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Uma reportagem de um jornal carioca sobre a área da saúde pública no nosso país traz o seguinte texto:

“Baixa vacinação contra sarampo ameaça Sudeste. Com o número de casos saltando em média 50% em um ano no mundo, o sarampo registrou o primeiro surto no Brasil em 2019, no Pará.

A maior preocupação do Ministério da Saúde é o baixo índice de vacinação contra a doença: 49%. Se não atingir 95%, o sarampo pode passar a outras regiões, como a Sudeste”. Sobre a estruturação e a significação desse texto, a única afirmativa INADEQUADA é:
  • A: A classificação de “baixa” para a vacinação aparece justificada no texto;
  • B: O destaque dado ao Sudeste se justifica pelo fato de o jornal estar nessa região;
  • C: A intenção do texto é a de aumentar a vacinação no país;
  • D: A argumentação do texto se apoia na intimidação do público leitor;
  • E: O segmento “o primeiro surto no Brasil” se refere ao maior surto de sarampo ocorrido no país.



Progresso, enfim
 
      Em atraso nas grandes reformas da Previdência Social e do sistema de impostos, o Brasil tem obtido avanços em uma agenda que, tomada em seu conjunto, mostra-se igualmente essencial – a da melhora do ambiente de negócios.
      Trata-se de objetivos tão diferentes quanto facilitar a criação de empresas, reduzir o custo de licenças ou ampliar o acesso ao crédito. Grande parte dessas providências não depende de votações no Congresso, mas sim do combate persistente a empecilhos burocráticos e ineficiências do setor público.
      A boa notícia é que o país subiu 16 posições no mais conhecido ranking dessa modalidade, divulgado a cada ano pelo Banco Mundial. A má é que a 109a colocação, num total de 190 nações consideradas, permanece vergonhosa.
     O progresso ocorreu, basicamente, em quatro indicadores – fornecimento de energia elétrica, prazo para abertura de empresa com registro eletrônico, acesso à informação de crédito e certificação eletrônica de origem para importações.
      Pela primeira vez em 16 anos de publicação do relatório, o desempenho brasileiro se destacou na América Latina. Os países mais bem posicionados da região, casos de México (54° lugar), Chile (56° ) e Colômbia (65° ), apresentaram pouca ou nenhuma melhora.
     Numa perspectiva mais ampla, o ambiente de negócios vai se tornando mais amigável na maior parte do mundo. A edição mais recente do ranking catalogou número recorde de 314 reformas realizadas em 128 economias desenvolvidas e emergentes no período 2017/2018.
     Fica claro, no documento, que o maior atraso relativo do Brasil se dá no pagamento de impostos, dados a carga elevada e o emaranhado de regras dos tributos incidentes sobre o consumo. Nesse quesito em particular, o país ocupa um trágico 184° lugar no ranking.
     O caminho óbvio a seguir nesse caso é uma reforma ambiciosa, que racionalize essa modalidade de taxação. Mesmo que não seja possível abrir mão de receitas, a simplificação já traria ganhos substanciais em eficiência ao setor produtivo.
                                    (Editorial, Folha de S.Paulo, 06.11.2018. Adaptado)



Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão.
  • A: Se vê, pelos dados do ranking do Banco Mundial, que o Brasil destacou-se basicamente em quatro indicadores.
  • B: O ambiente de negócios atualmente tem tornado-se mais amigável, o que vê-se pelas reformas realizadas.
  • C: Ainda que se tenha destacado o desempenho do Brasil no relatório do Banco Mundial, sabe-se que o país precisa avançar nos negócios.
  • D: Deve racionalizar-se quanto aos pagamentos de impostos para que não condenem-se os países a um retrocesso econômico.
  • E: Quando analisa-se o ranking do Banco Mundial, se constata que alguns países da América Latina apresentaram pouca ou nenhuma melhora.



 Assassinos culturais
 
      Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
      Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
      Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
      Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
      E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
      Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
      Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
      Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
      O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
      Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
      Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela. Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
      Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
          (João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.



