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Observe o seguinte texto argumentativo:

O papel principal da acupuntura, segundo nossa associação, é a de regularizar as diferentes energias do corpo humano. Isso pode ser comparado ao sistema de canalização de águas num rio. Logo que há um excesso de água num dado local do rio, deve-se abrir as válvulas de certas barragens, a fim de fazer descer o nível de água a um limite aceitável.

A respeito desse texto, assinale a afirmativa inadequada.
  • A: O tema do texto é o controle dos níveis de água nos rios.
  • B: O argumentador é representante de um grupo.
  • C: O público-alvo é um leitor interessado em acupuntura.
  • D: A finalidade do texto é mostrar o papel da acupuntura.
  • E: O argumento básico do texto é do tipo comparativo.

Uma fábrica de tênis anunciou uma nova criação com preço bastante reduzido; o anúncio vinha acompanhado com uma bela foto de um par do tênis e com promessas de grande elegância.

Sobre a mensagem do anúncio, assinale a afirmativa inadequada.
  • A: O emissor da mensagem, nesse caso, não é um indivíduo, mas uma empresa.
  • B: Para convencer o cliente a comprar um par de tênis, o texto apela também para a vaidade do comprador.
  • C: O código empregado na veiculação da mensagem envolve palavras e imagens.
  • D: O produto anunciado traz, implicitamente a mensagem de que o comprador potencial é o jovem urbano.
  • E: Um dos elementos utilizados pelo anunciante destaca o interesse do comprador: a redução do preço do produto.

Assinale a opção que apresenta o texto publicitário ou propagandístico que apela para a intimidação do leitor.
  • A: Faça o bem sem olhar a quem.
  • B: Se gosta de seu filho, vacine-o!
  • C: Ama o teu próximo como a ti mesmo.
  • D: Leia! O futuro é do conhecimento!
  • E: Amor de mãe não tem limite.

Todos os textos abaixo mostram o tipo argumentativo de texto.

Assinale a opção que apresenta o texto que mostra um testemunho de autoridade como premissa do raciocínio.
  • A: A sintaxe portuguesa é de difícil aprendizagem, por isso seria conveniente um aprofundamento de estudos nessa área.
  • B: É muito mais barato viajar para Paris do que para Fortaleza, daí que os aviões para a Europa estejam cheios.
  • C: Muitos roubos ocorrem nas grandes cidades e por isso a Polícia anda aperfeiçoando sua metodologia investigativa.
  • D: As pesquisas indicam que o Palmeiras tem o melhor time do campeonato, daí que eu só aposte nele.
  • E: As provas de Língua Portuguesa mostram resultados medianos, por isso não considero urgente uma mudança.

Todo texto argumentativo mostra uma tese e os argumentos que a defendem.

Assinale a frase em que o argumento apresentado é caracterizado como testemunho de autoridade.
  • A: Não deixe para amanhã o que pode fazer depois de amanhã.
  • B: Se quiser consertar o país, basta fazer com que todos creiam em Deus.
  • C: Sigo tomando o ônibus em lugar do metrô, pois assim faz a maioria dos cidadãos.
  • D: Já dizia meu pai que o samba brasileiro ia perder espaço para a música estrangeira.
  • E: Ontem choveu e as ruas ficaram alagadas; hoje, choveu de novo, logo as ruas ficarão alagadas.

A ciência e a tecnologia como estratégias de desenvolvimento

Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano.
Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até as imensas potencialidades que derivam da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo surgimento da agricultura e da indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida de toda a humanidade no último século.
Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído. Elas são os fatores-chave para explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente aumento da longevidade dos seres humanos.
Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norteamericano, anunciou que seu livro The Death of Expertise, em português “A Morte da Expertise”, aborda a descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas. Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacinas ou mesmo a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento global, apesar de todas as evidências científicas em contrário, parecem corroborar que a análise de Nichols está correta.
A despeito de a qualidade de vida de todos ter melhorado nos últimos séculos, em grande medida graças ao avanço científico e tecnológico, a desigualdade vem aumentando no período mais recente. Esse é um problema mundial, mas é mais agudo em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda abundam problemas crônicos do subdesenvolvimento, que vão desde o acesso à saúde e à educação de qualidade até questões ambientais e urbanas. É, portanto, nessa sociedade desigual, repleta de problemas, que a atividade científica e tecnológica precisa se desenvolver e se legitimar. Também é essa sociedade que decidirá, por meio dos seus representantes, o quanto dos seus recursos deverá ser alocado para a empreitada científica e tecnológica.
Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é muito mais complexa do que a pergunta simplória sobre qual seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por uma série de questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Quais são as condições sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso da população aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas? Em face das novas tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano nas suas atividades repetitivas, como será o trabalho no futuro? Essas são questões cruciais para a ciência e a tecnologia nos dias de hoje.

Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/116-a-ciencia-e-a-tecnologia-como-estrategia--de-desenvolvimento. Acesso em: 10 fev. 2024. Adaptado.

O principal recurso argumentativo utilizado no texto para defender a importância da ciência e da tecnologia como estratégias de desenvolvimento é a
  • A: citação de depoimentos de pesquisadores e estudiosos sobre a produção científica atual.
  • B: descrição de iniciativas para o atendimento às necessidades econômicas da população brasileira.
  • C: enumeração de benefícios do avanço científico e tecnológico para a humanidade.
  • D: utilização de vocabulário técnico como garantia de maior confiabilidade acadêmica.
  • E: referência aos movimentos negacionistas como frutos da baixa legitimação social da ciência na atualidade.

