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Foram encontradas 56 questões.
As frases abaixo mostram uma nova forma de escritura que evita a presença de um pronome relativo.

Assinale a frase em que essa nova forma se mostra inadequada.
  • A: Santos Dumont, que criou o avião, é brasileiro / Santos Dumont, criador do avião, é brasileiro.
  • B: Guimarães Rosa, que escreveu esse romance, é mineiro / Guimarães Rosa, autor desse romance, é mineiro.
  • C: O político, que perturbou o debate, foi advertido / O político, destruidor do debate, foi advertido.
  • D: Aquele aluno, que observe bem os fatos, se destaca na turma / Aquele aluno, bom observador dos fatos, se destaca na turma.
  • E: Os professores, que teceram elogios a Churchill, se arrependeram / Os professores, admiradores de Churchill, se arrependeram.

Observe as frases a seguir.

1. Comprei um casaco de veludo em São Paulo.
2. O preço do casaco foi alto.

Se juntarmos as duas frases com o auxílio de um pronome relativo, a forma adequada será:
  • A: Comprei um casaco de veludo em São Paulo cujo preço foi alto.
  • B: Foi alto o preço do casaco de veludo comprado em São Paulo.
  • C: Comprei, em São Paulo, um casaco de veludo em que o preço foi alto.
  • D: Em São Paulo, comprei por um preço alto, um casaco de veludo.
  • E: Comprei um casaco de veludo em São Paulo por um preço baixo.

Assinale a alternativa em que a substituição do trecho destacado pelo trecho entre colchetes atende à norma-padrão de regência e emprego do pronome relativo.
  • A: ... uma unidade, a 8 200, integrante do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa, cujos membros se dedicam a decifrar códigos de computador. [a cujos membros se deu a incumbência de]
  • B: No oásis tecnológico proliferam companhias de ponta, que se espalham ainda pela costa litorânea... [das quais se dispersam]
  • C: ... um complexo industrial que põe o território em disputa direta com a cidade chinesa de Shenzhen... [aonde situa]
  • D: ... explicou o engenheiro israelense Lavy Shtokhamer, que chefia uma divisão... [a quem se ocupa da chefia de]
  • E: ... ações contra ataques de hackers que têm como alvo Israel... [aos quais miram em]

No trecho do parágrafo 5 “Esse é um problema mundial, mas é mais agudo em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda abundam problemas crônicos do subdesenvolvimento”, a palavra “onde” está empregada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa.
O mesmo acontece em:
  • A: A inteligência artificial tem possibilitado a democratização de vários serviços, onde é necessário destacar o acesso igualitário à informação.
  • B: Os biomas brasileiros onde tem ocorrido o maior número de ameaças ambientais nos últimos anos são a Amazônia e o Pantanal.
  • C: Os cientistas devem ter maior preocupação com determinados grupos populacionais onde as pesquisas sobre habitação, água e saneamento sejam mais necessárias
  • D: Os pesquisadores precisam desenvolver estudos aprofundados onde as principais doenças do país possam ser combatidas.
  • E: Vivemos em uma época onde as pessoas que negam a ciência se recusam a vacinar seus filhos.

No trecho “Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a que alguns pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-adquirida”, do texto CB1A1-I, o vocábulo “que”, em sua primeira ocorrência, faz referência a
  • A: “Jock Stirratt”.
  • B: “alguns pescadores”.
  • C: “gráfico”.
  • D: "usos".

Santinho

(Luiz Fernando Veríssimo)



Me lembro com clareza de todas as minhas professoras, mas me lembro de uma em particular. Ela se chamava Dona Ilka. Curioso: por que escrevi “Dona Ilka” e não Ilka? Talvez por medo de que ela se materializasse aqui ao meu lado e exigisse o “Dona”, onde se viu tratar professora pelo primeiro nome, menino? No meu tempo ainda não se usava o “tia”. Elas podiam ser boas e até maternais, mas decididamente não eram nossas tias. A Dona Ilka não era maternal. Era uma mulher pequena com um perfil de passarinho. Um pequeno passarinho loiro. E uma fera.

