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O vocábulo abaixo que contraria as novas regras ortográficas é:
  • A: herói;
  • B: anti-inflacionário;
  • C: co-réu;
  • D: minissaia;
  • E: hiperinflação.


Nas frases abaixo – todas de Millôr Fernandes -, aquela em que o vocábulo sublinhado está empregado em sentido conotativo é:





  • A: “O povo é sempre ingrato. Como é que tem coragem de fazer greve num governo que lhe dá o direito de greve?”
  • B: “A macumba é uma teóloga estudada na senzala de uma universidade”.
  • C: “A malandragem é a arte de disfarçar a ociosidade”.
  • D: “Eu sou totalmente a favor da mãe solteira – porque também sou frontalmente contra o pai casado”.
  • E: “Nostalgia é querermos voltar para um lugar que nunca existiu”.

Entre as frases abaixo – todas de Luis Fernando Verissimo -, aquela em que há exemplo da variante coloquial da linguagem é:
  • A: “Temos que confiar no amanhã. A não ser que descubram alguma coisa contra ele durante a noite”.
  • B: “Sempre que ouço falar em ‘inconsciente coletivo’, penso num ônibus desgovernado”.
  • C: “Nove entre dez cariocas na praia, em hora de expediente, são paulistas”.
  • D: “Se eu pudesse escolher um outro carro para comprar, empregava meu dinheiro num veículo alemão”.
  • E: “A sovinice dele é lendária. Levou nadadeiras quando visitou Veneza, para não gastar com táxi”.

Segundo Mattoso Câmara, um dos nossos maiores linguistas, estrangeirismo se refere aos empréstimos não integrados na língua nacional, revelando-se estrangeiros nos fonemas, na flexão e até na grafia.
Nesse caso, o único caso de estrangeirismo, entre os vocábulos abaixo, é:
  • A: Os clientes solicitaram musse de sobremesa.
  • B: O filme mostrava cenas ousadas.
  • C: Não serviram cachorro-quente na festa.
  • D: O menino comeu um hamburger saboroso.
  • E: A menina desligou o abajur e foi dormir.

Uma das marcas da textualidade é a intertextualidade, que mostra um diálogo entre textos.

O segmento abaixo, de Millôr Fernandes, que tem sua significação apoiada num texto alheio é:
  • A: “Os fatos, na verdade, já não acontecem. São fabricados nas poderosas oficinas da comunicação de massa”.
  • B: “Todos somos corruptos. Ninguém pode atirar a primeira pedra”.
  • C: “O comunismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa faz alterações no cliente”.
  • D: “No dia em que morre um dos cônjuges, aí começa a felicidade conjugal”.
  • E: “Para inveja das minhas amigas mantenho a mesma silhueta há vinte anos. Vestida, é claro!”.


“Sou dos que acham que as cidades são territórios em disputa. O jogo que envolve essa disputa se estabelece em teias tecidas pela construção de lugares de memória, confrontos de narrativas, permanências, rupturas, ressignificações, práticas cotidianas, estratégias de afirmação, vozes amplificadas e outras tantas silenciadas. A história de uma cidade, afinal de contas, também pode ser entendida por aquilo que ela já não é”. (Luiz Antonio Simas, na orelha do livro O Rio antes do Rio, de Rafael Freitas da Silva)
Um texto progride por encadeamento de ideias que se vão materializando por meio de ligações linguísticas.
A ligação entre termos desse segmento de texto que está corretamente indicada é: 






  • A: o vocábulo “que” sublinhado se refere ao termo anterior “os que”;
  • B: o termo “essa disputa” se refere ao que é dito a seguir;
  • C: o segmento “outras tantas” se liga semanticamente a “estratégias”;
  • D: o elemento “uma cidade” se prende à cidade citada anteriormente;
  • E: o pronome “ela” repete o termo “cidade”.

