostra que que é preciso ver com otimismo a criação de empresas.
  • E: figurado, e o texto mostra que é preciso acreditar na recuperação plena da economia.

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