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É muito comum o brasileiro sofrer com o acento grave, sinal que serve para indicar crase, ou seja, a fusão de
“a + a”. Ele é apenas um sinalzinho com inclinação à esquerda, tem seus encantos, porém deixa muita gente boa em situação delicada.

Quando alguém me pergunta como faz para aprender a “crasear”, digo para começar pelo avesso: primeiro aprenda a não colocar o acento em lugar proibido. Há certas construções em que ele não cabe, pois falta metade: um dos “a + a” não comparece. Por exemplo, o artigo definido feminino “a” não pode ser usado em determinadas situações, o que, por exclusão, nos leva ao raciocínio de que o “a” da construção é apenas a preposição “a”.

(Dica do professor João Bolognesi, texto editado por Talita Abrantes. Em: https://exame.abril.com.br)
Analisando as informações textuais, é correto afirmar que
  • A: o uso do sinal grave para indicar a crase, que gera dúvidas até para bons conhecedores da língua, ocorre em um contexto marcado pela presença obrigatória de preposição e artigo definido.
  • B: o conhecimento para usar ou não o acento grave, que indica a crase, está mais relacionado à percepção subjetiva dos encantos desse sinal do que à própria sintaxe da língua.
  • C: o emprego do sinal grave decorre de um aprendizado pelo avesso, ou seja, que ocorre quando se aprendem as situações em que há a presença obrigatória de artigo definido e preposição.
  • D: o fato de muitas pessoas com bons conhecimentos da língua ficarem constrangidas em algumas situações devido ao mau emprego do sinal grave tem feito com que ele seja abolido.
  • E: a utilização do sinal grave é marcada por determinadas construções reguladas pelos encantos do sinal, e isso comprova que, em mais da metade dos usos, esse acento é facultativo.

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