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Numa magnífica crônica intitulada Eu sei, mas não devia, a escritora Marina Colasanti diz o seguinte:

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez vai pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

Uma das características básicas da textualidade é a necessidade de coesão.
Assinale a frase que não mostra relação temática com os segmentos anteriores.
  • A: E a lutar para ganhar dinheiro com que pagar.
  • B: E a ganhar menos do que precisa.
  • C: E a fazer fila para pagar.
  • D: E a pagar mais do que as coisas valem.
  • E: E a procurar mais trabalho para ganhar mais dinheiro.

Todas as frases abaixo têm por tema a economia. Assinale a frase que está integralmente estruturada em linguagem lógica.
  • A: Nesse mundo nada é inevitável, exceto a morte e os impostos.
  • B: Não importa quem governa, o mercado governa.
  • C: Acelerar a economia demais leva a uma derrapagem.
  • D: Inflação é a arte de falsificar moeda por conta do Estado.
  • E: O rico é o espetáculo predileto dos pobres.

A economia funciona na base dos incentivos ou dos desincentivos. Por isso, por sua impressionante capacidade de mobilização social, a economia se tornou um instrumento de governo. Se o governo precisa estimular algum comportamento, costuma cortar cobranças ou impostos. Se ele precisa frear algum comportamento, costuma aumentar os impostos naquele segmento ou inventar alguma taxa qualquer. Por exemplo no trânsito: Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o ultrapassa. Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal, aquela que todos entendem em qualquer lugar do mundo, então de fato os motoristas começam a respeitar o limite de velocidade. Sob esse ponto de vista, o imposto de renda é uma grande punição. É um desestímulo ao empregado se esforçar para ganhar bem. Se você ganhar acima da alíquota máxima, ganha uma multa de quase 30% de seu salário. Parece ingenuidade minha, mas o absurdo me soa tão grave, que nem sei se não há nessa cobrança absurda de 27,5% sobre o salário de quem ganha acima de determinado valor, algum estímulo subentendido para que o sujeito largue o emprego e parta para o empreendedorismo. De um certo ponto de vista, o imposto de renda seria um estímulo ao empreendedorismo. Afinal, uma Pessoa Jurídica paga proporcionalmente muito menos imposto do que a Pessoa Física. O imposto de renda é das imposições governamentais mais truculentas e insanamente aceitas pela população que eu já ouvi falar. O imposto de renda é uma multa que se aplica a quem ganha bem.
O imposto de renda e a economia do desincentivo (Ronaud.com)

O texto acima se insere entre os textos argumentativos. Uma das marcas desses textos é a necessidade de coerência lógica.
Assinale a opção em que a frase dada mostra incoerência.
  • A: A economia funciona na base dos incentivos ou dos desincentivos. Por isso, por sua impressionante capacidade de mobilização social, a economia se tornou um instrumento de governo.
  • B: Se o governo precisa estimular algum comportamento, costuma cortar cobranças ou impostos.
  • C: Sob esse ponto de vista, o imposto de renda é uma grande punição. É um desestímulo ao empregado se esforçar para ganhar bem.
  • D: Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o ultrapassa.
  • E: Se ele precisa frear algum comportamento, costuma aumentar os impostos naquele segmento ou inventar alguma taxa qualquer.

Observe o seguinte fragmento:

“Por exemplo no trânsito: Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o ultrapassa. Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal, aquela que todos entendem em qualquer lugar do mundo, então de fato os motoristas começam a respeitar o limite de velocidade.”

Acerca desse segmento textual, assinale a afirmativa correta.
  • A: O exemplo dado corresponde literalmente a um argumento em defesa da tese apresentada no texto.
  • B: Ao contrário do argumento, que mostra uma ideia geral, o exemplo expõe sempre um caso particular.
  • C: Nesse caso, o exemplo dado mostra a impertinência do argumento do texto, servindo de contra-argumento.
  • D: O exemplo citado tem uma função explicativa de como funcionam legalmente os incentivos citados no texto.
  • E: O exemplo referido tem uma função metalinguística de explicar segmentos textuais anteriores de difícil entendimento.

Num artigo interessante sobre os impostos no Brasil, intitulado Sete fatos impressionantes sobre os impostos no Brasil, o autor, Emanuel Steffen, cita como um desses fatos:

“Não bastasse a complexidade existente, todos os dias são criadas mais 46 leis tributárias - Desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil criou 320.343 leis tributárias. Sim: trezentos e vinte mil, trezentos e quarenta e três leis tributárias. Levando-se em conta o número de dias úteis no período, foram criadas 46 novas leis todos os dias, segundo um levantamento do IBPT. Se continuarmos nesse ritmo, nossa complexidade tributária só tende a piorar e complicar ainda mais os negócios do país, que já precisam seguir 40.865 artigos legais para poderem funcionar.”

