Questões

            A alternativa (A) está errada, pois a pergunta do personagem à direita pode ser vista como uma tentativa de buscar uma explicação ou como sendo genuinamente curiosa sobre a metodologia usada, mas não necessariamente com a intenção de debochar.

            A alternativa (B) está errada, pois a frase, de fato, leva a uma conclusão para aquele que a enunciou, baseando-se na "pesquisa" que ele mesmo fez. O personagem à direita considera a fala como uma conclusão porque reflete a razão do personagem da esquerda, mesmo que essa razão seja falha.

            A alternativa (C) é a correta, pois o humor advém da contradição interna na afirmação de que resultados de pesquisas são mentirosos, e essa afirmação ter sido feita com base em uma pesquisa própria. Assim, ele se baseia numa pesquisa e ele mesmo havia dito que não confia em pesquisas. Portanto, há uma contradição, uma incoerência.

            A alternativa (D) está errada, pois, embora "pesquisa" seja a mesma palavra usada duas vezes, o contexto difere ligeiramente. A primeira menção refere-se a pesquisas eleitorais em generalidade, enquanto a última refere-se à pesquisa pessoal e provavelmente menos rigorosa do personagem da esquerda. Portanto, não tem exatamente o mesmo peso ou significado.

            A alternativa (E) está errada, pois esta é uma interpretação exagerada. A tirinha brinca com a falácia e a contradição em argumentar contra a confiabilidade das pesquisas com base em uma pesquisa própria, mas não necessariamente declara que todas as pesquisas eleitorais sejam inúteis.

Gabarito: C

            A análise das alternativas à luz de uma visão positiva da justiça envolve distinguir entre percepções otimistas ou construtivas e críticas ou cínicas da justiça.

            A alternativa (A) está errada, pois a frase expressa uma visão crítica, mas construtiva da justiça. Enquanto reconhece que a justiça deve ser imparcial ("cega"), adverte contra a ineficácia ou passividade ("paralítica"). A frase alerta para o cuidado em não impedir que a justiça seja efetiva, introduzindo um elemento de preocupação em mantê-la operacional.

            Assim, reconhece-se um lado negativo da justiça, que é a lentidão, estagnação (“paralítica”).

            A alternativa (B) é a correta, pois a frase exibe uma visão manifestamente positiva da justiça, enfatizando a ideia de que a verdadeira justiça é realizada independentemente do reconhecimento ou aceitação dos outros. Reflete sobre a nobreza de caráter que transcende qualquer reciprocidade, destacando a justiça como um ato intrínseco de moralidade e virtude.

            A alternativa (C) está errada, pois a frase apresenta uma perspectiva pessimista e cética sobre a justiça, sugerindo que a imperfeição humana invalida a possibilidade de justiça verdadeira. A humanidade é vista como um obstáculo intransponível à justiça, o que não incorpora uma visão positiva da justiça.

            A alternativa (D) está errada, pois a frase oferece uma visão crítica e até irônica sobre a justiça. Ao explorar a metáfora da justiça como cega, sugere também uma falta de consciência ou sensibilidade do próprio sistema judicial, sem necessariamente endossar uma perspectiva positiva.

            A alternativa (E) está errada, pois a reflete um tom cínico e crítico, implicando que a justiça pode ser comprada ou corrompida por dinheiro, indicando uma percepção negativa e crítica do sistema de justiça.

Gabarito: B

           O emprego da expressão correlativa de adição “não...somente... também” nos faz perceber que o direito se impõe com o peso dos exércitos e com a pressão dos povos, sendo esta última vista como uma melhor saída. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois se pode entender que o direito também pode, segundo Rui Barbosa, ser imposto pela força (“peso dos exércitos”).

            A alternativa (B) está errada, pois percebemos que o direito se impõe com o peso dos exércitos e com a pressão dos povos; não somente com a força popular.

            A alternativa (C) está errada, pois o texto enfatiza que o direito pode ser estabelecido por meio de ações concretas, tanto pela força militar quanto pela pressão popular, ambos constituindo formas diretas de ação humana na imposição do direito. Portanto, o direito é, sim, influenciado pela intervenção humana.

            A alternativa (D) está errada, pois os termos “dos exércitos” e “dos povos” não apresentam valor paciente. Na realidade, entendemos que os povos pressionam. Assim, o termo “dos povos” tem valor agente e é, sintaticamente, um adjunto adnominal.

            Entendendo “peso” como “pressão”, como ocorre na segunda frase, o termo “dos exércitos” também tem valor agente, pois os exércitos também pressionam, também têm peso.

