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Foram encontradas 24771 questões.
1 Conhecida como “a pior assassina em série daAustrália” em
2 seu julgamento em 2003, Kathleen Folbigg já passou quase 18
3 anos na prisão depois de ser condenada pelo homicídio culposo
4 de seu primogênito Caleb e pelo assassinato de seus três filhos
5 subsequentes, Patrick, Sarah e Laura. As crianças morreram
6 uma após a outra, ainda bebês, ao longo de um período de
7 dez anos. Folbigg foi acusada de ter sufocado todos eles. No
8 entanto, evidências científicas têm dado força a outra narrativa:
9 a de que as crianças morreram todas de causas naturais. E isso
10 pode virar o caso de cabeça para baixo.
11 Na semana passada, 90 eminentes cientistas, defensores da
12 ciência e especialistas médicos entregaram um abaixo-assinado
13 ao governador do Estado de Nova Gales do Sul, pedindo o perdão
14 de Folbigg e sua libertação imediata. [...] O abaixo-assinado
15 denuncia um preocupante abismo, neste caso, entre a ciência
16 e o direito. Ao longo de vários recursos e uma investigação
17 detalhada, que reexaminou as condenações de Folbigg em
18 2019, os juízes australianos rejeitaram categoricamente a noção
19 de dúvida razoável em seu caso, dando mais peso às evidências
20 circunstanciais apresentadas em seu julgamento e às ambíguas
21 anotações escritas em seu diário, nas quais ela falava sobre as
22 crianças e como se sentia diante da ausência delas. “A única
23 conclusão razoável continua sendo que alguém prejudicou
24 intencionalmente as crianças, e o método óbvio era sufocá-las”,
25 disse Reginald Blanch, um ex-juiz que liderou a investigação.
26 “As evidências não apontavam para ninguém além de Folbigg”,
27 observou ele. O governo de Nova Gales do Sul disse ao público,
28 há dois anos, que “nenhuma pedra foi deixada sobre pedra”.
29 Mas a ciência aponta cada vez mais para dúvidas razoáveis
30 sobre as mortes. “A ciência, neste caso, é convincente e não
31 pode ser ignorada”, disse o professor Jozef Gecz, pesquisador
32 e geneticista humano. Por sua vez, a professora Fiona Stanley,
33 pesquisadora infantil e de saúde pública, disse: “É profundamente
34 perturbador que as evidências médicas e científicas tenham
35 sido ignoradas em favor das evidências circunstanciais”. “Agora
36 temos uma explicação alternativa para as mortes das crianças
37 Folbigg”. Essa explicação alternativa está na recente descoberta
38 de uma mutação genética em Kathleen Folbigg e suas duas
39 filhas mortas que os cientistas dizem ser “provavelmente
40 patogênica” e que, acreditam eles, teria causado a morte das
41 duas meninas, Sarah e Laura. Uma mutação genética diferente
42 foi descoberta nos dois meninos, Caleb e Patrick, embora os
43 cientistas reconheçam que mais pesquisas são necessárias
44 aqui. A descoberta inicial do gene mutante das duas meninas,
45 CALM2 G114R, foi feita em 2019 por uma equipe liderada por
46 Carola Vinuesa, professora de imunologia e medicina genômica
47 da Universidade Nacional Australiana, e forte defensora da
48 petição para libertar Folbigg. “Encontramos uma nova mutação,
49 nunca antes relatada em Sarah e Laura, que foi herdada de
50 Kathlenn”, disse Vinuesa à BBC. [...]
51 Ambas as meninas sofreram infecções antes de morrer,
52 e os cientistas sugeriram que “suas infecções intercorrentes
53 podem ter desencadeado um evento arrítmico fatal”. Eles
54 também relataram que Caleb e Patrick carregavam duas
55 variantes raras do gene BSN, que pode causar epilepsia fatal
56 em camundongos. As recentes descobertas genéticas baseiam
57 se nas opiniões de especialistas médicos anteriores, apoiando
58 a teoria de que todas as quatro crianças morreram de causas
59 naturais. Stephen Cordner, um patologista forense baseado
60 em Melbourne, reexaminou as autópsias das crianças em 2015
61 e concluiu que não havia “suporte patológico forense positivo
62 para a alegação de que qualquer uma ou todas essas crianças
63 foram assassinadas”. “Não há sinais de asfixia”, acrescentou.
64 Três anos depois, em 2018, o patologista forense Matthew Orde,
65 professor clínico adjunto da Universidade da Colúmbia Britânica,
66 no Canadá, disse à emissora pública australiana ABC: “Em
67 essência, concordo com o professor Cordner que essas quatro
68 mortes infantis podem ser explicadas por causas naturais”.
69 Folbigg sempre alegou ser inocente.
(Quentin McDermott. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/
bbc/2021/03/12/como-a-ciencia-pode-ajudar-a-libertar-kathleen-folbigg-a-piorassassina-em-serie-da-historia-da-australia.htm. 12/03/2021. Adaptado.)


