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Texto CG1A1-I

Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.

Internet: (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.

A adoção de tecnologia, além de tornar as cidades mais inteligentes, deve primar também pelo melhoramento da qualidade de vida da população e de sua relação com o meio ambiente, tornando o ambiente urbano mais sustentável.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Texto CG1A1-I

Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial representando 68% do total em 2050.

No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então. Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a 90%.

As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas. Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por 64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.

Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data) e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.

Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.

No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente, e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo, mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.

Internet: (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.


De acordo com os dados da ONU, em 1950, menos da metade da população mundial vivia em ambientes urbanos.
  • A: CERTO
  • B: ERRADO

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2o parágrafo).

Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-lhe? (2o parágrafo).

• Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice (2o parágrafo).
• nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. (2o parágrafo).
• Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. (2o parágrafo).

Os termos sublinhados acima estão empregados, respectivamente, em sentido
  • A: figurado, figurado e figurado.
  • B: literal, figurado e literal.
  • C: figurado, figurado e literal.
  • D: figurado, literal e literal.
  • E: literal, literal e figurado.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2o parágrafo).

Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-lhe? (2o parágrafo).

Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a
  • A: um médico e grãozinho de sandice.
  • B: Quincas Borba e Rubião.
  • C: Quincas Borba e grãozinho de sandice.
  • D: grãozinho de sandice e Rubião.
  • E: grãozinho de sandice e Quincas Borba.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2o parágrafo).

O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
  • A: nesse caso
  • B: contudo
  • C: por isso
  • D: além disso
  • E: portanto

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

O narrador dirige-se diretamente a seu leitor no seguinte trecho:
  • A: − Grande façanha! Como se você fosse mau! (5o parágrafo).
  • B: Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. (2o parágrafo).
  • C: Chamava-se Maria da Piedade. (1o parágrafo).
  • D: Aqui o tens agora em Barbacena. (1o parágrafo).
  • E: − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba. (4o parágrafo).

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:
  • A: Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva (6o parágrafo).
  • B: Antes de professor, metera ombros a algumas empresas (2o parágrafo).
  • C: Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. (2o parágrafo).
  • D: certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2o parágrafo).
  • E: o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. (2o parágrafo).

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

Implícita à afirmação do médico de que filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra (8o parágrafo) está a oposição entre
  • A: teoria e prática.
  • B: razão e loucura.
  • C: brutalidade e delicadeza.
  • D: liberdade e submissão.
  • E: comprometimento e descaso.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

No 1o parágrafo, o narrador destaca a seguinte característica de Maria da Piedade: sua
  • A: ingenuidade.
  • B: impulsividade.
  • C: melancolia.
  • D: timidez.
  • E: hipocrisia.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar (6o parágrafo).

O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
  • A: manifesta
  • B: resignada
  • C: encoberta
  • D: sincera
  • E: pessimista

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