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“Há certamente pessoas que duvidam que a ciência possa fazer a felicidade dos homens. E, de fato, o curso do desenvolvimento, que aparece paralelamente ao progresso científico, leva ao consumismo, à poluição, a grandes riscos ecológicos. “Mas, a meu ver, seria necessário evitar a confusão entre ciência e desenvolvimento e dizer, ao contrário, que a ameaça vem da quantidade exagerada de ciência. “Vamos aos fatos: “Uma comparação objetiva do passado com os tempos modernos me parece demonstrar isso claramente: a condição humana melhorou bastante, sobretudo nos países desenvolvidos, ou seja, justamente onde se pratica a ciência. Tal melhora provém da utilização de uma infinidade de elementos de segurança e de conforto, de comunicação, de informação – os quais, deram a cada um o gosto de uma existência melhor. Esses meios de felicidade, trazidos pela ciência, sofreram desvios em seus objetivos, pois foram multiplicados de uma maneira excessiva...”. Sobre a estruturação desse texto argumentativo, é correto afirmar que:
  • A: na defesa de seu pensamento, o autor do texto apela para argumentos alheios, apoiados todos na realidade;
  • B: o consumismo e a poluição são comprovações da tese do autor, mostrando aspectos negativos do desenvolvimento científico;
  • C: o texto parte da recusa de uma tese, a de que a ciência não faz a felicidade humana;
  • D: ao dizer “Vamos aos fatos” o autor do texto encaminha a fundamentação argumentativa para as suas opiniões;
  • E: o gosto de uma existência melhor causou um enorme desequilíbrio econômico, retirando o valor positivo da ciência.

Numerosas situações da vida cotidiana ou profissional nos levam a contestar ou a defender um ponto de vista, logo, a produzir uma argumentação. Todas as opções abaixo mostram sugestões de temas para textos argumentativos; a opção em que é proposta uma estruturação com base em duas teses possíveis, é:
  • A: Como será o sistema de trabalho no futuro?
  • B: Os jornais falados e escritos estão em franca disputa por leitores; qual dos dois modelos vai triunfar?
  • C: Alguns especialistas consideram que o turismo de aventura será a coqueluche do próximo século. Como você imagina esse tipo de turismo?
  • D: Os ritmos musicais estão ligados a um instrumento básico. A bossa-nova só poderia ser composta no violão, assim como a valsa só poderia ser composta a partir do piano. Você considera válido esse ponto de vista?
  • E: Como julgar as aulas pela internet? São bastante úteis, sobretudo para os que não dispõem de tempo ou, carecendo da presença física do professor, deixam sempre a desejar?

Observe como foi construído o humor na seguinte frase: “A maneira mais segura de você dobrar o seu dinheiro, é pegar as notas, dobrá-las e guardá-las no bolso”. Como sabemos, o humor é construído pela quebra de uma expectativa; nesse caso, essa quebra provém:
  • A: da inutilidade de ensinar-se como dobrar o dinheiro;
  • B: do destaque dado a uma situação que é feita por todos;
  • C: dos sentidos diversos do verbo “dobrar”;
  • D: da impossibilidade de dobrar o dinheiro, pondo-o no bolso;
  • E: da proposta inviável contida na frase.

Em todas as opções abaixo mostra-se um substantivo, acompanhado de dois adjetivos derivados dele. Aquela opção em que esses adjetivos possuem significados perfeitamente idênticos, é:
  • A: agricultura / atividade agrícola, atividade agrária;
  • B: poeira / local poeirento, local empoeirado;
  • C: alimento / produto alimentar, produto alimentício;
  • D: dia / trabalho diário, trabalho diurno;
  • E: luxúria / aspecto luxuriante, aspecto luxurioso.

Observe o texto argumentativo a seguir. “Os dicionários, como muitos dizem, são ‘os pais dos burros’, já que todos os consultam quando desconhecem o significado de alguma palavra, mas nossos dicionários ainda têm muito o que aprender, desde a apresentação de informações mais precisas, até a inclusão da etimologia das palavras, sua datação e exemplos dos múltiplos significados indicados. Assim, eles passarão a ser ‘os pais dos inteligentes’.” O plano de estruturação argumentativa desse texto é:
  • A: apresentação de uma tese própria, seguida de argumentos contrários à tese oposta;
  • B: apresentação de uma listagem de argumentos favoráveis a uma tese própria do argumentador, explicitada ao final;
  • C: apresentação da tese oposta, seguida de argumentos e da tese própria;
  • D: apresentação de uma listagem de argumentos favoráveis à tese oposta, sem a explicitação da tese própria;
  • E: apresentação da tese própria, seguida da tese oposta, com uma listagem de argumentos que defendem aquela.