Com relação ao uso de sinais de pontuação, considere as seguintes afirmativas:



1. As aspas utilizadas no primeiro parágrafo cumprem o mesmo papel das aspas utilizadas nos demais parágrafos.

2. Na linha 17, a vírgula depois de “detalhada” pode ser corretamente suprimida.

3. Na linha 47, a vírgula depois de “Australiana” pode ser corretamente suprimida.



Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  • B: Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
  • C: Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

O trecho O governo de Nova Gales do Sul disse ao público, há dois anos, que “nenhuma pedra foi deixada sobre pedra” está corretamente reescrito, sem prejuízo de significado, em:
  • A: As provas que incriminaram Folbigg foram todas derribadas, nos últimos dois anos, de acordo com a fala do governo de Nova Gales do Sul.
  • B: Ao público de Nova Gales do Sul, foi dito, pelo governo, que, há dois anos, nenhuma pista sobre os crimes foi desconsiderada.
  • C: Faz dois anos que os governantes de Nova Gales do Sul disseram aos cidadãos que as investigações foram encerradas.
  • D: Há cerca de dois anos, segundo o governo de Nova Gales do Sul, descobriu-se que a população queria colocar uma pedra sobre o assunto.
  • E: O governo de Nova Gales do Sul afirmou publicamente que as questões mais pesadas sobre o crime foram resolvidas há dois anos.