O fato citado é considerado “impressionante” pelo autor do texto em função
  • A: da alta complexidade do sistema tributário, acrescido do grande número de novas leis, criadas diariamente.
  • B: do grande número de novas leis diariamente publicadas, o que torna o trabalho dos administradores impossível de ser realizado.
  • C: da complicação legal trazida pelas novas leis, que contrariam leis já previamente existentes, fazendo com que o funcionamento de negócios se complique demasiadamente.
  • D: do enorme espaço de tempo dispendido no aprendizado das novas leis, que são rapidamente substituídas por outras.
  • E: da impossibilidade da criação de novos negócios já que é inexequível a obediência a mais de 40.865 artigos legais.

“Aquele candidato estava mexendo no celular; vou tomar a prova dele!”

Essa é uma afirmação de um fiscal de prova, que é formulada, passando de uma premissa diretamente a uma conclusão, assumindo como verdadeira uma ideia intermediária.

Assinale a opção que indica corretamente a ideia intermediária omitida.
  • A: Há um grande engarrafamento na nossa frente; vamos desviar pela estrada de terra à direita – Vai demorar bastante para liberarem o trânsito.
  • B: Segui a orientação do médico durante todo esse tempo; fiquei curado em menos de uma semana – Os remédios utilizados eram importados de ótimos laboratórios.
  • C: Soou a sirene que marca o final do concurso; vamos recolher as provas – Temos ainda muito trabalho a fazer.
  • D: O candidato estudou bastante nos últimos meses; os resultados dele foram ótimos – Os estudos do candidato foram orientados por outros candidatos experientes.
  • E: A pesquisa mostrou que este emprego é dos mais procurados; vou inscrever-me para concorrer a uma vaga – A pesquisa foi encomendada pela direção da empresa.

Um site especializado publicou o seguinte texto sobre uma das atribuições do auditor fiscal:
“Segundo o Art. 6º da Lei nº 10.593/2002 é atribuição dos ocupantes do cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil: elaborar e proferir decisões ou delas participar em processo administrativo-fiscal, bem como em processos de consulta, restituição ou compensação de tributos e contribuições e de reconhecimento de benefícios fiscais.”
A elaboração de um texto supõe cuidados com aspectos diversos. Sobre a estruturação desse pequeno segmento textual, assinale a afirmativa correta.
  • A: O vocábulo inicial “Segundo” supõe a existência de uma outra atribuição antes citada.
  • B: O termo “bem como” mostra valor comparativo.
  • C: O termo “delas” se refere possivelmente ao termo “atribuições”, ausente desse segmento textual.
  • D: O termo “processo administrativo-fiscal” poderia estar na forma plural “processos administrativos-fiscais”.
  • E: “consulta”, “restituição”, “compensação” e “reconhecimento” documentam o processo de nominalização.

A origem dos tributos

Atualmente a atividade tributária tem assumido o papel de prover os recursos destinados ao governo para a realização dos fins almejados e revertidos para o bem-estar da coletividade, porém nem sempre foi assim.

Na antiguidade a tributação se destinava basicamente a custear guerras e a prover o sustento de uma classe governante que excedia em seus gastos com luxo e obras suntuosas para o seu mero deleite.

Em comunidades primitivas, quando a terra passou a ser um bem de muito valor e objeto constante de disputa entre diversas tribos, as tribos vencedoras exigiam vantagens tributárias tais como, contribuições em ouro, escravos e mercadorias a título de despojos de Guerra.

Na Pérsia no governo de Ciro, no século VI a. C foi implantado um eficiente sistema de correio que permitia o acompanhamento da arrecadação e controle. Tem origem na Pérsia a mais antiga taxa de prestação de serviço público, referente à expedição de carta de correspondência.

Nos antigos impérios a população pagava a “décima”, que correspondia a 10% sobre a produção devida ao Estado para as obras públicas.

No Egito antigo o império instituiu uma administração altamente especializada e centralizada e dentre as carreiras públicas, a de escriba real que controlavam a arrecadação de tributos, estava no topo da carreira. O regime tributário no Egito incidia sobre os camponeses que tinham a obrigação de pagarem a título de imposto uma contribuição sobre o montante da produção.