Observe o texto a seguir. “Você acha que os homens chegarão a acabar com as guerras? É possível que os habitantes do planeta tenham sucesso na tarefa de fazer desaparecer os conflitos armados?” No desenvolvimento textual desse fragmento, o processo empregado é o de:
  • A: reformular o enunciado;
  • B: transformar o modelo básico da frase;
  • C: acrescentar novas ideias ao já formulado;
  • D: exemplificar o que já foi expresso;
  • E: multiplicar os pontos de vista.

Há distintas maneiras de interrogar; a opção abaixo em que a pergunta feita (numa entrevista de emprego) exige uma resposta mais longa e mais pessoal, é:
  • A: O que o senhor sabe de nossa empresa?
  • B: Que tipo de função o senhor pretende ocupar?
  • C: O senhor sabe usar seu poder de sedução?
  • D: Em que disciplinas universitárias o senhor era melhor?
  • E: O senhor possui um relacionamento fraterno com os outros?

Observe o texto a seguir. “Entrou em casa com muita pressa e a precipitação fez com que não notasse os vários vidros de remédios sobre o móvel da sala, com os nomes daqueles a quem se referiam os medicamentos. Pensou em dizer, ou melhor, escrever que passara por casa para que não estranhassem algumas coisas fora do lugar e que esse estranhamento levasse alguém a telefonar para a polícia, dado o medo que se generalizara no bairro após o crime do mês passado.” Sobre a utilização de vocábulos nesse segmento textual, é correto afirmar que:
  • A: alguns vocábulos são empregados para dar mais precisão a termos anteriores: “Entrou em casa com muita pressa e a precipitação fez com que não notasse os vários vidros de remédios sobre o móvel da sala”;
  • B: uns vocábulos são empregados para evitar-se a repetição de vocábulos idênticos, com o emprego de um vocábulo de conteúdo geral: “...os vários vidros de remédios sobre o móvel da sala, com os nomes daqueles a quem se referiam os medicamentos.”;
  • C: outros vocábulos são empregados para dar mais precisão a um termo anterior: “Pensou em dizer, ou melhor, escrever que passara por casa para que não estranhassem algumas coisas fora do lugar...”;
  • D: certos vocábulos se ligam formalmente a termos anteriores, mas não semanticamente: “...para que não estranhassem algumas coisas fora do lugar e que esse estranhamento levasse alguém a telefonar para a polícia”;
  • E: uns vocábulos mostram a preocupação com a linguagem popular: “...para que não estranhassem algumas coisas fora do lugar”.

O tema de todas as introduções textuais abaixo é o analfabetismo; o tipo de introdução que está adequadamente caracterizado, é:
  • A: introdução por enumeração: A consulta a agendas, preenchimento de cheques, ler pequenos anúncios de emprego são situações cotidianas que mostram a importância de saber ler;
  • B: introdução por informação surpreendente: Para reduzir o número de analfabetos, o Exército decidiu criar um plano de estudo de leitura para os recrutados;
  • C: introdução por um relato: Para a edificação dos fiéis, e para o bem de sua alma, nós proibimos a leitura de qualquer livro, dizia o filósofo Voltaire com ironia;
  • D: introdução por divisão: Quase dois milhões de brasileiros ainda mostram dificuldades graves de leitura;
  • E: introdução por citação: O pior aspecto do analfabetismo é o chamado “analfabetismo funcional”.

A citação, enquadrada entre aspas, mostra sempre ao leitor que ela é a expressão de outro. O pensador alemão Walter Benjamin disse certa vez: “As citações em meu trabalho são como bandidos de beira de estrada que repentinamente surgem armados e tomam de assalto as convicções dos passantes”. Nesse caso, as citações de Benjamin teriam a seguinte função:
  • A: elevar o nível cultural do texto produzido;
  • B: trazer ao texto um intervalo de distração;
  • C: convencer os leitores de forma definitiva;
  • D: corroborar na defesa de ideias;
  • E: servir de prova de algo que foi afirmado.

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