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Texto 2 – Voz do Povo, Voz de Deus
“O vox populi, vox Dei parece referir-se à opinião pública, ao consenso da cidade, unânime ou em matéria decisiva num determinado julgamento. Vale a sentença ditada pela coletividade.
Creio tratar-se de outra origem, mais diretamente ligada a um processo de consulta divina sendo o povo o oráculo, a pítia da transmissão.
Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, respondendo as consultas dos devotos pela singular e sugestiva fórmula das vozes anônimas. Purificado o consulente, dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto, formulando a súplica angustiada. Erguia-se, tapando as orelhas com as mãos, e vinha até o átrio do templo, onde arredava os dedos, esperando ouvir as primeiras palavras dos transeuntes.
Essas palavras eram a resposta do oráculo, a decisão do deus. Vox populi, vox Dei, na sua expressiva legitimidade.” (Coisas que o povo diz, Luís da Câmara Cascudo)

Observemos a seguinte frase do texto 2, com o emprego adequado de gerúndio:
“Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, respondendo as consultas dos devotos”
O correto emprego do gerúndio mostra que ele deve ser usado na indicação de ações cronologicamente simultâneas com as ações da oração anterior.
A frase abaixo que mostra correto emprego do gerúndio é:
  • A: O consulente entrou no templo, ocupando o primeiro banco;
  • B: Os consulentes abandonaram o templo, perdendo-se de vista;
  • C: Os sacerdotes discutiam a sentença, comendo no átrio;
  • D: O pecador fez o pedido, recebendo o oráculo a seguir;
  • E: O homem ajoelhou-se, implorando ajuda.

Texto 2 – Voz do Povo, Voz de Deus
“O vox populi, vox Dei parece referir-se à opinião pública, ao consenso da cidade, unânime ou em matéria decisiva num determinado julgamento. Vale a sentença ditada pela coletividade.
Creio tratar-se de outra origem, mais diretamente ligada a um processo de consulta divina sendo o povo o oráculo, a pítia da transmissão.
Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, respondendo as consultas dos devotos pela singular e sugestiva fórmula das vozes anônimas. Purificado o consulente, dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto, formulando a súplica angustiada. Erguia-se, tapando as orelhas com as mãos, e vinha até o átrio do templo, onde arredava os dedos, esperando ouvir as primeiras palavras dos transeuntes.
Essas palavras eram a resposta do oráculo, a decisão do deus. Vox populi, vox Dei, na sua expressiva legitimidade.” (Coisas que o povo diz, Luís da Câmara Cascudo)

Para a adequada leitura de um texto, o leitor deve colaborar com o seu conhecimento de mundo, sem o qual torna-se impossível a leitura.
No texto 2, uma das referências culturais corretamente explicada é:
  • A: “Hermes, o Mercúrio de Roma” – referência a dois nomes do mesmo deus mitológico, na Grécia e em Roma;
  • B: “tapando as orelhas com as mãos” – ação praticada pela necessidade de conservar as palavras do deus no interior da mente;
  • C: “parece referir-se à opinião pública, ao consenso da cidade” – referência ao fato de só participarem das eleições os habitantes dos centros urbanos;
  • D: “...parece referir-se à opinião pública, ao consenso da cidade, unânime ou em matéria decisiva num determinado julgamento” – alusão à existência, desde tempos muito antigos, do tribunal do júri, com participação popular;
  • E: “Purificado o consulente” – indicação da presença do hábito cristão da confissão dos pecados antes do contato com a divindade.

Texto 2 – Voz do Povo, Voz de Deus
“O vox populi, vox Dei parece referir-se à opinião pública, ao consenso da cidade, unânime ou em matéria decisiva num determinado julgamento. Vale a sentença ditada pela coletividade.
Creio tratar-se de outra origem, mais diretamente ligada a um processo de consulta divina sendo o povo o oráculo, a pítia da transmissão.
Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, respondendo as consultas dos devotos pela singular e sugestiva fórmula das vozes anônimas. Purificado o consulente, dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto, formulando a súplica angustiada. Erguia-se, tapando as orelhas com as mãos, e vinha até o átrio do templo, onde arredava os dedos, esperando ouvir as primeiras palavras dos transeuntes.
Essas palavras eram a resposta do oráculo, a decisão do deus. Vox populi, vox Dei, na sua expressiva legitimidade.” (Coisas que o povo diz, Luís da Câmara Cascudo)

A principal finalidade do texto 2 é:
  • A: informar o leitor sobre os diversos significados da expressão vox populi, vox Dei;
  • B: mostrar a relação direta da expressão latina vox populi, vox Dei com a mitologia clássica, justificando o emprego do latim;
  • C: indicar o significado e a origem correta da expressão vox populi, vox Dei;
  • D: esclarecer o leitor sobre uma origem improvável da expressão vox populi, vox Dei;
  • E: explicar, de forma mais adequada, o porquê de na expressão citada haver a referência a duas vozes, a do povo e a de Deus.

