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A expressão “esses compostos” (linha 8) refere-se às diferentes formas em que o nitrogênio é encontrado na atmosfera, como a forma gasosa.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Por um lado, o processo de Haber-Bosch garantiu a sobrevivência de parte da população mundial, ao contribuir para a produção de fertilizantes nitrogenados, relacionados ao desenvolvimento agrícola; por outro lado, acredita-se que esse processo esteja relacionado à morte de milhões de pessoas em conflitos armados.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

A vírgula está empregada de forma INCORRETA em:
  • A: Joana, a moça da secretaria, está na recepção.
  • B: Os habitantes de nossa cidade, não se preocupam com a limpeza urbana.
  • C: Os rapazes, que moram no segundo andar, já estão no pátio.
  • D: Todos viam os benefícios das plantas, menos quem mais precisava delas
  • E: Vamos todos à festa, menos minha tia, que ficou em casa.

A regência verbal está correta, EXCETO em:
  • A: A vendedora aspirou o aroma do perfume de rosas.
  • B: As crianças preferem os doces aos legumes e frutas.
  • C: Muitas pessoas assistiam ao filme em sua estreia.
  • D: O banco informou aos correntistas de que não haverá pagamento.
  • E: Os jovens contratados aspiravam a um cargo melhor na empresa.

A colocação do pronome oblíquo é facultativa em:
  • A: “Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes.”
  • B: “Em Papai É Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno desejo de ser bom pai.”
  • C: “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
  • D: “Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma ampla reflexão para nós, homens, sobre paternidade.”
  • E: “Ser pai de menina era um admirável mundo que se abria.”

Os termos destacados são pronomes relativos, EXCETO em:
  • A: “Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço [...].”
  • B: “Até com aqueles que eram pais, eu não conseguia conversar em profundidade.”
  • C: “Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta.”
  • D: “Sou integrante de uma geração que começa a discutir a masculinidade [...].”
  • E: “Tinha um temor de repetir erros que observava em meu próprio pai, como não abraçar, beijar, não deixar os sentimentos à tona.”

Os verbos destacados estão flexionados no pretérito perfeito do indicativo, EXCETO em:
  • A:Acabou que minha profissão foi decisiva para trazer o assunto à tona, de forma franca e direta.”
  • B:Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço, me entendendo nessa rotina.”
  • C: “Com o João, assimilei tudo em tempo real, me transformando por força das circunstâncias.”
  • D:Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a ficha só veio a cair no dia em que João nasceu."
  • E: “No meio disso, senti um amor gigantesco por um desconhecido, como nunca antes.”

Analisando a concordância nominal, assinale a alternativa em que somente um dos produtos à venda é novo:
  • A: Vendem-se blusa e saia novas.
  • B: Vendem-se bola e carrinho novos.
  • C: Vendem-se bolsa e boneca novas.
  • D: Vendem-se paletó e gravata novos.
  • E: Vendem-se sapato e calça nova.

O articulador sintático destacado foi corretamente substituído entre parênteses, EXCETO em:
  • A:Assim como o personagem, hoje levo a paternidade com leveza falar sobre ela deixou de ser um tabu.” (Tal qual)
  • B: “Claro que há momentos de tensão, mas temos conseguido contorná-los com boa dose de diálogo.” (contudo)
  • C: “Foi uma revelação, já que, antes deles, não tínhamos ideia de como seríamos como pais.” (mas)
  • D:Quando soube que seria pai, aos 32 anos, fui racional.” (Logo que)
  • E: “Queria ser ativo, dar banho, trocar fralda, estar na área, mesmo que significasse uma reviravolta.” (embora)

“Superei um tabu”
O ator Lázaro Ramos, 43, conta como lutou para falar sobre paternidade de forma franca e aberta
Depoimento dado a Amanda Péchy