Conhecida como “a pior assassina em série daAustrália” em seu julgamento Em 2003, Kathleen Folbigg já passou quase 18 anos na prisão depois de ser condenada pelo homicídio culposo de seu primogênito Caleb e pelo assassinato de seus três filhos subsequentes, Patrick, Sarah e Laura. As crianças morreram uma após a outra, ainda bebês, ao longo de um período de dez anos. Folbigg foi acusada de ter sufocado todos eles. No entanto, evidências científicas têm dado força a outra narrativa: a de que as crianças morreram todas de causas naturais. E isso pode virar o caso de cabeça para baixo. Na semana passada, 90 eminentes cientistas, defensores da ciência e especialistas médicos entregaram um abaixo-assinado ao governador do Estado de Nova Gales doSul, pedindo o perdão de Folbigg e sua ibertação imediata. [...] O abaixo-assinado denuncia um preocupante abismo, neste caso, entre a ciência e o direito. Ao longo de vários recursos e uma investigação detalhada, que reexaminou as condenações de Folbigg em 2019, os juízes australianos rejeitaram categoricamente a noção de dúvida razoável em seu caso, dando mais peso às evidências circunstanciais apresentadas em seu julgamento e às ambíguas anotações escritas em seu diário, nas quais ela falava sobre as crianças e como se sentia diante da ausência delas. “A única conclusão razoável continua sendo que alguém prejudicou intencionalmente as crianças, e o método óbvio era sufocá-las”,
disse Reginald Blanch, um ex-juiz que liderou a investigação. “As evidências não apontavam para ninguém além de Folbigg”, observou ele. O governo de Nova Gales do Sul disse ao público, há dois anos, que “nenhuma pedra foi deixada sobre pedra”. Mas a ciência aponta cada vez mais para dúvidas razoáveis sobre as mortes. “A ciência, neste caso, é convincente e não
pode ser ignorada”, disse o professor Jozef Gecz, pesquisador e geneticista humano. Por sua vez, a professora Fiona Stanley, pesquisadora infantil e de saúde pública, disse:“Éprofundamente perturbador que as evidências médicas e científicas tenham sido ignoradas em favor das evidências circunstanciais”. “Agora temos uma explicação alternativa para as mortes das crianças Folbigg”. Essa explicação alternativa está na recente descoberta de uma mutação genética em Kathleen Folbigg e suas duas
filhas mortas que os cientistas dizem ser “provavelmente patogênica” e que, acreditam eles, teria causado a morte das duas meninas, Sarah e Laura. Uma mutação genética diferente foi descoberta nos dois meninos, Caleb e Patrick, embora os cientistas reconheçam que mais pesquisas são necessárias aqui. A descoberta inicial do gene mutante das duas meninas, CALM2 G114R, foi feita em 2019 por uma equipe liderada por Carola Vinuesa, professora de imunologia e medicina genômica da Universidade Nacional Australiana, e forte defensora da petição para libertar Folbigg. “Encontramos uma nova mutação, nunca antes relatada em Sarah e Laura, que foi herdada de Kathlenn”, disse Vinuesa à BBC. [...] Ambas as meninas sofreram infecções antes de morrer, e os cientistas sugeriram que “suas infecções intercorrentes podem ter desencadeado um evento arrítmico fatal”. Eles também relataram que Caleb e Patrick carregavam duas
variantes raras do gene BSN, que pode causar epilepsia fatal em camundongos. As recentes descobertas genéticas baseiamse nas opiniões de especialistas médicos anteriores, apoiando a teoria de que todas as quatro crianças morreram de causas naturais. Stephen Cordner, um patologista forense baseado em Melbourne, reexaminou as autópsias das crianças em 2015 e concluiu que não havia “suporte patológico forense positivo para a alegação de que qualquer uma ou todas essas crianças
foram assassinadas”. “Não há sinais de asfixia”, acrescentou. Três anos depois, em 2018, o patologista forense Matthew Orde, professor clínico adjunto da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, disse à emissora pública australiana ABC: “Em essência, concordo com o professor Cordner que essas quatro mortes infantis podem ser explicadas por causas naturais”. Folbigg sempre alegou ser inocente.

(Quentin McDermott. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/
bbc/2021/03/12/como-a-ciencia-pode-ajudar-a-libertar-kathleen-folbigg-a-piorassassina-em-serie-da-historia-da-australia.htm. 12/03/2021. Adaptado.)



Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. Cientistas renomados defendem a ré Kathleen por acreditarem que os filhos dela morreram de causas naturais.

2. Dadas as evidências encontradas pela acusação, os juízes responsáveis pelo caso de Folbigg rechaçaram o princípio da presunção de não culpabilidade da mãe.

3. Pesquisadores da área da saúde apontam como provável causa das mortes das duas meninas a mutação genética, herdada da mãe.

4. O patologista Stephen Cordner concluiu que não há evidências que comprovem o estrangulamento das quatro crianças por um adulto.


Assinale a alternativa correta.
  • A: Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
  • B: Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  • C: Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
  • D: Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
  • E: As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Os juízes que reanalisaram o caso em 2019 rejeitaram a noção de dúvida razoável com base em conclusão de natureza:
  • A: inferencial.
  • B: generalizante.
  • C: moral.
  • D: teológica.
  • E: categórica.

Considere o seguinte trecho:



_____ falta de representatividade feminina está associada uma falta de senso de pertencimento _____ comunidades de gamers, o que leva _____ crença falaciosa de que _____ mulheres algumas áreas não são naturalmente acessíveis, por supostamente demonstrarem menos habilidades que os homens.



Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.
  • A: A – às – a – as.
  • B: À – às – à – às.
  • C: À – as – à – às.
  • D: À – as – a – as.
  • E: A – as – à – as.