Eu era aluno “bem-comportado”. Era um vagabundo, não aprendia nada, vivia distraído. Mas comportamento, 10. Por isto até hoje faço verdadeiras faxinas na memória, procurando embaixo de tudo e em todos os nichos a razão de ter sido, um dia, castigado pela Dona Ilka. Alguma eu devo ter feito, mas não consigo lembrar o quê. O fato é que fui posto de castigo. Que consistia em fcar de pé num canto da sala de aula, com a cara virada para a parede. (Isto tudo, já dá pra ver, foi mais ou menos lá pela Idade Média.) Mas o que eu nunca esqueci foi a Dona Ilka ter me chamado de “santinho do pau oco”.

Ser bem-comportado em aula não era uma decisão minha nem era nada de que me orgulhasse. Era só o meu temperamento. Mas a frase terrível da Dona Ilka sugeria que a minha boa conduta era uma simulação. Eu era um falso. Um santo falsificado! Depois disso, pelo resto da vida, não foram poucas as vezes em que um passarinho imaginário com perfil de professora pousou no meu ombro e me chamou de fingido. Os santinhos do pau oco passam a vida se questionando.

Já outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretensão minha à originalidade literária. Era para fazer uma redação em aula sobre a ociosidade, e eu não tinha a menor ideia do que era ociosidade. Se a palavra fora mencionada em aula tinha certamente sido num dos meus períodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente ia passear. E então, me achando formidável, fiz uma redação inteira sobre um aluno que precisa fazer uma redação sobre a ociosidade sem saber o que é isso, sua agonia e finalmente sua decisão de fazer uma redação sobre um aluno que precisa fazer uma redação sobre a ociosidade, etc. a professora chamou a atenção de toda a classe para a minha redação. Eu era um exemplo de quem acha que com esperteza pode-se deixar de estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. Só faltou me chamar de original do pau oco.

Enfim, sobrevivi. No ginásio, todos os professores eram homens, mas não me lembro de nenhuma marca que algum deles tenha deixado. As relações com as nossas pseudomães, no primário, eram mais profundas. As duas histórias que eu contei não têm nenhuma importância. Mas olha as cicatrizes.

Os pronomes relativos são importantes ferramentas coesivas na elaboração dos textos. Desse modo, assinale a alternativa em que NÃO se destaca um exemplo desse tipo de pronome.
  • A: “mas não me lembro de nenhuma marca que algum deles tenha deixado.” (5º§).
  • B:Que consistia em ficar de pé num canto da sala de aula,” (2º§).
  • C: “não foram poucas as vezes em que um passarinho imaginário” (3º§).
  • D: “O fato é que fui posto de castigo.” (2º§).

Analise os fragmentos abaixo e assinale a alternativa CORRETA que contém um pronome relativo:
  • A: “Queria saber o paradeiro de um de meus professores, suspeito de ser um líder importante na aguerrilha.”
  • B: “Da cela que eu ocupava, um cubículo escuro, úmido e fétido, eu ouvia os gritos dos prisioneiros [...]”
  • C: “Leu meu prontuário e começou o interrogatório.”
  • D: Ele me olhou e estava claramente decidindo se eu falava a verdade ou se era bom ator.”

Santinho

(Luiz Fernando Veríssimo)



Me lembro com clareza de todas as minhas professoras, mas me lembro de uma em particular. Ela se chamava Dona Ilka. Curioso: por que escrevi “Dona Ilka” e não Ilka? Talvez por medo de que ela se materializasse aqui ao meu lado e exigisse o “Dona”, onde se viu tratar professora pelo primeiro nome, menino? No meu tempo ainda não se usava o “tia”. Elas podiam ser boas e até maternais, mas decididamente não eram nossas tias. A Dona Ilka não era maternal. Era uma mulher pequena com um perfil de passarinho. Um pequeno passarinho loiro. E uma fera.

Eu era aluno “bem-comportado”. Era um vagabundo, não aprendia nada, vivia distraído. Mas comportamento, 10. Por isto até hoje faço verdadeiras faxinas na memória, procurando embaixo de tudo e em todos os nichos a razão de ter sido, um dia, castigado pela Dona Ilka. Alguma eu devo ter feito, mas não consigo lembrar o quê. O fato é que fui posto de castigo. Que consistia em fcar de pé num canto da sala de aula, com a cara virada para a parede. (Isto tudo, já dá pra ver, foi mais ou menos lá pela Idade Média.) Mas o que eu nunca esqueci foi a Dona Ilka ter me chamado de “santinho do pau oco”.

