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Texto CB2A1



Os primeiros registros dos impactos da desinformação em processos políticos datam da Roma Antiga, quando Otaviano valeu-se de frases curtas cunhadas em moedas para difamar inimigos e se tornar o primeiro governante do Império Romano. Mas, segundo o historiador português Fernando Catroga, da Universidade de Coimbra, a emergência de tecnologias digitais fez o fenômeno ganhar novas roupagens, sendo uma de suas características atuais o impulso de ir além da manipulação dos fatos, em busca de substituir a própria realidade. Com foco nessa questão, um estudo desenvolvido entre abril de 2020 e junho de 2021 por pesquisadores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP) analisou como organizações jurídicas brasileiras reagiram a informações falaciosas espalhadas por plataformas digitais. A ausência de consenso em torno do conceito de desinformação e as dificuldades para mensurar suas consequências foram identificadas como centrais para o estabelecimento de uma legislação.

Coordenador do estudo, o jurista Celso Fernandes Campilongo, da FD-USP, observa que, há 15 anos, a formação da opinião pública era influenciada, majoritariamente, por análises longas e reflexivas, divulgadas de forma centralizada por veículos da grande imprensa. “Hoje a opinião pública tem de lidar com uma avalanche de informações curtas e descontínuas, publicadas por pessoas com forte presença nas mídias sociais. Com isso, de certa forma, os memes e as piadas substituíram o texto analítico”, compara. Ao destacar que o acesso às redes sociais pode ser visto como mais democrático, Campilongo cita a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua — Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua — TIC), publicada em abril de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, conforme indicam seus dados, três em cada quatro brasileiros utilizavam a Internet, e o celular foi o equipamento usado com mais frequência para essa finalidade. Além disso, o levantamento mostra que 95,7% dos cidadãos do país com acesso à Web valiam-se da rede para enviar ou receber mensagens de texto e de voz ou imagens por aplicativos.

Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Edição 316, jun. 2022.

Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita do último período do texto CB2A1. Assinale a opção que apresenta a proposta que mantém os sentidos e a correção gramatical do período.
  • A: Outrossim, mostra-se no levantamento que 95,7% das redes eram utilizadas pelos cidadãos brasileiros que tinham acesso à Web e pretendiam enviar ou receber mensagens de texto e de voz ou imagens por aplicativos.
  • B: Ademais, o levantamento evidencia que, dos cidadãos brasileiros com acesso à Web, 95,7% utilizavam a rede para enviar ou receber mensagens de texto e voz ou imagens por aplicativos.
  • C: Além do que, é mostrado no levantamento que 95,7% dos brasileiros tinham acesso à Web e valiam-se da rede para enviar ou receber mensagens de texto e de voz ou imagens por aplicativos.
  • D: No mais, a pesquisa mostra que 95,7% dos cidadãos do País que tinha acesso à Web, utilizava a rede para envio e recebimento de mensagens de texto e voz ou imagens por aplicativos.
  • E: Apesar disso, 95,7% dos cidadãos brasileiros, aqueles que tinham acesso à Web, valiam-se das redes para enviar ou receber mensagens de texto e de voz ou imagens por aplicativos.

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