Considere o seguinte trecho de um texto retirado da revista Superinteressante (ed. 214, Editora Caras, 2021, p. 16):



Um dos maiores desafios na cena do crime é descobrir o tempo transcorrido entre o crime e a chegada da perícia. Esse período é chamado de intervalo pós-morte (IPM). O IPM pode auxiliar no levantamento de suspeitos presentes no local. Se você souber o dia e a hora do assassinato, talvez possa usar outros meios para descobrir quem estava por perto – e assim elucidar o acontecido e prender o responsável.



Os trechos a seguir dão continuidade ao parágrafo apresentado. Numere os parênteses indicando a ordem que dá sequência lógica ao trecho inicial.



( ) Isso é possível porque essas substâncias podem acelerar, reduzir ou alterar o desenvolvimento dos insetos, mexendo com a fisiologia da larva ou do adulto.

( ) Também é interessante determinar qual foi o primeiro inseto a colonizar o cadáver, pois esse inseto veterano permite estimar o IPM com precisão. Moscas podem descobrir um cadáver e pôr ovos nele em meros 30 minutos após o ocorrido.

( ) Para os peritos descobrirem o IPM, um dos métodos é avaliar e classificar os diferentes insetos presentes no cadáver: larvas, moscas, besouros, vespas etc.

( ) Associando essa informação entomológica com outras características da decomposição, o perito pode obter o IPM com uma margem de erro de apenas algumas horas ou minutos.

( ) Embora a visão de larvas em um cadáver seja nojenta, essas pequenas testemunhas fornecem tantas informações aos peritos iniciados que eles querem mais é encontrá-las na cena do crime para poder “conversar”.

( ) Por meio da identificação das espécies e das quantidades em que elas aparecem, dá para ter uma boa noção do tempo que o corpo está se decompondo. Os insetos também podem dar dicas sobre a causa da morte e informar se alguém moveu o morto de lugar.

( ) Além de informações associadas ao IPM, a avaliação conjunta dos insetos presentes – combinada a dados de temperatura e umidade – pode auxiliar o perito a descobrir a causa exata de mortes associadas a drogas ou envenenamentos.



Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para baixo.
  • A: 7 – 3 – 6 – 4 – 1 – 2 – 5.
  • B: 6 – 5 – 3 – 2 – 1 – 4 – 7.
  • C: 7 – 2 – 1 – 3 – 5 – 4 – 6.
  • D: 6 – 3 – 1 – 4 – 7 – 2 – 5.
  • E: 4 – 5 – 3 – 2 – 7 – 1 – 6.

TEXTO 1: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.

O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero



Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo - antes mesmo do contato com ele.
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.


Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.

O principal elemento que contribui para a passividade do leitor é
  • A: a apropriação de saberes e de conhecimento.
  • B: a atribuição de signifcados ao material explícito no texto e ao implícito.
  • C: a postura submissa como um mero decodifcador.
  • D: o caráter refexivo e o papel ativo na produção de sentido.

TEXTO 1: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.

O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero



Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo - antes mesmo do contato com ele.
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.


Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.

A melhor explicação para a afirmativa: “Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados" (Linhas 25-26) é:
  • A: A boa leitura supõe condicionamento de significados.
  • B: A leitura deve ser compreendida como um processo dinâmico, multidirecional e flexível.
  • C: Faz-se necessária a articulação entre as dimensões implícitas e explícitas da informação do texto.
  • D: O bom leitor deve reconhecer a dimensão plural dos textos, de modo a atribuir significados.

TEXTO 1: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.

O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero



Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo - antes mesmo do contato com ele.
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.


Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.

De acordo com o autor, são fatores que interferem na qualidade da leitura, na atualidade, EXCETO:
  • A: A abdicação de posicionamentos e posturas inertes.
  • B: A grande quantidade de informação recebida.
  • C: A submissão à dominação e à manipulação.
  • D: As diversas linguagens, expressões e formas simbólicas.

TEXTO 1: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.

O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero



Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo - antes mesmo do contato com ele.
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.


Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.

“Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto.”(Linha 34)
A articulação das orações do período expressa uma ideia de
  • A: Causa.
  • B: Comparação.
  • C: Condição.
  • D: Consequência.

Exibindo de 5661 até 5670 de 24771 questões.