De acordo com o texto, entre outros fatores, a desmaterialização da cultura é decorrente
  • A: da oposição de vários países à economia capitalista, caracterizada pelo incentivo ao consumo permanente.
  • B: da atual conjuntura socioeconômica responsável por transformar os jovens em indivíduos que menosprezam a cultura.
  • C: dos consumidores que priorizam a experiência pessoal em detrimento da aquisição de bens materiais.
  • D: do aumento significativo do preço dos bens duráveis, o que obrigou as pessoas a alterar os hábitos de compra.
  • E: da incorporação de empresas pouco lucrativas por multinacionais que atuam em diferentes mercados.



   Assassinos culturais
 
      Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
      Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
      Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
      Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
      E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
      Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
      Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
      Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
      O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
      Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
      Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela. Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
      Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
          (João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.



Na frase do terceiro parágrafo – Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco. –, o autor
  • A: faz uma suposição e cita uma consequência.
  • B: expressa uma crítica e analisa uma contradição.
  • C: expõe uma convicção e faz uma reiteração.
  • D: levanta uma hipótese e ressalta uma concessão.
  • E: desfaz um equívoco e apresenta uma conclusão.

A respeito de algumas tragédias que afetam o nosso país, o jornal O Globo, de 16/02/2019, fez uma reportagem a que deu o título “Por que o Brasil repete as suas tragédias”.

Pelo título dado a essa reportagem, o leitor pode concluir que o texto deve:
  • A: Mostrar o desprezo das autoridades pelo ambiente natural;
  • B: Atribuir as culpas das últimas ocorrências;
  • C: Indicar as consequências dos desastres naturais;
  • D: Enumerar as tragédias ocorridas;
  • E: Responder à pergunta do título.

A frase em que está correto o emprego de um dos parônimos mandado/mandato é:
  • A: O mandado de senador dura 8 anos;
  • B: Impetrou mandato de segurança com pedido de liminar;
  • C: Não tinha mandado de busca para entrar na casa;
  • D: Todos desejavam que seu mandado de diretor acabasse;
  • E: O mandato de apreensão não havia sido expedido.

“Em caso de morte no acidente, a vítima pode receber o seguro no próprio escritório da seguradora”.

O problema de construção dessa frase está:
  • A: Na incoerência lógica dos termos;
  • B: Na troca indevida entre “acidente” e “incidente”;
  • C: Na utilização desnecessária de “próprio”;
  • D: No erro ortográfico em “seguradora” por “Seguradora”;
  • E: No erro de emprego de vírgula após “acidente”.

   Assassinos culturais
 


      Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
      Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
      Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
      Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
      E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
      Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
      Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
      Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
      O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
      Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
      Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela. Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
      Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
          (João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.



No texto, é correto afirmar que o autor
 
  • A: dirige-se aos interlocutores para envolvê-los nas reflexões acerca da desmaterialização da cultura.
  • B: limita-se a descrever a própria experiência como consumidor, não dando voz a pareceres alheios.
  • C: emprega linguagem sentimentalista e prolixa para justificar seu papel de assassino cultural.
  • D: recorre a informações acadêmicas para comprovar o avanço do materialismo em nossa sociedade.
  • E: formula uma série de questionamentos para os quais ainda não encontrou qualquer explicação plausível.

Os erros de regência – má escolha da preposição utilizada – são muito comuns; a frase abaixo em que a preposição está corretamente utilizada, segundo a tradição gramatical, é:
  • A: João, residente à Rua Santa Clara;
  • B: Ninguém se lembra o lugar onde nasceu;
  • C: Nenhum condômino obedece o regulamento do prédio;
  • D: Como enfermeira, assistiu ao médico na operação;
  • E: O acusado respondeu às perguntas do juiz.

Muitas frases publicitárias ou poéticas utilizam repetições ou semelhanças fônicas a fim de melhorar o seu efeito; a frase em que essa utilização NÃO está presente é:
  • A: “Quem te viu, quem te vê”;
  • B: “Príncipe veste hoje o homem de amanhã”;
  • C: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”;
  • D: “Air France: vá e volte voando”;
  • E: “Um rei fraco faz fraca a forte gente”.

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