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          Da perspectiva do processo de trabalho, o home office apresenta, de fato, uma face muito sedutora. Afinal, vivendo em uma cidade como São Paulo, por exemplo, quem não gostaria de trabalhar em casa, evitando o trânsito e os perigos ligados à circulação nos espaços públicos, como assaltos e acidentes, por exemplo? Além disso, o trabalho em home office satisfaz com mais frequência a parcela feminina da força de trabalho, que percebe na flexibilização da jornada uma maneira de equilibrar demandas profissionais e exigências domésticas.


          No entanto, cabe observar que muitos efeitos nocivos para os profissionais em home office têm sido registrados por sociólogos do trabalho. Na medida em que esse trabalho é regulado economicamente pelo sistema de administração por metas, e considerando que as empresas tendem a endurecer permanentemente seus objetivos, verifica-se certa implosão das barreiras entre tempo livre e tempo de trabalho. Ou seja, todo o tempo da vida de quem está em home office transforma-se em trabalho.

 


                                                                                                               (Ruy Braga. Dilemas do teletrabalho. Revista E. mai. 2019. Adaptado)


A expressão destacada na oração “No entanto, cabe observar que muitos efeitos nocivos para os profissionais
em home office têm sido registrados…” estabelece, em relação às informações do parágrafo anterior, uma

  • A: causa
  • B: restrição.
  • C: condição.
  • D: explicação.
  • E: conclusão.

 


          Da perspectiva do processo de trabalho, o home office apresenta, de fato, uma face muito sedutora. Afinal, vivendo em uma cidade como São Paulo, por exemplo, quem não gostaria de trabalhar em casa, evitando o trânsito e os perigos ligados à circulação nos espaços públicos, como assaltos e acidentes, por exemplo? Além disso, o trabalho em home office satisfaz com mais frequência a parcela feminina da força de trabalho, que percebe na flexibilização da jornada uma maneira de equilibrar demandas profissionais e exigências domésticas.


          No entanto, cabe observar que muitos efeitos nocivos para os profissionais em home office têm sido registrados por sociólogos do trabalho. Na medida em que esse trabalho é regulado economicamente pelo sistema de administração por metas, e considerando que as empresas tendem a endurecer permanentemente seus objetivos, verifica-se certa implosão das barreiras entre tempo livre e tempo de trabalho. Ou seja, todo o tempo da vida de quem está em home office transforma-se em trabalho.

 


                                                                                                               (Ruy Braga. Dilemas do teletrabalho. Revista E. mai. 2019. Adaptado)


De acordo com as informações do texto, o trabalho em home office

  • A: divide a opinião de especialistas quanto a ser uma alternativa viável para se evitarem os perigos dasgrandes cidades.
  • B: é apontado como responsável pelo receio exacerbado desenvolvido por algumas pessoas de circularem espaços públicos.
  • C: pode deixar de ser vantajoso nos casos em que empregadores estabeleçam metas de produção a serem alcançadas pelos trabalhadores.
  • D: tem sido questionado especialmente pelo público feminino, ante à dificuldade para conciliar trabalho e atividades domésticas.
  • E: traz ganhos ao empregado ainda que não estejam claramente definidos os limites entre o tempo livre e o que deve ser destinado ao trabalho.

 


          Da perspectiva do processo de trabalho, o home office apresenta, de fato, uma face muito sedutora. Afinal, vivendo em uma cidade como São Paulo, por exemplo, quem não gostaria de trabalhar em casa, evitando o trânsito e os perigos ligados à circulação nos espaços públicos, como assaltos e acidentes, por exemplo? Além disso, o trabalho em home office satisfaz com mais frequência a parcela feminina da força de trabalho, que percebe na flexibilização da jornada uma maneira de equilibrar demandas profissionais e exigências domésticas.


          No entanto, cabe observar que muitos efeitos nocivos para os profissionais em home office têm sido registrados por sociólogos do trabalho. Na medida em que esse trabalho é regulado economicamente pelo sistema de administração por metas, e considerando que as empresas tendem a endurecer permanentemente seus objetivos, verifica-se certa implosão das barreiras entre tempo livre e tempo de trabalho. Ou seja, todo o tempo da vida de quem está em home office transforma-se em trabalho.

