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[Cartas sem resposta]
Deixamos na terra natal, além de recordações plantadas no ar, pessoas de saúde frágil e idade avançada, às quais prometemos que nossa visita não vai demorar. Mesquinhas preocupações, cansaço, displicência, tédio de viajar por lugares muito sabidos, cisma de avião, tudo isso e pequenos motivos nos afastam da nossa promessa. Acabamos escrevendo apenas cartas. Cartas, cartas!
Repetem mecanicamente um carinho que devia ser cálido e físico, carregam abstrações, sombra de beijos, não beijos. E chega um dia em que já não recebemos cartas em resposta às que continuamos a mandar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. Fala, amendoeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 167/168)
Atentando para o sentido do contexto, o segmento Cartas, cartas! deve ser entendido sobretudo como expressão
  • A: do valor que se deve atribuir à fidelidade de uma correspondência regular entre amigos.
  • B: da valorização que se empresta a um meio de comunicação que vem perdendo prestígio.
  • C: do equívoco de quem não atribui à correspondência o valor que ela efetivamente tem.
  • D: do sentido de uma automatização que pode marcar uma determinada prática da correspondência.
  • E: da prática habitual de se constituir um afeto verdadeiro entre pessoas distanciadas.

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