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Observe o texto narrativo a seguir.
“São duas e meia da manhã. Cada vez que eu tento levantar-me, minha cabeça parece girar e tenho que apoiar-me na parede para não cair. Não sei exatamente o que está acontecendo, se este desconforto é fruto de bebida ou de remédios exagerados. Tento deitar de novo e procuro ficar imóvel para ver se o incômodo vai embora. Vamos ver...”

A afirmativa adequada a esse fragmento de narração é:
  • A: como na maioria dos textos narrativos, este também se utiliza prioritariamente do pretérito perfeito do indicativo;
  • B: o texto exemplifica uma narrativa simultânea, em que o narrador relata os fatos no momento em que ocorrem;
  • C: a narrativa mostra um momento íntimo, procurando inquietar o leitor sobre o estado psíquico do personagem;
  • D: o texto narrativo acima é direto, sem qualquer interrupção dos fatos narrados;
  • E: o texto mostra, como num diário, as impressões e observações do narrador sobre pequenos e grandes acontecimentos de sua vida diária.

Um texto anônimo encontrado em um pequeno jornal de um bairro registrava:
“Chamo-me Pedro Álvares Cabral. Quero dizer que acabo de descobrir uma terra que parece muito grande, habitada por gente estranha, que vive em completa inocência, pois não escondem seus corpos, como nós. Não sei o que acontecerá a este lugar no futuro, principalmente me preocupa o fato de virem descobrir muitas riquezas nele, mas espero que Deus o proteja dos homens. Daqui a alguns dias voltarei para Lisboa e darei as boas-novas ao rei. Vou registrar diariamente os acontecimentos mais notáveis dessa descoberta”.


Sobre a estrutura desse pequeno texto, é correto afirmar que:
  • A: neste caso, o narrador e o autor são a mesma pessoa;
  • B: o foco principal da narrativa está na apresentação das diferenças entre os índios e os europeus;
  • C: o narrador deste pequeno texto mostra uma visão nostálgica de um passado já distante;
  • D: as características da linguagem empregada no texto tentam indicar que se trata de um momento já distante no tempo;
  • E: o texto projeta uma visão futura positiva para o Brasil.

Observe o texto jornalístico a seguir.
“Com informações do enviado especial em Tchassiv Yar, Vincent Souriau
Neste domingo, o presidente ucraniano saudou a bravura de seus homens. ‘Gostaria de prestar uma homenagem especial à bravura, força e resiliência dos soldados que lutam no Donbass’, disse Zelensky em seu comunicado diário.
As tropas russas continuam tentando cercar a cidade simbólica de Bakhmout, o epicentro da guerra no leste da Ucrânia, informou o Exército ucraniano neste domingo, garantindo ter repelido novos ataques. No seu relatório diário, o Estado-Maior ucraniano afirma que ‘mais de 130 ataques inimigos’ foram repelidos nas últimas 24 horas, em vários setores do front, como Kupyansk, Lyman, Bakhmout e Avdiïvka. ‘O inimigo continua suas tentativas de cercar a cidade de Bakhmout’, diz o relato, sem maiores detalhes.” (RFI) Cada uma das opções abaixo mostra uma característica da linguagem jornalística, acompanhada de um exemplo retirado do texto.

A opção em que o exemplo citado é adequado à característica indicada é:
  • A: evitar frases muito longas por meio de pontuação ou do emprego de conectores: “As tropas russas continuam tentando cercar a cidade simbólica de Bakhmout, o epicentro da guerra no leste da Ucrânia, informou o Exército ucraniano neste domingo, garantindo ter repelido novos ataques”;
  • B: separar frases por meio de ponto: “Neste domingo, o presidente ucraniano saudou a bravura de seus homens. ‘Gostaria de prestar uma homenagem especial à bravura, força e resiliência dos soldados que lutam no Donbass’, disse Zelensky em seu comunicado diário”;
  • C: supressão do emprego de pronomes relativos: “Gostaria de prestar uma homenagem especial à bravura, força e resiliência dos soldados que lutam no Donbass";
  • D: supressão de orações subordinadas ou reduzidas: “As tropas russas continuam tentando cercar a cidade simbólica de Bakhmout, o epicentro da guerra no leste da Ucrânia, informou o Exército ucraniano neste domingo, garantindo ter repelido novos ataques”;
  • E: utilização da ordem direta na construção das frases: “...informou o Exército ucraniano neste domingo, garantindo ter repelido novos ataques”.

Em todas as frases abaixo há o emprego de termos vagos, pouco precisos, desaconselháveis em textos jornalísticos. O verbo “fazer” é empregado em lugar de muitos outros verbos de significado mais preciso, tornando a expressão menos clara; a frase em que esse verbo é empregado em seu sentido próprio, é:
  • A: Os bombeiros fizeram o seu dever;
  • B: Os pais fizeram o papel de seguranças dos filhos;
  • C: Os advogados do caso fizeram um enorme relatório;
  • D: Os protestos fizeram imensos engarrafamentos;
  • E: Os carpinteiros fizeram um banco de madeira.

