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                                                                                   Feudalismo digital


               [...]


               As redes sociais exploram nossas fraquezas mais íntimas, nossa vaidade, vontade de ser aceito, de ter amigos, de ser relevante, o desafio de envelhecer com dignidade ou até da insuportável pressão de existir. Postagens com mais curtidas aguçam nossos instintos como uma droga. Funciona assim: o indivíduo que recebe uma recompensa tende a repetir seus atos para ganhar mais recompensas. Esse mecanismo da psicologia comportamental opera no nível mais básico, como acontece até com ratos e cachorros.


               As redes sociais coletam inúmeras informações sobre você – do que você gosta, desgosta, o que comenta, com o que se enerva, suas expressões faciais – e transformam tudo numa base de dados de números imensos, capazes de revelar tendências que podem ser usadas para influenciar. Por meio de iscas, castigos, recompensas e vícios, pouco a pouco as pessoas vão sendo moldadas e influenciadas. Essas informações acabam vendidas a terceiros para não só manipular o comportamento, como também medir os resultados da manipulação (seja para anunciar produtos, seja para moldar opiniões ou fraudar a democracia).


               [...]


               A beleza da democracia é sua capacidade de utilizar a inteligência coletiva de um país para entender a melhor maneira para seguir adiante. É preciso um conjunto de indivíduos pensantes, independentes, com experiências de vida distintas.


               Quando esse processo é infectado por manipulação em massa, perdemos a inteligência coletiva, o potencial criativo e nos reduzimos a um feudalismo digital, inviabilizando o processo político.


                                                                                                                 (ANDRADE, Fernando Grostein. Revista Veja, ed. 2627.)


Em relação a aspectos sintáticos no texto, assinale a afirmativa INCORRETA.






  • A: No último período do segundo parágrafo, a expressão conjuntiva não só...como também pode ser substituída pela conjunção e, pois o sentido que ela imprime à frase é aditivo.
  • B: O trecho (seja para anunciar produtos, seja para moldar opiniões ou fraudar a democracia) pode ser reescrito sem a expressão seja ... seja: (para anunciar produtos, para moldar opiniões ou fraudar a democracia) sem prejuízo do sentido alternativo.
  • C: A primeira oração do último parágrafo pode ser reescrita, sem prejuízo do sentido e da sintaxe da seguinte maneira: A capacidade de utilizar a inteligência coletiva de um país para entender a melhor maneira para seguir adiante constitui sua beleza.
  • D: O último período do terceiro parágrafo inicia-se com a conjunção quando, denotando circunstância de tempo, mas não pode ser substituído por antes que ou até que.

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