Em Sermão do Mandato, padre Antônio Vieira diz: “O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há de ter porquê, nem para quê”.
Assinale a alternativa que melhor explica a argumentação contida no trecho.
  • A: Há uma argumentação sustentada por meio de analogias.
  • B: Recorre-se aos fatos para se buscar o convencimento.
  • C: Chega-se à conclusão por meio de lógica implicativa.
  • D: A persuasão ocorre a partir de um pensamento indutivo.
  • E: Questionam-se as premissas para se obter uma conclusão verdadeira

Texto CB1A1-I


Quais são as consequências dessa pandemia no que diz respeito à reflexão sobre igualdade, interdependência global e nossas obrigações uns com os outros? O vírus não discrimina. Por conta da forma pela qual se move e ataca, ele demonstra que a comunidade humana é igualmente precária. Ao mesmo tempo, contudo, o fracasso por parte de certos Estados ou regiões em se prepararem adequadamente de antemão, o fechamento de fronteiras e a chegada de empreendedores ávidos para capitalizar em cima do sofrimento global, tudo isso atesta a velocidade com a qual a desigualdade radical e a exploração capitalista encontram formas de reproduzir e fortalecer seus poderes no interior das zonas de pandemia. Um cenário que já podemos imaginar é a produção e comercialização de uma vacina eficaz contra a covid-19. Nós certamente veremos os ricos e os plenamente assegurados correrem para garantir acesso a qualquer vacina quando ela se tornar disponível. A desigualdade social e econômica garantirá a discriminação. O vírus por si só não discrimina, mas nós humanos certamente o fazemos, moldados e movidos como somos pelos poderes casados do nacionalismo, do racismo, da xenofobia e do capitalismo. Parece provável que passaremos a ver, no próximo ano, um cenário doloroso no qual algumas criaturas humanas afirmam seu direito de viver ao custo de outras, reinscrevendo a distinção espúria entre vidas passíveis e não passíveis de luto, isto é, entre aqueles que devem ser protegidos contra a morte a qualquer custo e aqueles cujas vidas não valem o bastante para serem salvaguardadas da doença e da morte.

Judith Butler. O capitalismo tem seus limites. Internet: (com adaptações)

A argumentação central do texto CB1A1-I é articulada a partir da dicotomia
  • A: Vida e morte.
  • B: Individual e coletivo.
  • C: fraco e forte.
  • D: Capitalismo e socialismo.
  • E: público e privado.

[A voz da natureza]

A natureza diz a todos os homens: fiz todos vós fracos e ignorantes, para vegetarem alguns minutos na terra e para adubaremna com vossos cadáveres. Como sois fracos, socorrei-vos; como sois ignorantes, esclarecei-vos e tolerai-vos. Quando tiverdes todos a mesma opinião, o que certamente não acontecerá jamais, quando houver um único homem de opinião contrária, deveríeis perdoálo: afinal sou eu que o faço pensar como ele pensa.

Eu vos dei braços para cultivar a terra e uma pequena luz de razão para vos conduzir; coloquei em vossos corações um germe de compaixão para que uns ajudem os outros a suportar a vida. Não abafeis esse germe, não o corrompais, aprendei que ele é divino, e não substituais a voz da natureza pelos miseráveis furores da escola.

Sou apenas eu que ainda vos une, sem que o desconfieis, por vossas necessidades mútuas, mesmo em vossas guerras cruéis tão ligeiramente empreendidas, teatro eterno dos erros, dos acasos e das infelicidades. Sou apenas eu que, em uma nação, impede as sequências funestas da divisão interminável entre a nobreza e a magistratura, entre esses dois corpos e o do clero, entre o burguês e o cultivador. (...) Parai, afastai esses destroços funestos que são vossa obra e continuai comigo em paz no edifício inabalável que é o meu.

(Adaptado de: VOLTAIRE, op. cit. Trad. Ana Luiza Reis Bedê. São Paulo: Martin Claret, 2017, p. 98-99)

Considerando-se o contexto, contrapõem-se quanto ao sentido, para efeito da argumentação desenvolvida pela natureza, os segmentos
  • A: quando houver um único homem de opinião contrária // deveríeis perdoá-lo
  • B: braços para cultivar a terra // uma pequena luz de razão
  • C: não abafeis esse germe // aprendei que ele é divino
  • D: sequências funestas da divisão interminável // edifício inabalável
  • E: teatro eterno dos erros // vossas guerras cruéis

Os livros didáticos ensinam que os textos dissertativos discutem um tema, defendem uma opinião, contrariam uma ideia oposta, fornecem informações etc.

Assinale a frase que se estrutura pela oposição a um outro pensamento ou opinião.
  • A: Gastos públicos podem também significar investimentos e não desperdício.
  • B: Como diz a sabedoria popular, mais vale a quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
  • C: Economize para o futuro!
  • D: Uma única vela pode acender outras mil sem perder a sua força.
  • E: Amar profundamente em uma direção nos torna mais amorosos em todas as outras.

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