A repetição de palavras é um problema bastante combatido pelos professores de redação; a frase abaixo em que, para evitar a repetição do termo sublinhado, foi empregado um processo diferente do das demais frases é:
  • A: Cabral chegou ao Brasil em abril de 1500 e logo o descobridor de nosso país se deu conta da importância da descoberta;
  • B: A explosão despertou os moradores que ficaram bastante impressionados pelo estrondo;
  • C: O barco era muito pequeno e, segundo os passageiros, a embarcação não tinha como resistir à tempestade;
  • D: O conflito entre os dois países deve ser evitado, pois a guerra é prejudicial mesmo para quem a vence;
  • E: Os ex-ministros reagiram às acusações do juiz, assim como as demais autoridades.

Em todas as opções abaixo há perguntas diretas, que foram transformadas em perguntas indiretas. A opção em que essa modificação foi feita de forma adequada, é:
  • A: Por que o autor empregou esse pronome? / Queria saber como esse pronome foi empregado pelo autor;
  • B: Que consequências o barulho pode trazer à nossa audição? / Você pode me dizer o porquê de o barulho trazer consequências à nossa audição;
  • C: Como você compreende a afirmação do autor? / Diga o modo como você compreende essa afirmação do autor;
  • D: Qual o maior interesse desse livro? / Desejava saber a finalidade da publicação desse livro;
  • E: Quem produz os melhores vinhos do mundo? / Gostaria de saber qual o método de produção dos melhores vinhos do mundo.

Leia com atenção o texto descritivo a seguir.
“Os livros do escritório eram, em sua grande maioria, dicionários, com lombadas de couro em cores diversas; todos eram muito grossos e, certamente, com muitos verbetes e, segundo o proprietário, muito valiosos por suas abonações.”

A afirmação adequada sobre a estruturação descritiva desse pequeno texto é que seu autor:
  • A: tem a finalidade de despertar a curiosidade do leitor;
  • B: indica, sobretudo, qualificações dos objetos;
  • C: procura mostrar precisão absoluta nos dados fornecidos;
  • D: caracteriza os objetos da descrição com opiniões próprias;
  • E: mostra uma visão de especialista sobre a realidade descrita.

Abaixo aparecem cinco slogans publicitários; o slogan que apela a uma estratégia diferente da dos demais casos, é:
  • A: Um pouco de Veja e muito de limpeza;
  • B: São os pequenos detalhes que fazem as grandes marcas;
  • C: Após a escuridão vem a claridade com Eveready;
  • D: Não faça economia: compre um BMW;
  • E: Príncipe veste hoje o homem de amanhã.

Talvez a figura de linguagem mais conhecida de todos os leitores seja a metáfora ou comparação; a opção abaixo em que a comparação realizada é acompanhada de sua explicação, é:
  • A: A página aberta da vida é bela; porém mais bela é a página ainda fechada;
  • B: Não sei como é a alma de um criminoso, mas a alma do homem honesto, do homem bom, é um inferno;
  • C: A protelação é como um cartão de crédito: é muito divertido até você receber a conta;
  • D: País que desvaloriza o dólar é como se roubasse a casa do vizinho;
  • E: A burocracia é a reação à falta de paixão.

Texto – O futuro do plástico (fragmento)

Por Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro

“[...]
Em setembro, um estudo publicado por cientistas chineses detectou, pela primeira vez, a presença de microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) na placenta humana. Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades ‘muito abundantes’ de microplásticos. [...]

Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente. Em 2020, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, coletaram amostras de ar em 11 pontos do país – e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.
[...]
Mas suas principais fontes são a água e a comida. Um estudo da Universidade de Newcastle analisou a quantidade presente em alguns alimentos, como peixes, mariscos, sal, cerveja, água, mel e açúcar – e concluiu que cada adulto ingere em média 20 gramas de microplásticos, o equivalente a uma pecinha de Lego, por mês.

E o cálculo não considera outros alimentos ou fontes, como os microplásticos presentes em cremes dentais ou liberados por panelas com o revestimento antiaderente danificado – que podem soltar mais de 9.000 pedacinhos a cada uso. Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico. Ele já está dentro de nós.
[...].

