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A intimidade artificial virou o mal do século

Esther Perel, psicóloga belga, desenvolveu o fascinante tema da “intimidade artificial”. Seu argumento é que estamos vivendo nossas vidas em permanente estado de atenção parcial. Quando nos relacionamos com nossos amigos, amantes ou familiares nunca estamos 100% presentes. Nossa atenção está sempre dividida entre as pessoas e o nosso celular, mídias sociais, alertas de mensagem e assim por diante. Nesse contexto não é possível intimidade real.

As mídias sociais e nosso celular funcionam como anestesia seletiva para as relações humanas. Queremos as partes boas do convívio, que são do nosso interesse, mas evitamos ao máximo atritos, conversas desconfortáveis, tédio etc. Sempre que algo desconfortável começa a se materializar, partimos para o mundo confortável e controlado do celular, que nos distrai do que é verdadeiramente humano.

Uma pesquisa realizada nos EUA em 2019 apontou que 22% dos jovens têm hoje zero amigo. 25% dizem não ter nenhum conhecido. Muitos têm um número de seguidores gigantesco em redes sociais, mas amigos mesmo, nenhum. Em gerações anteriores o número dos sem-amigos girava em torno de 9%. Não é por acaso que ansiedade e depressão são um dos assuntos que mais circulam em mídias sociais hoje entre adolescentes e também crianças. Na era da intimidade artificial, não são só as amizades que estão em risco, mas também as relações amorosas e familiares. Apertem os cintos para a sociedade da solidão, com consequências nefastas para todos os campos da vida humana.

(Ronaldo Lemos. Folha de S. Paulo, 19.03.2023. Adaptado)

Com base no texto, é correto afirmar que a “intimidade artificial”
  • A: é uma ideia desenvolvida por uma psicóloga, a qual analisa a distância entre os membros de uma família, principalmente aqueles de diferentes gerações, causada pelas redes sociais.
  • B: deve ser evitada a todo custo, pois cria imagens supérfluas que são divulgadas nas redes sociais, atingindo a autoestima de crianças e adolescentes de todo o mundo.
  • C: é consequência do fato de que dividimos a atenção entre as pessoas que estão ao nosso redor e o que acontece virtualmente na nossa rede de contatos e na internet em geral.
  • D: é consequência do medo que a maioria dos jovens tem atualmente de criar atrito nas relações e, com isso, ser “cancelada” nas redes sociais e ter sua reputação abalada.

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