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Limites da propriedade
Direito à terra? Sim. O problema está em onde se colocam as cercas.
Tenho, numa árvore, um daqueles bebedouros para beija-flores. E um deles já tomou posse. Quando aparece qualquer intruso, lá vem ele, como uma flecha, defender sua água. É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence, que lhe é próprio. Daí, propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo, que não pode ser tocado sem que eu sinta. O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem. Os limites da minha terra são os limites do que necessito para viver.
Mas há aqueles que fincam cercas para além dos limites da necessidade do seu corpo. Quando a terra é, de fato, uma propriedade, algo que é próprio ao corpo, ela está sendo constantemente transformada em vida. Mas quando a terra é mais do que meu corpo necessita, ela deixa de ser vida e se transforma em lucro. Lucro é aquilo que não foi consumido pela vida.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 33-34)
O segmento em que se destaca a desconsideração de um princípio de justiça defendido ao longo do texto é
  • A: fincam cercas para além dos limites da necessidade...
  • B: ela está sendo constantemente transformada em vida.
  • C: É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence...
  • D: O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem.
  • E: propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo...

Limites da propriedade
Direito à terra? Sim. O problema está em onde se colocam as cercas.
Tenho, numa árvore, um daqueles bebedouros para beija-flores. E um deles já tomou posse. Quando aparece qualquer intruso, lá vem ele, como uma flecha, defender sua água. É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence, que lhe é próprio. Daí, propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo, que não pode ser tocado sem que eu sinta. O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem. Os limites da minha terra são os limites do que necessito para viver.
Mas há aqueles que fincam cercas para além dos limites da necessidade do seu corpo. Quando a terra é, de fato, uma propriedade, algo que é próprio ao corpo, ela está sendo constantemente transformada em vida. Mas quando a terra é mais do que meu corpo necessita, ela deixa de ser vida e se transforma em lucro. Lucro é aquilo que não foi consumido pela vida.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 33-34)
Mantendo, ao longo do texto, convicção quanto ao que sejam os limites da propriedade, o autor
  • A: restringe o direito à posse da terra aos que não desconhecem o valor econômico dos investimentos a que ela convida para se tornar cada vez mais valiosa.
  • B: defende com intransigência a propriedade da terra, desde que subordinada a princípios morais e éticos que a tradição cultural de um país deve especificar quais sejam.
  • C: subordina o direito à terra à condição de que ela deve servir para atender as necessidades essenciais que se apresentam na vida de cada um
  • D: equipara o direito à propriedade da terra aos direitos humanos, razão pela qual defende o máximo de clareza legislativa ao definir os limites de uma propriedade.
  • E: condiciona o estabelecimento dos limites de uma propriedade aos critérios que o proprietário mesmo deve bem definir para justificar as terras que possui e administra.

Quem não gosta de samba
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal.
Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música - ou de certos tipos de música - sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam - a crença num suposto perigo moral da música -, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
A exclusão da vírgula alterará o sentido da seguinte frase:
  • A: Ao longo da História, muitos pensadores manifestaram seu temor pelos poderes da música.
  • B: Obviamente, não é a todos que desconcerta surpreender-se com os poderes da música.
  • C: A música afeta aos ouvintes atentos, que conhecem seus mágicos poderes.
  • D: Nem todos temem a música, porque nem todos reconhecem seus mágicos poderes.
  • E: Aos que gostam da música, garante-se uma inesgotável fonte de prazer e de sensualidade.

Quem não gosta de samba
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal.
Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música - ou de certos tipos de música - sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam - a crença num suposto perigo moral da música -, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
  • A: A Aristóteles, Platão e a outros pensadores (impressionar) vivamente a magia encantatória dos ritmos e das melodias musicais.
  • B: Crê o autor do texto que àquele a quem mais (abalar) os efeitos da música é também quem mais conhece as razões para temê-la.
  • C: Todos os ataques que contra a música se (promover) costumam partir dos que são extremamente sensíveis aos seus poderes.
  • D: Está no texto a convicção, contra a qual a poucos (ocorrer) de se levantar, de que são irreprimíveis os efeitos gerados pelo ritmo musical.
  • E: A música, independentemente dos que nela (ter) a atenção concentrada, acaba contagiando o ambiente em que se a promova.

Quem não gosta de samba
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal.
Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música - ou de certos tipos de música - sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam - a crença num suposto perigo moral da música -, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
  • A: A força contagiante da música não se impõe apenas aos que a amam e acolhem; surge como atraente ameaça para os que temem seus mágicos poderes.
  • B: Os mágicos poderes da música são temíveis para alguns, embora menos para quem a ame sobretudo por força da magia em que os contagiam.
  • C: Muitos se deixam impor pelo poder da música, cuja força contagiante, todavia, também desperta os temores nos que os alimentam diante dela.
  • D: Por mais que se sintam ameaçados pelos mágicos poderes da música, há também os que muito a veneram por causa de sua força contagiante.
  • E: Além dos que a acolhem por amor, há também quem lhes ame os poderes, sendo a música uma força contagiante de encantamento e magia.



Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
De acordo com o texto, o quadro de concentração de renda, de precarização das relações de trabalho e de falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia é resultado da negligência estatal com relação às necessidades da população.
  • A: Certo
  • B: Errado

Quem não gosta de samba
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal.Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música - ou de certos tipos de música - sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam - a crença num suposto perigo moral da música -, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
  • A: uma venerável linhagem de moralistas (1º parágrafo) = uma notória cúpula de mentores.
  • B: é capaz de suscitar nos ouvintes (1º parágrafo) = está apta a dissuadir os que a ouvem.
  • C: se penitenciou por sua irrefreável propensão (1º parágrafo) = expiou sua irreprimível inclinação.
  • D: pressupõe uma viva percepção (2º parágrafo) = pressente uma sensorial intuição.
  • E: se empenharam em preveni-la e erradicá-la (2º parágrafo) = se habilitaram a provê-la e externá-la.


Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” (Linha 15) — que seja pautada— não comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos originais do texto.
  • A: Certo
  • B: Errado

Quem não gosta de samba
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal.
Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música - ou de certos tipos de música - sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam - a crença num suposto perigo moral da música -, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
A frase O vigor e o tom dos ataques traem o melindre contém um argumento semelhante ao que está nesta outra frase:
  • A: nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando. (3º parágrafo)
  • B: Há pessoas que não suportam a música... (1º parágrafo)
  • C: Platão condenou certas escalas e ritmos musicais... (1º parágrafo)
  • D: O que todo esse medo da música [...] sugere? (2º parágrafo)
  • E: O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. (3º parágrafo)



Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.

A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o trecho “A luta (...) humano.” (Linhas  8 a 10) fosse reescrito da seguinte forma: Logo, a luta dos trabalhadores apenas deixou de ser por mais condições de melhor subsistência para priorizar a própria dignidade do ser humano.
  • A: Certo
  • B: Errado

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