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Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas
Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentário: “É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever”.
Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensinada. Por quê?
Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…”
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência artificial.
Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa. (Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)
Ao levar para seu texto os comentários do leitor, o autor pretende
  • A: apresentar uma opinião da qual discorda radicalmente, já que ele defende que a escrita pode ser ensinada.
  • B: fundamentar a sua argumentação a favor da inspiração para escrever, o que encontra eco nesses comentários.
  • C: buscar um caminho alternativo para o modo como as pessoas escrevem, marcadamente confuso e enfadonho.
  • D: tratar de novas nuances da boa escrita, que ele acredita estar sob responsabilidade da inteligência artificial.
  • E: mostrar que o que interessa de fato na produção escrita é o atendimento à correção ortográfica e gramatical.

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