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Leia o texto para responder às questões de números 19 a 23.

Recuemos cinco séculos no tempo. Vemos uma Europa, que então era o mundo, saída da Idade Média, possuída pela febre tão inquietante quanto bela e fértil do Renascimento, e paradoxalmente, envolta em guerras religiosas e conquistas.
Na Península Ibérica, a inquietação criadora tomou outra forma. Povos de navegadores não mais se conformavam em olhar e apenas imaginar o que haveria além do horizonte atlântico. Pagaram para ver, com risco de suas próprias vidas. Tomando o rumo oeste em pequenas embarcações, Colombo (1492) e Cabral (1500) descobriram o Novo Mundo.
Havia, no entanto, muito a descobrir. Desde o fim do século XIII, os europeus sabiam da existência do Grande Império da China, através da narrativa de Marco Polo que lá vivera cerca de 20 anos. Em seu livro, ele fazia referência ao Japão como um país fantasticamente rico, inatingido, localizado ao lado da costa chinesa. Todavia, dois séculos e meio transcorreriam antes que um europeu pisasse em território dos japoneses.
Com a chegada a Tanegashima, praticamente os portugueses completaram seus postulados, desenhos dos continentes e mares, que constituíam os primeiros mapas de navegação.
No primeiro encontro em Tanegashima, os japoneses conheceram a espingarda, que iria alterar profundamente o comportamento bélico de um povo exímio no uso da espada e do arco e flecha. Em 1546, três anos após o primeiro encontro, três naus portuguesas chegaram a Kyushu, dando
início ao intercâmbio comercial com o Japão. Durante quatro décadas, até 1587 (quando chegam os espanhóis), os portugueses foram os únicos parceiros europeus no intercâmbio com o Japão.

(Aliança Cultural Brasil-Japão. Cultura Japonesa: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba. Adaptado)


As informações textuais permitem concluir corretamente que
  • A: os navegadores portugueses, cansados de guerras religiosas, empreenderam um novo modelo de desenvolvimento comercial, baseado nas relações amigáveis com países asiáticos, sobretudo a China e o Japão.
  • B: as transformações por que passava a Europa inspiraram os navegadores portugueses a explorar outros lugares, do que resultou a chegada ao Japão, país com o qual iniciaram as relações comerciais.
  • C: as intenções de Portugal com a relação comercial com o Japão eram buscar um mercado alternativo de armas para o fortalecimento do poderio bélico e o estabelecimento da China como novo parceiro comercial.
  • D: as vantajosas relações comerciais estabelecidas com o Japão fizeram com que Portugal impusesse aos japoneses, a partir de 1546, o fim do intercâmbio comercial desse povo com outros países europeus.
  • E: as mudanças religiosa e política na Europa corresponderam a uma forma de contra-atacar o Grande Império da China que, junto com o rico Japão, constituíam uma ameaça ao poder econômico da Espanha e de Portugal.

Considere as reescritas de informações do texto.
•  Esperava que ______ qualquer hora o coração lhe perfurasse o peito, lhe rasgasse a blusa.
•  O coração corresponderia mesmo ______ forma bonita dos postais coloridos?
•  Pensou em jogar ______ lata de água ao chão, esparramar-se no líquido, fazer-se lama.
•  O barranco dirigia ______ ela um sorriso irresistível, convidando-a para o encontro final.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:
  • A: à … aquela … a … a
  • B: a … aquela … a … à
  • C: à … àquela … a … a
  • D: a … àquela … à … à
  • E: a … àquela … a … a

A regência verbal e a regência nominal estão em conformidade com a norma-padrão em:
  • A: Ela lembrou-se de que tinha a lata, que preferia manter bem areada a nutrir a raiva, em certos momentos. Na verdade, ficava ansiosa por ver aquele objeto luzindo.
  • B: Ela lembrou-se que tinha a lata, que preferia manter bem areada a nutrir a raiva, em certos momentos. Na verdade, ficava ansiosa de ver aquele objeto luzindo.
  • C: Ela lembrou-se de que tinha a lata, que preferia manter bem areada do que nutrir a raiva, em certos momentos. Na verdade, ficava ansiosa a ver aquele objeto luzindo.
  • D: Ela lembrou de que tinha a lata, que preferia manter bem areada do que nutrir a raiva, em certos momentos. Na verdade, ficava ansiosa em ver aquele objeto luzindo.
  • E: Ela lembrou que tinha a lata, que preferia mais manter bem areada que nutrir a raiva, em certos momentos. Na verdade, ficava ansiosa para ver aquele objeto luzindo.

Considere as passagens:
•  Imaginou os filhos que aguardavam e já deviam estar acordados. Os filhos que ela odiava! (6º parágrafo)
•  Tratava bem a lata. (10º parágrafo)

Quanto ao emprego de pronomes e à colocação pronominal, as reescritas das passagens atendem à norma-padrão em:
  • A: Imaginou os filhos que aguardavam-na e já deviam estar acordados. Lhes odiava! / Tratava ela bem.
  • B: Imaginou os filhos que lhe aguardavam e já deviam estar acordados. Os odiava! / A tratava bem.
  • C: Imaginou os filhos que a aguardavam e já deviam estar acordados. Odiava-os! / Tratava-a bem.
  • D: Imaginou os filhos que aguardavam-la e já deviam estar acordados. Odiava-os! / Tratava-a bem.
  • E: Imaginou os filhos que aguardavam-lhe e já deviam estar acordados. Odiava-lhes! / Tratava-na bem.

