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O mundo bizarro dos influencers

Apesar de deplorar uma cultura em que o fenômeno do influencer pode alçar nulidades à fama e à fortuna, tento controlar meu desdém. Afinal, controlar os gostos e os interesses de muitos milhões de pessoas ao mesmo tempo sem saber nada sobre elas individualmente nem sobre as circunstâncias de suas vidas é muita arrogância.
Com base em que, então, eu condeno o fenômeno da cultura influencer? Tenho alguma razão para fazer isso além de um gosto pessoal visceral?
Talvez a existência de influenciadores de sucesso distorça e corrompa as ambições dos jovens. Isso desvia as pessoas de sonhos alcançáveis e úteis para sonhos de fama e riqueza fáceis, mas muito improváveis. Diz-se que para cada influenciador bem-sucedido existe um número desconhecido de pessoas tentando se tornar influenciadoras. Suas vidas são desperdiçadas na busca dessa utopia.
Fica a sensação de que existe diferença entre aqueles que fracassam em ambições dignas e aqueles que buscam a fama como influenciadores. Não é fácil decifrar o talento n ecessário para tentar ser um influenciador, além de um quê de descaramento e exibicionismo, o que, em todo caso, são características, não talentos. As reais habilidades necessárias para influenciadores de sucesso, retirados da obscuridade e alçados à fama, parecem ser modestas, para dizer o mínimo.

(Theodore Dalrymple. Revista Oeste, ed. de 27.01.2023. Adaptado)
A afirmação do texto com a qual o autor busca minimizar sua contundência na crítica à cultura influencer é:
  • A: … tento controlar meu desdém. (1º parágrafo)
  • B: … um gosto pessoal visceral? (2º parágrafo)
  • C: Suas vidas são desperdiçadas… (3º parágrafo)
  • D: … um quê de descaramento e exibicionismo… (4º parágrafo)
  • E: … para dizer o mínimo. (4º parágrafo)

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