A ilha transparente

Em 1997, o oceanógrafo Charles Moore estava voltando de uma regata entre Los Angeles e Honolulu, no Havaí, quando resolveu testar seu veleiro, o Alguita. Pegou uma rota tranquila, com pouco vento, no Giro do Pacífico Norte [...]. Mas, aí, viu pedaços de plástico boiando a esmo no meio do oceano.
Era a primeira observação da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, um fenômeno que havia sido teorizado em 1988 por cientistas do governo americano. A ilha fica entre a costa oeste dos EUA e o Japão, e é formada por mais de 1,8 trilhão de detritos, que somam mais de 80 mil toneladas de plástico e se estendem por 1,6 milhão de quilômetros quadrados – o tamanho do estado do Amazonas.
Só que a ilha não é bem como as pessoas imaginam, com uma gigantesca maçaroca flutuante. Em sua maior parte, ela é invisível a olho nu. Isso porque o lixo vai se fragmentando – e 80% dele já está na forma de microplásticos.
Eles são muito pequenos, e ficam espalhados por uma área gigantesca. Por isso, a ilha é difícil de ver – seja de barco ou por imagens de satélite.
Mas causa um impacto ambiental enorme: afeta mais de 700 espécies. Os animais marinhos podem ficar presos na ilha de lixo, ou ingerir plástico em quantidades nocivas. Além disso, como os pedacinhos de plástico deixam a água ligeiramente turva, reduzem o acesso das algas marinhas à luz do sol, podendo desregular seriamente a cadeia alimentar.

A bactéria mutante

A usina nuclear de Chernobyl é um dos pontos mais contaminados do mundo. Quando seu reator 4 explodiu, em 1986, a radioatividade no local chegou a incríveis 300 sieverts por hora: o equivalente a 3 milhões de exames de raio-X, e suficiente para matar uma pessoa em cerca de 1 minuto. [...]
Mas foi ali que, em 1991, pesquisadores acharam algo incrível: um fungo radiotrófico, ou seja, capaz de se alimentar de radiação. Ele se chama Cryptococcus neoformans, e a ciência já o conhecia; mas essa sua nova habilidade, não. [...]
Décadas mais tarde, em 2016, algo parecido aconteceu – só que com o plástico. Um grupo de pesquisadores estava testando amostras do solo perto de uma usina de reciclagem de garrafas PET na cidade de Sakai, no Japão. Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.
O micróbio foi batizado de Ideonella sakaiensis, e passou a ser estudado em laboratório. O segredo dessa bactéria está numa enzima que ela produz: a PETase, que decompõe esse tipo de plástico [o plástico produzido a partir do polietileno tereftalato, ou PET, e que pode ser encontrado nas garrafas plásticas que recebem esse nome]. Nos anos seguintes, outras pesquisas descobriram dezenas de PETases, fabricadas por vários microorganismos. Elas decompõem o plástico em poucos dias – acelerando muito a degradação natural, que leva séculos.
Cientistas da Universidade do Texas criaram uma versão alterada da enzima, que se chama FAST-PETase e funciona incrivelmente bem: basta aplicá-la sobre o plástico, deixar o material numa temperatura de 30 a 50 graus (fácil de atingir e manter num galpão ou tonel levemente aquecido, por exemplo), e a natureza faz todo o resto. Um a sete dias depois, dependendo da temperatura ambiente, você tem plástico novo.
Sem precisar derreter o material, usar aditivos nem lidar com substâncias tóxicas. E a enzima não só decompõe o plástico, ela o refaz: repolimeriza as moléculas do material, montando novamente as cadeias de átomos que formam o PET (e o tornam tão flexível e resistente).
Também há testes com novos métodos de reaproveitamento. A empresa holandesa Ioniqa, por exemplo, inventou uma técnica que permite reciclar as garrafas PET infinitas vezes, como é feito com as latinhas de alumínio. (No método tradicional, isso não acontece: o plástico perde qualidade após cada reciclagem, e você precisa adicionar uma porcentagem cada vez maior de material ‘virgem’, ou seja, novo, para fazer as garrafas.)
[...]
Em suma: vem aí uma série de inovações que podem aumentar muito a reciclagem. ‘Agora dá para começar a enxergar uma verdadeira economia circular em torno do plástico’, disse o químico Hal Alper, um dos criadores da enzima FAST-PETase, ao anunciá-la.
[...]”

Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-doplastico. Acesso em: 04/01/2023

O texto acima, cujo tema central é o plástico, está organizado estruturalmente em três blocos: o primeiro bloco vai do parágrafo 1 ao 4 (e não tem subtítulo próprio); o segundo bloco vai do parágrafo 5 ao 9 (sob o subtítulo A ilha transparente); e o terceiro bloco vai do parágrafo 10 ao 17 (sob o subtítulo A bactéria mutante). A alternativa que melhor captura, respectivamente, o subtema específico de cada bloco é:
  • A: impacto do microplástico sobre a gestação / efeitos nocivos do plástico sobre a saúde humana / importância da conscientização do consumidor;
  • B: quantidade de microplástico circulante / impacto do plástico sobre o meio ambiente / soluções tecnológicas para combater os problemas causados pelo plástico;
  • C: relação entre o capitalismo e o consumo de plástico / legislações e acordos multilaterais de proteção ambiental / importância da conscientização do consumidor;
  • D: impacto do microplástico sobre a gestação / impacto do plástico sobre o meio ambiente / descobertas científicas fortuitas;
  • E: relação entre ingestão de plástico e saúde / existência de ameaças invisíveis / descobertas científicas fortuitas.relação entre ingestão de plástico e saúde / existência de ameaças invisíveis / descobertas científicas fortuitas.

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