O parágrafo final do texto permite concluir que a personagem optou por
  • A: ignorar o chamado do filho mais novo.
  • B: se manter na companhia dos filhos.
  • C: aceitar o convite feito pelo barranco.
  • D: se espalhar na lama contida no barranco.
  • E: buscar novos desafios longe dos filhos.

Pela passagem – Pensou em atirar a lata de água ao chão, esparramar-se no líquido, encharcar-se, fazer-se lama… (5º parágrafo) – é correto afirmar que a personagem
  • A: quer saber exatamente como funciona o coração.
  • B: precisa molhar-se para suportar o calor.
  • C: está fraca para carregar latas cheias de água.
  • D: evita os caminhos que ladeiam o barranco.
  • E: deseja fugir da realidade que tanto a oprime.

Liberdade adiada

Sentia-se cansada. A barriga, as pernas, a cabeça, o corpo todo era um enorme peso que lhe caía irremediavelmente em cima. Esperava que a qualquer momento o coração lhe perfurasse o peito, lhe rasgasse a blusa.
Como seria o coração?
Teria mesmo aquela forma bonita dos postais coloridos?
… Será que as dores deformam os corações?
Pensou em atirar a lata de água ao chão, esparramar-se no líquido, encharcar-se, fazer-se lama, confundir-se com aqueles caminhos que durante anos e mais anos lhe comiam as solas dos pés, lhe queimavam as veias, lhe roubavam as forças.
Imaginou os filhos que aguardavam e já deviam estar acordados. Os filhos que ela odiava!
Não. Não voltaria para casa.
O barranco olhava-a, boca aberta, num sorriso irresistível, convidando-a para o encontro final.
Conhecia aquele tipo de sorriso e não tinha boas recordações dos tempos que vinham depois. Mas um dia havia de o eternizar. E se fosse agora, no instante que madrugava?
A lata e ela, para sempre, juntas no sorriso do barranco.
Gostava de sua lata de carregar água. Tratava bem a lata. Às vezes, em momentos de raiva ou simplesmente indefinidos, areava uma, dez, mil vezes, até que sua lata ficava a luzir e a cólera, ou a indefinição se perdiam no brilho prateado. Com o fundo de madeira que tivera que mandar colocar, ficou mais pesada, mas não eram daí os seus tormentos.
À borda do barranco, com a lata de água à cabeça e a saia batida pelo vento, pensou nos filhos e levou as mãos ao peito.
O que tinha a ver os filhos com o coração? Os filhos…
Como ela os amava, Nossenhor!
Apressou-se a ir ao encontro deles. O mais novito devia estar a chamar por ela.
Correu deixando o barranco e o sonho de liberdade para trás.

(Dina Salústio. Mornas eram as noites. Adaptado)

A história narrada apresenta a personagem em uma situação de
  • A: irritação e vontade de chorar, decorrente da perda da lata estimada no barranco.
  • B: pleno equilíbrio emocional, com ponderações coerentes sobre a maternidade.
  • C: incontrolável tristeza e desesperança, fruto da saudade dos caminhos já trilhados.
  • D: extrema tensão existencial, provocada pelos sofrimentos da vida difícil que levava.
  • E: melancolia e reflexão sobre os filhos, que cresciam e logo seriam independentes.

Nas passagens – Há mais coisas no escambo. (1° parágrafo) – e – Uma das poucas coisas que Pyongyang tem em abundância são granadas e mísseis a granel… (2° parágrafo) –, as expressões destacadas significam, correta e respectivamente:
  • A: na negociata; de valor vultoso.
  • B: no conluio; em números parcos.
  • C: na permuta; em grande quantidade.
  • D: no convívio; à disposição plena.
  • E: na troca; de potencial letal.

A coesão e o sentido das frases – Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, cujos detalhes são desconhecidos. (1º parágrafo) – e – … que ademais
serve a Putin como laboratório… (2° parágrafo) – mantêm-se, correta e respectivamente, com as reescritas:
  • A: Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, quais os seus detalhes são desconhecidos. / … que, por isso, serve a Putin como laboratório…
  • B: Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, que os detalhes são desconhecidos. / … que, apesar disso, serve a Putin como laboratório…
  • C: Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, com que os detalhes dela são desconhecidos. / … que, por certo, serve a Putin como laboratório…
  • D: Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, de cujos os detalhes dela são desconhecidos. / … que, de fato, serve a Putin como laboratório…
  • E: Os dois anunciaram uma “parceria estratégica ampla”, da qual os detalhes são desconhecidos. / … que, além disso, serve a Putin como laboratório…

No editorial, afirma-se que a parceria estratégica entre Coreia do Norte e Rússia contém detalhes desconhecidos. Essa ideia é ratificada pela seguinte informação do texto:
  • A: O risco maior e mais opaco é a transferência de tecnologias militares russas ligadas a satélites… (2º parágrafo)
  • B: Moscou expandiu as exportações de combustíveis e alimentos à Coreia do Norte… (2º parágrafo)
  • C: Uma das poucas coisas que Pyongyang tem em abundância são granadas e mísseis a granel… (2º parágrafo)
  • D: … Vladimir Putin retribuiu a gentileza e viajou, pela primeira vez em 24 anos, à Coreia do Norte. (1º parágrafo)
  • E: À China interessa o prolongamento da guerra na Europa, mas não sua escalada… (3º parágrafo)

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