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Maestro piador
Em 1989, andando com Tom pelo Central Park, em Nova York, ouvi-o identificar vários pássaros pela música que faziam - era íntimo também dos passarinhos americanos. Não tinha a menor dificuldade para identificá-los em português.
Em jovem, nas suas incursões pelo mato, Tom piava inhambus para matá-los. “O inhambu vinha todo apaixonado e eu o matava à traição”, confessou. Era uma prática comum aos homens de sua geração. Mas, mais cedo do que muitos, ele enxergou a desumanidade daquilo. Continuou a piar vários pássaros, mas para firmar com eles um diálogo de amor.
A faixa “O Boto”, em seu álbum “Urubu”, é uma sinfonia de pios. Estão integrados com tal naturalidade à orquestração que podem nem ser “escutados” pelos menos atentos. Mas estão lá no disco, e executados pelo próprio Tom - quem mais?
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. A arte de querer bem. Rio de Janeiro, Estação Brasil, 2018, p. 121-122.)
Nesse texto, o autor conta
  • A: hábitos inusitados que o maestro Tom Jobim cultivava para se distrair da tarefa de criar obras artísticas sofisticadas.
  • B: uma ocasião em que presenciou Tom Jobim compor uma peça musical a partir do canto dos pássaros do Central Park.
  • C: quando presenciou Tom Jobim, influenciado por outros homens de sua geração, imitar pássaros americanos para matá-los.
  • D: que Tom Jobim chegou a usar seu talento de imitar o canto dos pássaros como recurso expressivo em uma composição.
  • E: um fato desconhecido da biografia de Tom Jobim, que fez com que ele, em jovem, resolvesse se tornar maestro.

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