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Texto CB1A1

Vivemos em um contexto de profundas mudanças societárias que refletem diretamente na vida dos indivíduos e presenciamos uma desigualdade social cada vez mais acentuada. É justamente nessa conjuntura de profundas mudanças sociais, de mutações do mundo do trabalho e acirramento da questão social que necessitamos compreender o sistema educacional e suas implicações no cotidiano escolar, permeado de conflitos oriundos dos diferentes sujeitos que o compõem.

As novas configurações da sociedade no sistema capitalista — que repercutem diretamente nos mais diferentes espaços da vida cotidiana — são, na realidade, reflexos do agravamento da questão social: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação de seus frutos se mantém privada, monopolizada por apenas uma parte da sociedade.

A educação é um processo que se desenvolve historicamente, num tempo dinâmico e num espaço que sofre transformações constantes, tendo como característica a preocupação com a formação do ser humano em sua plenitude, com a perspectiva de transformar a sociedade em benefício de seus sujeitos. Entendendo-se a educação como componente de um contexto histórico-social, o trabalho dos diferentes profissionais nesse espaço sócio-ocupacional deve ser realizado com uma visão totalizadora da realidade social, a partir de uma concepção crítica das questões inerentes ao processo educacional e, consequentemente, à vida humana.

Ora, se a educação deve ser compreendida dentro de um contexto histórico-social, as diferentes áreas e profissões cuja atuação se desenvolve na efetivação dessa política social necessitam de estratégias de ação com o objetivo de estimular o processo de conscientização dos indivíduos numa perspectiva transformadora da realidade.

A educação em sua forma emancipadora pode ser vista como um instrumento de luta pelos direitos do cidadão, contribuindo para a formação de um sujeito crítico e consciente, um ser humano apto ao questionamento e à tomada de decisões. Assim, a escola seria o espaço capaz de produzir uma formação ampla para o indivíduo, auxiliando-o na construção do conhecimento e da convivência humana e social, política e cultural.

Cirlene Aparecida H. S. Oliveira. O significado do trabalho interdisciplinar na escola. In: Célia Maria David et al. (Orgs). Desafios contemporâneos da educação. 1 ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, p. 238–239 (com adaptações)

Em relação à concordância nominal e verbal no texto CB1A1, assinale a opção correta.
  • A: No primeiro parágrafo, a flexão da forma verbal “compõem” na terceira pessoa do plural justifica-se pela concordância do verbo com o termo “conflitos”, que é o sujeito da última oração do parágrafo.
  • B: No segundo parágrafo, o termo “monopolizada” está flexionado no feminino singular porque concorda em gênero e número com a expressão “uma parte da sociedade”.
  • C: Estariam mantidas a correção gramatical e as relações coesivas estabelecidas no primeiro período do terceiro parágrafo caso se substituísse “tendo” por e têm.
  • D: Estaria mantida a correção gramatical do último parágrafo do texto caso se substituísse o termo “vista” por visto, dada a possibilidade gramaticalmente prevista de concordância, em estruturas de voz passiva, do particípio com o elemento que o segue, qual seja o vocábulo “instrumento”.
  • E: No quarto parágrafo, a flexão da forma verbal “se desenvolve” na terceira pessoa do singular justifica-se pela concordância do verbo com o termo “atuação”, que é o núcleo do sujeito da oração.

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