Na Grécia antiga os tributos serviam para custear as despesas de guerra e para isso o Estado cobrava impostos sobre estrangeiros, assim como a conquista de novas áreas servia para aumentar o controle da arrecadação tributária naquela região.

No império Romano a arrecadação de impostos também teve grande importância, pois sua riqueza e expansão foram conquistadas sobre bases tributárias. A expansão do império Romano resultou na anexação de territórios fora da Itália, sendo que as cidades provinciais pagavam os tributos diretos e permanentes sobre as pessoas, e sobre a produção da terra, bem como sobre exploração das minas. O atual sistema de múltiplos impostos foi herdado dos romanos.


(Alessandro Leôncio Frazão)


Um texto obedece a uma determinada estruturação, que, segundo seu autor, é mais conveniente.

Assinale a observação adequada sobre a estruturação desse texto.
  • A: Tratando-se de um texto histórico, cada parágrafo mostra sucessão cronológica e uma contínua retomada de informações anteriormente fornecidas.
  • B: O critério de paragrafação do texto é fundamentado na diferença cronológica e na noção de progresso aplicada aos impostos.
  • C: O parágrafo final do texto mostra um ponto de chegada do sistema de impostos, caracterizado pela multiplicidade e pela ligação mais próxima ao sistema atual de cobrança.
  • D: O primeiro parágrafo mostra a etapa mais antiga do sistema de impostos, em oposição a todos os citados na sequência do texto.
  • E: O título selecionado para o texto abrange todos os tópicos abordados nos diversos parágrafos, encaminhados a justificar o sistema atual de cobrança de impostos.

“Os tributos são tão antigos quanto a própria humanidade, sua origem não pode ser definida com exatidão, mas acompanha a própria evolução humana, desde épocas pré-históricas quando o homem passou a fixar-se em apenas um local para caça e guarda de alimentos, sendo, portanto, dono daquele pedaço de terra. No início os tributos eram ofertas voluntárias dos homens como forma de presentear ou homenagear seus Deuses e Líderes.

Com o passar do tempo, pelo que se pode ver, as disputas por terras por meio de centenas de guerras foram responsáveis pela evolução da humanidade com o surgimento de grandes civilizações. A partir dessa época os tributos passaram a ser obrigatórios e exigidos pelos reis para financiar seus exércitos e com isso conquistar mais terras.”


(Ederson Leandro Pereira Farias)



O texto acima mostra a opinião e as informações do autor do texto sobre alguns temas ligados aos tributos.


Sobre a estruturação envolvendo informações e opiniões, assinale a opção adequada.
  • A: O enunciador reivindica a paternidade das informações prestadas, como frutos da sua própria opinião.
  • B: O autor do texto apresenta sua própria opinião travestida de uma aparência de opinião geral.
  • C: O autor do texto o apresenta como fruto de seu próprio trabalho de pesquisa, não identificando as fontes.
  • D: O enunciador apresenta informações de origem alheia, acompanhadas de comentários sobre elas.
  • E: O autor do texto apresenta informações diversas, colocando as divergências em destaque.

Num artigo sobre tributos, aparece o seguinte segmento:



“No Brasil, a história dos tributos divide-se em três momentos sendo: colonial, imperial e republicano, respectivamente nessa ordem. Os tributos existem desde o descobrimento de nossa terra, quando boa parte da exploração nativa era enviada para Portugal, época conhecida como Brasil-Colônia. O ‘Quinto do pau-brasil’ é considerado o primeiro tributo brasileiro e decorreu da exploração da árvore nativa pau-brasil (SANTOS 2015). A partir de então, os tributos foram sendo implementados e moldados até chegarmos aos dias atuais.”



Sobre a organização linguística desse segmento, assinale a observação adequada.
  • A: Na primeira frase do texto, a forma de gerúndio é perfeitamente dispensável, podendo ser substituída por uma vírgula.
  • B: O segmento “respectivamente nessa ordem” é redundante, pois o advérbio “respectivamente” já indica a mesma ordem de termos anteriores.
  • C: O segmento “desde o descobrimento de nossa terra" faz supor que o leitor presumido do texto é o brasileiro nato e os estrangeiros naturalizados
  • D: O segmento “boa parte da exploração nativa” qualifica e quantifica a parte da exploração nativa.
  • E: O segmento “época conhecida como Brasil-Colônia” se refere a um antecedente claramente definido nos segmentos anteriores.

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