Quando soube que seria pai, aos 32 anos, fui racional. Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a ficha só veio a cair no dia em que João nasceu. Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados – medos, inseguranças, incertezas. No meio disso, senti um amor gigantesco por um desconhecido, como nunca antes. Me vi também isolado e perdido no novo papel. Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes. Até com aqueles que eram pais, eu não conseguia conversar em profundidade. Era como uma espécie de tabu. Sou integrante de uma geração que começa a discutir a masculinidade e poderia estar mais maduro quando apareceram em minha vida o João, hoje com 11 anos, e a Maria, de 7. O fato é que essa ainda é uma trilha difícil, sobre a qual pesa um machismo, às vezes nas entrelinhas, que resiste ao tempo. Sensibilidade e cuidados, em pleno século XXI e com tantos avanços, parecem ainda não ser temas do universo masculino.

Acabou que minha profissão foi decisiva para trazer o assunto à tona, de forma franca e direta. Queria há tempos tratar do tema e aconteceu com o filme Papai É Pop, do do Caíto Ortiz, que recém estreou nos cinemas. Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma ampla reflexão para nós, homens, sobre paternidade. Tinha um temor de repetir erros que observava em meu próprio pai, como não abraçar, beijar, não deixar os sentimentos à tona. Queria ser ativo, dar banho, trocar fralda, estar na área, mesmo que significasse uma reviravolta. Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso. Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço, me entendendo nessa rotina. Uso a palavra conquistar porque, tanto eu como minha mulher (a atriz Taís Araújo), viemos de famílias de mulheres fortes. E nesse cenário fui demarcando o meu território.

Ter filhos muda a vida de qualquer casal, e conosco não foi diferente. Olhando sob a perspectiva de hoje, a criação deles nos aproximou porque fomos estabelecendo uma saudável divisão de funções e, por tabela, descobrimos algo essencial: nossos conceitos e valores nesse campo eram semelhantes. Foi uma revelação, já que, antes deles, não tínhamos ideia de como seríamos como pais. Selamos, logo de saída, acordos primordiais sobre o dia a dia – saúde, alimentação, educação –, sem discordâncias fundamentais no que importa. Claro que há momentos de tensão, mas temos conseguido contorná-los com boa dose de diálogo. Aprendo também com gente de quem, graças à paternidade, me aproximei nestes anos. Tenho vínculos com pais de amigos dos dois, mas a conversa se prolonga mais com as mães, e eu adoro isso.

Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta. Com o João, assimilei tudo em tempo real, me transformando por força das circunstâncias. Quando Taís engravidou outra vez, pensei: “Ótimo, já sou perito”. Aí Maria nasceu, e fiquei perdido de novo. Ser pai de menina era um admirável mundo que se abria. Tinha medo de cometer um erro diante de um ser que, além de pequenino, era de outro sexo, um terreno ainda mais desconhecido. Na pandemia, com todos sob o mesmo teto, me vi tendo de lidar com meus demônios: impaciência e até falta de repertório para conversar com eles estavam no rol. Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor. Em Papai É
Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno desejo de ser bom pai e, ao mesmo tempo, aquele medo de não reunir qualidades suficientes. Ele consegue ser um espelho para vários homens. Assim como o personagem, hoje levo a paternidade com leveza, e falar sobre ela deixou de ser um tabu.
Fonte: Revista Veja, ed. 2805, ano 55, n. 35, p. 78, 07 set. 2022.

Em: “Tenho vínculos com pais de amigos dos dois, mas a conversa se prolonga mais com as mães, e eu adoro isso.”, isso se refere ao fato de ele
  • A: aprender também com gente que ele se aproximou graças à paternidade.
  • B: conversar mais prolongadamente com as mães.
  • C: observar que a experiência que teve com cada um dos filhos foi distinta.
  • D: ter vínculos com pais de amigos dos dois filhos, mas conversar mais com as mães.
  • E: ter vínculos com pais de amigos dos dois filhos.

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