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A respeito da estruturação linguística do texto, julgue o item.

O termo “malhada” (linha 36) é usado para qualificar o corpo cuja musculatura é esculpida e bem definida, como resultado de intensa musculação, e pode ser substituído, no texto, por mosqueada.


 

 

 

 

 

 

 

 

 
  • A: Certo
  • B: Errado










A respeito da estruturação linguística do texto, julgue o item.

O emprego de acento grave indicativo de crase é obrigatório tanto na linha 38 — “à mostra” — quanto na linha 46 — “à sua” —, devido à regência de nomes femininos definidos.


 

 

 

 

 

 

 
  • A: Certo
  • B: Errado





No texto, a linguagem não verbal funciona como uma explicação para a linguagem verbal. Assim, igualdade não significa justiça, porque o princípio que rege a justiça é o de que

  • A: as diferenças sociais dependem da ação solidária entre os cidadãos que fazem uso de objetos comuns no mundo.
  • B: as oportunidades sociais dependem, em boa parte, de atributos biológicos intrínsecos de cada cidadão.
  • C: o Estado deve oferecer oportunidades iguais a todos os cidadãos, evitando-se distinções de qualquer natureza.
  • D: o cidadão menos favorecido deve receber suporte que o habilite a gozar com equidade os direitos universais.
  • E: a aplicação do Direito reconhece que todos são iguais perante a Lei.

                     EXEGESE
Você quer se esconder, então se mostre.

Diga tudo que sabe sobre a vida.

Conte a sua experiência nos negócios,

proclame seu valor de parasita

e deixe que discutam nas casernas

o seu bendito fruto entre as melhores

famílias desta terra.

 

Depois esconda tudo num poema



e fique descansado: ninguém lê.

Se ler, começam logo a ver navios

e achar que tudo é poetagem, símbolos,

desejos reprimidos,

psicanálises,

o diabo a quatro.

O poema não é uma caverna

sigilosa, com sombras tautológicas

nas paredes.

 

O poema é simplesmente

a sombra sem caverna, o vulto espesso

de si mesmo, a parábola mais reta

de quem escreve torto,

como um deus

canhoto de nascença.

 


                  TELES, Gilberto Mendonça. Melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção de Luiz Busatto. São Paulo: Global, 2007, p. 181.


A progressão das ideias no texto justifica o título do poema de Gilberto Mendonça Teles, pois o enunciador

  • A: explica minuciosamente como o exercício poético pode ser usado como um recurso de auto proteção.
  • B: faz investidas tautológicas na definição do fazer poético.
  • C: critica severamente o desinteresse pela leitura de poemas.
  • D: ratifica a importância do fazer poético com base em princípios psicanalíticos.
  • E: desmente a ideia circulante no senso comum de que o fazer poético resulta em conteúdo indecifrável para os leigos.



                     EXEGESE
Você quer se esconder, então se mostre.

Diga tudo que sabe sobre a vida.

Conte a sua experiência nos negócios,

proclame seu valor de parasita

e deixe que discutam nas casernas

o seu bendito fruto entre as melhores

famílias desta terra.

 

Depois esconda tudo num poema



e fique descansado: ninguém lê.

Se ler, começam logo a ver navios

e achar que tudo é poetagem, símbolos,

desejos reprimidos,

psicanálises,

o diabo a quatro.

O poema não é uma caverna

sigilosa, com sombras tautológicas

nas paredes.

 

O poema é simplesmente

a sombra sem caverna, o vulto espesso

de si mesmo, a parábola mais reta

de quem escreve torto,

como um deus

canhoto de nascença.

 


                  TELES, Gilberto Mendonça. Melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção de Luiz Busatto. São Paulo: Global, 2007, p. 181.

 



Quanto à sua constituição tipológica, as duas primeiras estrofes do poema apresentam uma estrutura


  • A: descritiva, identificada por expressões qualificadoras como “experiência nos negócios” e “valor de parasita”.
  • B: argumentativa, definida pela presença de verbos como “dizer” e “discutir”.
  • C: injuntiva, organizada predominantemente em formas verbais imperativas, como “diga”, “proclame”.
  • D: narrativa, estabelecida pela sequenciação temporal cronológica dos fatos.
  • E: dialogal, marcada pela alternância de papéis interativos entre segunda e terceira pessoas do discurso.








No final do texto, há uma quebra de expectativa, visto que as duas grandes e fundamentais verdades do ser humano, descritas pelo enunciador
  • A: carecem de comprovação técnico-científica, diferente das reflexões filosóficas feitas por sobre Sócrates a respeito do ser humano.
  • B: estão desalinhadas da órbita natural das estrelas e do Universo.
  • C: representam pontos secundários na discussão socrática a respeito da justiça.
  • D: são de ordem prática e refletem uma avaliação subjetiva do seu microcosmo, em contraposição à grandeza do Universo.
  • E: justificam parcialmente a necessidade de se reconhecer uma moral individual na atuação da justiça.








Considerando a realidade atual, a expressão “justiça estabelecida” faz referência
  • A: ao conceito delimitador e justificador das ações do ser humano no seu dia a dia.
  • B: ao exercício de auto compreensão da natureza humana.
  • C: a uma avaliação individual a respeito do que é justo, correto e bonito.
  • D: a uma série de decisões e pragmatismos sobre diferentes valores.
  • E: ao conjunto de documentos normativos estabelecidos para reger a vida em sociedade.








No texto, ao tratar das motivações humanas e encerrar seus argumentos com a afirmação “E sem tomar cicuta”, o autor sugere que:
  • A: viver conforme os padrões estabelecidos é uma maneira de livrar-se do envenenamento tal qual foi a sorte de Sócrates.
  • B: tomar cicuta é a última das possibilidades se considerada uma escala de valores que se inicia com a vida.
  • C: conciliar valores individuais com valores estabelecidos socialmente é uma realidade possível por meio do diálogo.
  • D: entender a justiça em todas as suas dimensões evita a acomodação e a morte espiritual enquanto o corpo físico continua vivo.
  • E: compreender o valor transcendente da justiça exige do indivíduo integração e concordância com os valores defendidos por seus representantes legais.








No quinto parágrafo, ao responder à pergunta “E o que Sócrates fez?, o autor demonstra que
  • A: o filósofo tinha uma compreensão de justiça diferente do que estava socialmente estabelecido.
  • B: a sociedade evitou compreender o conceito de justiça estabelecido por Sócrates em sua filosofia.
  • C: o conceito de sociedade e o conceito de justiça têm aproximações tanto no nível individual quanto no nível coletivo.
  • D: a diferença entre valores sociais e valores morais impede as pessoas de observarem a semelhança entre eles.
  • E: a melhor maneira de conhecer a sociedade é saber o que ela pensa a respeito da justiça.








Considerando o conteúdo do texto e o estabelecimento da interlocução, no trecho “Complicado? Nem tanto. Você é justo quando você entende. Entende o outro. Não você. O outro”, a pontuação ajuda a
  • A: conceituar norma civil a partir de um de direito básico.
  • B: especificar o alvo da compreensão individual para que ocorra a justiça.
  • C: reconhecer a inviolabilidade da Lei e a importância da garantia da ordem pública.
  • D: apresentar informações novas à definição do conceito de justiça.
  • E: reconhecer a violação do direito como uma condição para que ocorra a justiça.

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