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Julgue (C ou E) o item seguinte, relacionados às ideias desenvolvidas no texto III.

Conclui-se do texto que Sousa Caldas, ao escrever a Carta Marítima, prenunciou o Romantismo brasileiro, tendo criticado a “exaustão literária” (linhas 37 e 38) da poesia de Gonçalves de Magalhães, que, no ano anterior, havia publicado um volume pífio intitulado Poesias.

  • A: Certo
  • B: Errado

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente
ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação. (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
As palavras destacadas na passagem – Delas se espera que sejam submissas, contidas... – têm antônimos adequados ao contexto em:
  • A: insubmissas e reservadas.
  • B: intransigentes e instáveis.
  • C: desobedientes e imoderadas.
  • D: soberbas e notáveis.
  • E: dóceis e desmedidas.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente
ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação. (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
É correto afirmar que, do ponto de vista da filósofa Simone de Beauvoir,
  • A: embora vivendo como escravas, as mulheres se sentem libertas de obrigações familiares e sociais.
  • B: as mulheres priorizam a liberdade, que lhes garante viver em zona de conforto provida pelo trabalho.
  • C: a tendência feminina é buscar a saída de sua condição de escravidão num impossível sonho de liberdade.
  • D: a liberdade atemoriza, o que explica que muitas mulheres escolham viver subjugadas.
  • E: a definição de liberdade feminina está atrelada ao grau de conformismo que o trabalho impõe.

 



Com relação a aspectos gramaticais do texto III, julgue (C ou E) o próximo item.


A substituição do vocábulo “encharcado” (linha 37) por repleto preservaria o estilo original do período, embora acarretasse prejuízo ao teor metafórico da construção.

  • A: Certo
  • B: Errado

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, consciente
ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação. (Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)
As pesquisas da autora levaram-na a constatar que,
  • A: embora defendam a tese da liberdade feminina, muitas brasileiras têm comportamentos que reforçam a lógica da dominação masculina.
  • B: do ponto de vista patriarcal, as mulheres são superiores aos homens quando preferem a segurança doméstica ao mundo do trabalho.
  • C: mantendo a coerência com o discurso que prega a superação dos limites femininos, há uma clara tendência a posturas conservadoras.
  • D: reforçando a tese da hegemonia masculina, as mulheres brasileiras se mostram cada vez mais propensas a conseguir sua autonomia.
  • E: com a internalização de valores tradicionais, é ampliada a liberdade feminina de comportamentos.



Com relação a aspectos gramaticais do texto III, julgue (C ou E) o próximo item.


A substituição da conjunção “embora” (linha 29) pela conjunção conquanto prejudicaria o sentido original do texto.

  • A: Certo
  • B: Errado



Com relação a aspectos gramaticais do texto III, julgue (C ou E) o próximo item.
A substituição da oração relativa “que não formula” (linha 11) por embora não a formule manteria o sentido original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as vírgulas que isolam referida oração.
  • A: Certo
  • B: Errado



Com relação a aspectos gramaticais do texto III, julgue (C ou E) o próximo item.
Dados os sentidos do texto, é correto afirmar que os sujeitos elípticos das formas verbais “privilegia” (linha 14) e “reforça” (linha 16) têm referentes distintos.
  • A: Certo
  • B: Errado



Com relação a aspectos linguísticos e textuais do texto III, julgue (C ou E) o seguinte item.


Com o emprego de construções como “Vistas as coisas de hoje” (linha 43) e “Difícil imaginar os motivos” (linha 48) e da forma verbal “pensamos” (linha 49), o autor confere um tom impessoal ao texto.

  • A: Certo
  • B: Errado




Com relação a aspectos linguísticos e textuais do texto III, julgue (C ou E) o seguinte item.
Os adjetivos “pífio” (linha 36) e “encharcado” (linha 37) e a expressão “exaustão literária” (linhas 37 e 38) são empregados, no texto, em sentido conotativo.

  • A: Certo
  • B: Errado

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