 


                                                                                                               (Ruy Braga. Dilemas do teletrabalho. Revista E. mai. 2019. Adaptado)


Os termos “flexibilização” e “nocivos”, em destaque no texto, têm como sinônimos adequados ao contexto, respectivamente:

  • A: menor rigidez; prejudiciais.
  • B: desconcentração; benéficos.
  • C: maior liberdade; complexos.
  • D: menor tempo; duradouros.
  • E: delimitação; incompreensíveis.

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)



Considere as seguintes passagens do texto:
•  O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo
•  … descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho
•  … as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.

As expressões em destaque estão corretamente substituídas por pronomes em:






  • A: … dividi-lo… / … descobriram-no em duas ilhas… /… aprendem a geri-lo
  • B: … dividi-lo… / … descobriram-lhe em duas ilhas… / … aprendem a geri-lo
  • C: … dividi-lo… / … descobriram-no em duas ilhas… /… aprendem a gerir-lhe
  • D: … dividir-lhe… / … descobriram-lhe em duas ilhas… / … aprendem a geri-lo
  • E: … dividi-lhe… / … descobriram-no em duas ilhas… / … aprendem a geri-lhe

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)


Assinale a alternativa em que o trecho do texto traz uma comparação.






  • A: O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo…
  • B: Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto…
  • C: … uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos.
  • D: É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.
  • E: Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)



O sentido de finalidade expresso pelo termo destacado na frase “… ele lhes fornece facas para se defenderem
dos tubarões.” também pode ser corretamente identificado em:





  • A: Só não consegue dar um destino razoável lixo que produz.
  • B: … que se encaminha inevitavelmente para o mar
  • C: ) Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal…
  • D: … no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham…
  • E:para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo.

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)


Assinale a alternativa em que o sentido expresso pelo termo ou expressão em destaque está corretamente
identificado entre parênteses.






  • A: Intoxica-os também com garrafas plásticas… (intensidade)
  • B: … pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. (dúvida)
  • C: … que se encaminha inevitavelmente para o mar. (modo)
  • D: De repente, uma boa notícia. (afirmação)
  • E: Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios… (intensidade)

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão destacada é empregada em sentido figurado.








  • A: E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas…
  • B: O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo…
  • C: O resultado está nas ilhas de lixo que se formam
  • D:descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho…
  • E: Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal…

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
          De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)


. Conforme o texto,






  • A: uma possível solução para o problema do descarte inadequado do lixo seria a proibição do uso de garrafas plásticas.
  • B: a poluição de rios e mares teria como principal causa a baixa durabilidade de objetos como computadores e automóveis.
  • C: países como a China e os Emirados Árabes estão conseguindo reverter o quadro de poluição de suaságuas com relativo sucesso.
  • D: uma espécie desconhecida de micróbio marinho encontrada em ilhas gregas surge como resultado da decomposição de objetos plásticos
  • E: cientistas acreditam ter encontrado em uma espécie de micróbio marinho uma possível solução para o lixo acumulado nas águas.

Dieta salvadora
 



          O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.

De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.


          Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.


          Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.


          Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.


 


                                                                                    (Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)




De acordo com o texto, um grupo de cientistas de diferentes países:



  • A: descobriu que uma espécie de micróbios marinhos está sendo dizimada pelo carbono dos plásticos lançados ao mar.
  • B: vê com muita preocupação o rápido aumento da população dos micróbios recentemente descobertos em ilhas gregas
  • C: está criando espécies similares à dos micróbios descobertos para aumentar a capacidade de decomposição do plástico nas águas.
  • D: está investigando se os micróbios recém-descobertos representam algum perigo para a saúde da população das ilhas gregas.
  • E: vem tentando reproduzir, em outros locais, as condições encontradas apenas nas ilhas gregas, ideaispara reprodução dos micróbios.

Exibindo de 18271 até 18280 de 24771 questões.
Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público desde 2000.
® Professor Décio Terror - Todos os direitos reservados