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Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger

            Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.

            O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.

            “Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original. Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as palavras que são ditas.

            Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação. Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia, contribuindo para aumentar a qualidade dos vídeos.

            No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus golpes. Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem tanta qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de partida para uma fraude financeira, entre outros problemas.

            A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a inteligência artificial e engendrar deep fakes.”

            Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa diga o que parece dizer naquele momento.

Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.


Na progressão temática do texto, depois de citar as novas tecnologias que permitem a produção de vídeos falsificados — as deep fakes (parágrafo 4) —, desenvolve-se a ideia de que
  • A: os usuários devem reduzir a postagem de fotos, áudios ou vídeos para evitar alimentar a produção de deep fakes.
  • B: os vídeos falsificados prejudicam celebridades, mas também trazem efeitos negativos a empresas e cidadãos comuns. C
  • C: a tecnologia que permite a falsificação de vídeos se utiliza de inteligência artificial para criar áudios falsos que substituem os verdadeiros.
  • D: mais da metade dos brasileiros não conseguem reconhecer se um vídeo foi falsificado por meio da técnica de deep fake.
  • E: a “falsificação profunda” é uma expressão para designar o fenômeno das deep fakes na língua portuguesa.

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