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Atenção: Considere o poema do escritor paraibano Augusto dos Anjos para responder à questão.

Como um fantasma que se refugia

Na solidão da natureza morta,

Por trás dos ermos túmulos, um dia,

Eu fui refugiar-me à tua porta!



Fazia frio e o frio que fazia

Não era esse que a carne nos conforta...

Cortava assim como em carniçaria1

O aço das facas incisivas corta!



Mas tu não vieste ver minha Desgraça!

E eu saí, como quem tudo repele,

- Velho caixão a carregar destroços -



Levando apenas na tumbal carcaça

O pergaminho singular da pele

E o chocalho fatídico dos ossos!



(ANJOS, Augusto dos. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011)

1 carniçaria: açougue.

Verifica-se rima (ou seja, coincidência final de sons) entre palavras de mesma classe gramatical em:
  • A: fazia/carniçaria (2ª estrofe).
  • B: conforta/corta (2ª estrofe).
  • C: repele/pele (3ª /4ª estrofes).
  • D: refugia/dia (1ª estrofe).
  • E: morta/porta (1ª estrofe).

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