            A alternativa (E) está errada, pois a expressão "e melhor" é utilizada para demonstrar que, entre os dois métodos de imposição do direito mencionados – pelo "peso dos exércitos" e pela "pressão dos povos" –, Rui Barbosa considera a segunda alternativa mais vantajosa ou eficaz, mas não implica que a primeira está errada ou que exige uma correção.

Gabarito: A

           A alternativa (A) está errada, pois a citação foca na importância da participação política para evitar ser governado por maus governantes, e não na solidariedade econômica ou social com determinadas classes sociais.

            A alternativa (B) está errada, pois a mensagem de Platão não discute bondade ou como lidar com inimigos, mas ressalta a consequência negativa de se omitir da política. O foco está na participação política, não em práticas de bondade.

            A alternativa (C) está errada, pois, embora a vigilância dos atos governamentais seja importante, a frase de Platão é mais um convite à participação ativa na política do que apenas à vigilância. Ele destaca que não participar tem consequências graves.

            A alternativa (D) é a correta, pois a frase de Platão valoriza a participação política como forma de garantir que os bons governem, evitando viver sob a má governança. A citação sugere que, sem essa participação, abre-se espaço para que maus governem.

            A alternativa (E) está errada, pois a citação de Platão não propõe revolta. Embora enfatize o problema de ser governado por maus, a solução implícita não é a revolução, mas evitar essa situação por meio da participação política dos bons.

Gabarito: D

            Na alternativa (A), há os elementos comparados “Política” e “fotografia” e em seguida há a oração que explica essa comparação: “Se você se mexer, não sai”.

            Na alternativa (B), há os elementos comparados “Governe uma grande nação” e “você cozinha um peixinho” e em seguida há a oração que explica essa comparação: “não exagere”.

            Na alternativa (C), há os elementos comparados “Países” e “frutas” e em seguida há a oração que explica essa comparação: “os vermes estão dentro”.

            Na alternativa (D), há os elementos comparados “Ser presidente” e “administrar um cemitério” e em seguida há a oração que explica essa comparação: “há um monte de gente embaixo de você, mas escuta”.

            A alternativa (E) é a que deve ser marcada, pois ocorrem apenas os dois elementos comparados: “elefante” e “um camundongo construído segundo as especificações do Estado”. Note que não há nenhum segmento que explique essa comparação. Se fizermos a pergunta “O elefante é como um camundongo construído segundo as especificações do Estado”?, a resposta não está literal. Assim, não há explicação da comparação.

Gabarito: E

            Uma oração desenvolvida é o enunciado com verbo conjugado em modo e tempo verbal e conjunção ou pronome relativo.

            A alternativa (A) está errada, pois “a eleição dos melhores” não tem verbo. É apenas um termo da oração.

            Como a oração principal apresenta verbo no presente do indicativo (“consegue”), naturalmente a oração desenvolvida deve apresentar verbo que combine com esse tempo verbal. Portanto, não cabe o pretérito imperfeito do subjuntivo “fossem” e “elegessem”, que se encontram nas alternativas (C) e (D).

            O presente do subjuntivo “elejam” é o tempo que combina com o presente do indicativo “consegue”. Por isso, a alternativa (B) é a correta.

            A alternativa (E) está errada, pois a oração “elegerem-se os melhores” não é iniciada por conjunção e o verbo está na forma nominal infinitivo. Assim, manteve-se uma oração reduzida.

Gabarito: B

            Na alternativa (A), a preposição “de” foi exigida pelo verbo transitivo indireto “Desconfiai”, por isso é uma preposição gramatical, relacional, e não apresenta valor semântico.

            A alternativa (B) é a correta, pois “milhão” é especificado pelo adjunto adnominal “de euros”, fazendo referência ao tipo de “milhões”. Assim, tal preposição é nocional.

            Na alternativa (C), o substantivo abstrato “produtor” é seguido do termo de valor paciente “de condornas” (codornas são produzidas). Assim, tal termo preposicionado é complemento nominal e a preposição é relacional, gramatical.

            Na alternativa (D), a preposição “de” foi exigida pelo verbo transitivo direto e indireto “convencessem”. Note que o pronome “me” é o objeto direto e a oração “de que alguém entende” é subordinada substantiva objetiva indireta. Por isso é uma preposição gramatical, relacional, e não apresenta valor semântico.

            Na alternativa (E), a preposição “de” foi exigida pelo verbo transitivo indireto “precisamos”, e o termo “de uma mudança” é o objeto indireto. Por isso é uma preposição gramatical, relacional, e não apresenta valor semântico.

Gabarito: B