“As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. Transmitidas oralmente, as letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.” (Suapesquisa.com)
O primeiro período desse segmento exemplifica um tipo de texto denominado definição ; no caso da definição de cantiga de roda, NÃO faz parte de sua estrutura:
  • A: outro vocábulo que também designa a mesma realidade;
  • B: um vocábulo de significação geral em que se encaixa a realidade definida;
  • C: componentes que formam a palavra definida;
  • D: especificidades do termo definido;
  • E: informações de caráter histórico sobre o vocábulo definido.

Todas as questões desta prova se relacionam a fatos da cultura popular brasileira; os textos foram particularmente aproveitados para questões de compreensão e interpretação de texto e para a verificação da competência de escrita culta em nossa língua.

“O conto-do-vigário é o mais antigo gênero de ficção que se conhece. A rigor, pode-se crer que o discurso da serpente, induzindo Eva a comer o fruto proibido, foi o texto primitivo do conto.”
Nesse segmento de uma crônica machadiana de A Semana, Machado de Assis cita o discurso da serpente como:
  • A: um exemplo de conto-do-vigário;
  • B: a fonte primeira de todos os contos-do-vigário;
  • C: o gênero de ficção mais antigo que se conhece;
  • D: o texto primitivo de indução para o mal;
  • E: um caso raro de ficção em texto religioso.

Texto 1
Machado de Assis, em Diálogos e reflexões de um relojoeiro, alude ao Carnaval na seguinte frase: “Carnaval à porta. Já lhe ouço os guisos e tambores. Aí vem o carro das ideias... felizes ideias que durante três dias andais de carro! O resto do ano ides a pé, ao sol ou à chuva, ou ficais no tinteiro, que é ainda o melhor dos abrigos”.

“Aí vem o carro das ideias... felizes ideias que durante três dias andais de carro! O resto do ano ides a pé, ao sol ou à chuva, ou ficais no tinteiro, que é ainda o melhor dos abrigos.”
Como o escritor que é, Machado de Assis, ao falar-nos das ideias, só NÃO diz aos leitores que:
  • A: as ideias só ganham vida através dos textos;
  • B: nem todas as ideias são veiculadas;
  • C: as ideias ora são bem tratadas, ora maltratadas;
  • D: em alguns casos, não é aconselhável verbalizar as ideias;
  • E: as ideias são veiculadas em textos cultos ou populares.

Texto 1
Machado de Assis, em Diálogos e reflexões de um relojoeiro , alude ao Carnaval na seguinte frase: “Carnaval à porta. Já lhe ouço os guisos e tambores. Aí vem o carro das ideias... felizes ideias que durante três dias andais de carro! O resto do ano ides a pé, ao sol ou à chuva, ou ficais no tinteiro, que é ainda o melhor dos abrigos”.

Esse trecho do texto 1 pode ser dividido em dois segmentos, divisão marcada pelas reticências; o segundo segmento mostra a seguinte mudança em relação ao primeiro:
  • A: do passado para o presente;
  • B: da linguagem lógica para a figurada;
  • C: do texto descritivo para o narrativo;
  • D: da visão geral para a individual;
  • E: do otimismo para o pessimismo.

No livro Contos Fluminenses, Machado de Assis faz a seguinte observação sobre a briga de galos: “A briga de galos é o Jockey Club dos pobres”.
Dessa afirmação, pode-se inferir que:
  • A: a briga de galos servia de diversão e de local de apostas;
  • B: o Jockey Club era local frequentado por todas as classes;
  • C: a briga de galos era proibida, assim como hoje;
  • D: locais de jogos a dinheiro não eram bem-vistos;
  • E: a metáfora da frase se apoia nas ações semelhantes entre galos e cavalos.

Numa das crônicas de A Semana, Machado de Assis declara: “Duas coisas contrárias podem ser verdadeiras e até legítimas, conforme a zona. Eu, por exemplo, execro o mate chimarrão; os nossos irmãos do Rio Grande do Sul acham que não há bebida mais saborosa neste mundo”.

Todos os pensamentos abaixo mostram oposições; a frase do mesmo Machado que comprova o pensamento de que “Duas coisas contrárias podem ser verdadeiras e até legítimas...” é:
  • A: “Os maus, no fim de conta, são dignos de lástima, por serem tão fracos que não possam ser bons”;
  • B: “Todas as carreiras são boas, exceto a do pecado”;
  • C: “O louvor, a censura fazem-se em poucas palavras”;
  • D: “O chá é o único parceiro digno do café”;
  • E: “O carvão é a riqueza; o diamante é o supérfluo”.

A frase abaixo que poderia ser vista como uma definição de coerência textual é:
  • A: “A palavra foi dada ao homem para disfarçar o próprio pensamento”;
  • B: “As ideias acendem umas às outras como centelhas elétricas”;
  • C: “Uma vez fixadas nas palavras, as imagens de memória se apagam”;
  • D: “Uma ideia não executada é um sonho”;
  • E: “O estilo é um modo muito simples de dizer coisas complicadas”.

Exibindo de 9051 até 9060 de 24771 questões.
Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público desde 2000.
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