Ser bem-comportado em aula não era uma decisão minha nem era nada de que me orgulhasse. Era só o meu temperamento. Mas a frase terrível da Dona Ilka sugeria que a minha boa conduta era uma simulação. Eu era um falso. Um santo falsificado! Depois disso, pelo resto da vida, não foram poucas as vezes em que um passarinho imaginário com perfil de professora pousou no meu ombro e me chamou de fingido. Os santinhos do pau oco passam a vida se questionando.

Já outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretensão minha à originalidade literária. Era para fazer uma redação em aula sobre a ociosidade, e eu não tinha a menor ideia do que era ociosidade. Se a palavra fora mencionada em aula tinha certamente sido num dos meus períodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente ia passear. E então, me achando formidável, fiz uma redação inteira sobre um aluno que precisa fazer uma redação sobre a ociosidade sem saber o que é isso, sua agonia e finalmente sua decisão de fazer uma redação sobre um aluno que precisa fazer uma redação sobre a ociosidade, etc. a professora chamou a atenção de toda a classe para a minha redação. Eu era um exemplo de quem acha que com esperteza pode-se deixar de estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. Só faltou me chamar de original do pau oco.

Enfim, sobrevivi. No ginásio, todos os professores eram homens, mas não me lembro de nenhuma marca que algum deles tenha deixado. As relações com as nossas pseudomães, no primário, eram mais profundas. As duas histórias que eu contei não têm nenhuma importância. Mas olha as cicatrizes.

Os pronomes relativos são importantes ferramentas coesivas na elaboração dos textos. Desse modo, assinale a alternativa em que NÃO se destaca um exemplo desse tipo de pronome.
  • A: “mas não me lembro de nenhuma marca que algum deles tenha deixado.” (5º§).
  • B:Que consistia em ficar de pé num canto da sala de aula,” (2º§).
  • C: “não foram poucas as vezes em que um passarinho imaginário” (3º§).
  • D: “O fato é que fui posto de castigo.” (2º§).

Texto 1A1

A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.

Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.

A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.

Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do particular.

Internet: (com adaptações).

Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.

No trecho “em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes” (segundo período do terceiro parágrafo), a substituição de “em que” por onde prejudicaria a correção do texto.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1-I

Criado em 22 de novembro de 1968, por meio da Lei n.º 5.537, o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e Pesquisa (INDEP) foi transformado em Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio do Decreto n.º 872, de 15 de dezembro de 1969. Subsequentemente, a autarquia passou por mudanças que diversificaram suas funções, ampliaram a abrangência dos programas executados, ao mesmo tempo em que o volume de recursos gerenciados aumentou. Todas essas mudanças trouxeram desafios para a gestão das políticas e exigiram novas competências do corpo funcional da instituição.

Inicialmente, o FNDE funcionava apenas como órgão arrecadador, fiscalizador e gerencial. Era responsável, principalmente, por gerir uma das principais fontes de recursos do Ministério da Educação (MEC), o salário educação, transferindo para os estados e o Distrito Federal 2/3 dos recursos arrecadados. Em 1997, com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), o FNDE ganhou novas atribuições, tornando-se responsável pelas políticas de assistência ao educando referentes às áreas alimentar e nutricional, didático-pedagógicas (livros, bibliotecas e material escolar) e apoio complementar (transporte escolar e assistência à saúde).

Mais responsabilidades foram transferidas para a autarquia em 1998, quando foram extintas as delegacias regionais do Ministério da Educação (DEMEC), o que exigiu sua reorganização a fim de responder às responsabilidades pelo acompanhamento e fiscalização da arrecadação e execução dos projetos e programas do MEC. Também passou a fazer parte das atribuições do FNDE a análise de prestação de contas dos recursos liberados para estados e municípios. Em 2004, houve a transferência da gestão do Fundo de Desenvolvimento da Escola e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio, o que, novamente, ampliou o conjunto de funções da autarquia.

Cinara Gomes de Araújo Lobo; Julia Maurmann Ximenes. A construção da gestão do conhecimento no FNDE – um processo. Cadernos do FNDE, Brasília, v.1, n.1, jan-jun 2020, p. 11 (com adaptações).

Considerando aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.



Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se, no segundo período do primeiro parágrafo, o vocábulo “que” empregado logo após “mudanças” fosse substituído por nas quais.
  • A: Certo
  • B: Errado

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