“Minha irmãzinha de 8 anos morreu, e minha mãe queria que sua sepultura estivesse sempre enfeitada de flores. Nem sempre era fácil arranjar flores naquele lugar em que a gente vivia – Pitangueiras, perto de Ribeirão Preto, em São Paulo – e por isso, minha mãe plantou um jardim, me chamou e disse: ‘Você é que vai tomar conta disso’. Eu tinha 9 anos e não gostei da tarefa, mas obedeci. Acabei tomando gosto por essa coisa de plantas...”.
Esse é um depoimento de José Zanine Caldas, um dos nossos melhores paisagistas, citado por Rubem Braga em uma de suas crônicas.
Sobre o processo de construção desse texto, é correto afirmar que:
  • A: trata-se de um texto de base estrutural argumentativa, que justifica a adoção de uma profissão;
  • B: ainda que relate um fato passado, o texto se apoia numa descrição do lugar de origem do paisagista;
  • C: a estruturação do texto é claramente narrativa, pois se fundamenta numa sucessão cronológica de fatos do passado;
  • D: o texto mostra uma organização de base dramática, pela presença do diálogo de base afetiva entre mãe e filho;
  • E: o texto apresenta uma estrutura de base descritiva, fornecendo informações sobre o futuro paisagista.


Em seu livro Verissimas, Luis Fernando Verissimo faz a seguinte observação:
“Dizem que Kurosawa nunca teve no Japão o prestígio que teve no Ocidente. Talvez não tenha sido um dos melhores diretores do Japão, mas foi um dos melhores diretores do mundo. Kurosawa nunca fez o espetáculo só pelo espetáculo e até uma carga de cavalaria num filme seu podia ser uma reflexão humanista”.
Sobre a estruturação argumentativa desse texto, somente é correto afirmar que: 






  • A: toda a argumentação de Verissimo se apoia exclusivamente em sua própria opinião;
  • B: Verissimo, ainda que discorde da opinião japonesa sobre Kurosawa, faz uma concessão aos que pensam de forma diferente;
  • C: segundo Verissimo, a opinião universal, particularmente do Ocidente, atribui um valor oposto ao que Kurosawa recebe no Japão;
  • D: a afirmação de que Kurosawa é o melhor diretor cinematográfico do Japão se apoia na flagrante defesa do humanismo na produção de cenas comuns;
  • E: de acordo com Verissimo, o cinema é um tipo de arte que deve apoiar-se na produção do espetáculo pelo espetáculo, por não ser um veículo adequado à Filosofia.


Na redação oficial, em caso de um aluno dirigir um requerimento ao Reitor de uma universidade, o tratamento adequado é o de:





  • A: Vossa Senhoria;
  • B: Vossa Magnificência;
  • C: Vossa Excelência;
  • D: Vossa Reverendíssima;
  • E: Vossa Alteza.

Texto 5 – Folha de São Paulo, 26/7/2016.
NO JAPÃO, ATAQUE A FACA EM CENTRO PARA DEFICIENTES DEIXA 15 MORTOS.
      Ao menos 15 pessoas morreram e 45 ficaram feridas após serem esfaqueadas por um homem que invadiu um centro de assistência a pessoas com deficiência em Sagamihara, no Japão.
      O suspeito, que havia trabalhado no local, se entregou à polícia logo após o ataque. A motivação dele ainda é desconhecida. Segundo o Aurélio, o lide é a “parte introdutória de matéria jornalística, na qual se procura dar o fato, objetiva e sinteticamente, com o fim de responder às questões: o quê, quem, quando, onde, como e por quê”.
A afirmativa abaixo que apresenta corretamente um comentário sobre os componentes do texto 5 é:
  • A: a expressão “ao menos” quantifica precisamente o número das vítimas;
  • B: a forma verbal “serem esfaqueadas” mostra um caso de voz reflexiva;
  • C: o termo “suspeito” é incoerente por tratar-se de um criminoso confesso;
  • D: o relativo em “que havia trabalhado” tem por antecedente “um homem”;
  • E: o possessivo “dele” equivale a “do crime”.

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