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Foram encontradas 70 questões.
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.



Analise as assertivas com (V) verdadeiro ou (F) falso.

(  ) O termo "mensagem" representa o foco temático textual.
(  ) A palavra "complexa" é trissílaba, paroxítona, está escrita com encontro consonantal e um dífono (letra com duplo som).
(  ) O primeiro período do (1º§) apresenta um substantivo e um adjetivo com encontro consonantal pronunciado sem ser gráfico.
(  ) A última palavra do período: "A análise de uma comunicação é complexa" exerce função sintática de objeto direto.
(  ) O período: "Entretanto, o processo global é sintetizado e resumido em algo muito específico: a mensagem". - está escrito com hipérbato; a vírgula está usada para separar um elemento coesivo conjuntivo coordenativo com ideia de oposição; os dois pontos servem para apontar o elemento referido no parágrafo.

Após análise, marque a alternativa que contém a sequência CORRETA das assertivas acima:
  • A: F, V, V, F, V.
  • B: V, V, V, F, V.
  • C: V, F, F, V, F.
  • D: V, V, V, V, V.

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Marque a alternativa com análise INCORRETA.
  • A: A palavra: "livrescos" enuncia o aumentativo de "livro" e se opõe a livrete.
  • B: Em: ". Neste sentido, adaptar o tipo de mensagem ao contexto é provavelmente a chave para alcançar o objetivo na comunicação". - na primeira oração, temos um verbo de primeira conjugação na forma nominal do infinitivo, seguido de objeto direto e indireto
  • C: O período: "A finalidade de uma mensagem é dar a oportunidade de conhecer algo" - inicia com oração com os termos essenciais explícitos e dispostos em ordem direta.
  • D: No período: "A forma e o fundo são fatores determinantes" - temos exemplo de sujeito composto e concordância verbal e nominal.

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Sobre a composição do (3º§), analise as assertivas:

I.No trecho: "Compreender a mensagem, compreender-se na mensagem, compreender-se pela mensagem" - temos duplo exemplo de próclise.
II.As contrações prepositivas usadas em: "compreender-se na¹ mensagem" e "compreender-se pela² mensagem" - sugerem ideias diferentes: (1) "Fazer parte da mensagem"; (2) "A compreensão ocorre ou então é propiciada através da mensagem".
III.A série numérica da frase nominal: "eis¹ aí² os três propósitos fundamentais da leitura³" - permite identificar: - em (1 e 3) ditongos decrescentes idênticos; em (2) um advérbio de lugar dissílabo oxítono.
IV.Na expressão: "propósitos fundamentais" - temos concordância nominal de polissílabos, sendo o substantivo proparoxítono e adjetivo oxítono.
V.Os monossílabos da série: "na"; "ler"; "mas"; "só"; "de" são todos invariáveis.

Estão corretas, APENAS:
  • A: I, III e V apenas.
  • B: II, IV e V apenas.
  • C: II, III e IV apenas.
  • D: I, II e III apenas.

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

No trecho "Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma - porque nada está normal - e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos"; a palavra destacada em negrito significa:
  • A: teto, proteção e abrigo, como a calha.
  • B: ocorrer ao acaso, por coincidência, espontaneamente, como a ideia de acontecimento.
  • C: enfado, estagnação e impotência, como o conceito de encalhar.
  • D: sofrimento, perecimento e dor, como resistir.

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

Assinale abaixo a alternativa que apresenta apenas advérbios e expressões adverbiais da "Crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia":
  • A: Dos; apesar; Neste ano.
  • B: Em; nunca; para.
  • C: Sempre; mas; em seus últimos anos.
  • D: Pela primeira vez em minha vida; não; a distância.

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

Sobre a progressão textual da temática central da crônica considerada em seus quatro parágrafos, é CORRETO sintetizar que ocorre da seguinte maneira:
  • A: I.éramos; capaz; sentimos.
    II.seria; preferia; desconsiderou.
    III.percebemos; rompeu; talvez.
    IV.vivem; precisam; sei.
  • B: I.pinheiro; camelos; forro.
    II.Neste; naturalmente; restante.
    III.Unidos; dia 24; cônjuges.
    IV.precisam; pergunto; impacto.
  • C: I.passei; marcada; duradouro.
    II.bem-vinda; estoica; telefonemas.
    III.entretanto; talvez; natal.
    IV.espalhadas; oportunidades; perdeu.
  • D: I.família; casa; natal.
    II.pandemia; doença; tragédia.
    III.rompimento; normalidade; suspensão.
    IV.família, núcleo, sociedade.

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

Assinale abaixo a alternativa que apresenta verbo intransitivo:
  • A: "nada está normal".
  • B: "Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais".
  • C: "precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo."
  • D: "o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar".

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

A partir da leitura desta crônica jornalística, assinale abaixo a alternativa que apresenta uma interpretação coerente da mesma:
  • A: A celebração de natal importa muito para a família de Italo, tanto que todos os seus parentes se prontificaram a correr o risco de contaminarem-se para estarem juntos no natal, situação à qual o autor se opôs.
  • B: A celebração de natal é enfadonha e estranha para Italo que, por ser órfão, não gosta de reuniões familiares. Por isso ficou feliz ao constatar que sua família pretende desistir das comemorações de natal.
  • C: A celebração de natal importa muito para Italo, que queria que que ela tivesse ocorrido, embora saiba que nada está em normalidade. Seu temor, contudo, é o de que a família aproveite esse impedimento para torná-lo um costume.
  • D: A celebração de natal é muito importante para a matriarca de 94 anos da família que, extremamente ofendida com o desinteresse dos sobrinhos, netos e demais familiares, desejou ter contraído logo uma doença mortal.

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

A respeito das estratégias de coesão e coerência textual, bem como das regras de concordância verbo-nominal utilizadas na crônica, assinale abaixo a alternativa CORRETA:
  • A: "Nunca fomos religiosos" refere-se a "24 de dezembro".
  • B: "Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo." refere-se a "o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e
  • C: "essa suspensão temporária" refere-se a "tradições estranhas".
  • D: "o restante da família desconsiderou a ideia" refere-se a "disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido".

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Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos – éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos – eu percebi, na voz da matriarca da família – que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma – porque nada está normal – e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021

Considere os dois trechos retirados da crônica:

I."entrega de presentes a distância."
II."passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges."

Considerando que as duas possuem a preposição "a", assinale abaixo a alternativa que explica a acentuação, ou não, das mesmas:
  • A: I.a preposição "a" não possui acento grave porque "distância" não é um verbo, não tendo, portanto, regência.
    II.a preposição "a" possui crase porque a transitividade do verbo "dedicar" é direta e indireta.
  • B: I.a preposição "a" não possui acento grave porque "distância" é um advérbio.
    II.a preposição "a" possui acento grave porque expressa ideia de tempo.
  • C: I.a preposição "a" possui a crase, apenas não possui acento grave porque trata-se de um termogenérico.
    II.a preposição "a" não possui crase, apenas o acento grave para marcar uma entonação fonológica.
  • D: I.a preposição "a" não possui acento grave porque a distância não está especificada.
    II.a preposição "a" possui acento grave porque está acompanhada do artigo definido no feminino plural.

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