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Assinale a frase abaixo que está corretamente pontuada.
  • A: A Internet é uma solução, à procura de um problema.
  • B: Vencer é 90% suor e 40%, técnica.
  • C: Os tempos futuros trarão, muitíssimos, outros inventos.
  • D: Cheguei atrasado e ela, adiantada.
  • E: Os erros, mais curtos, são os melhores.

Assinale a frase que se mostra inteiramente correta em termos de pontuação.
  • A: Há apenas o nariz, entre o riso e a lágrima.
  • B: Pessoas felizes, não acreditam em milagres.
  • C: Se tivesse que fazê-lo, uma vez mais eu o faria.
  • D: O ódio é sempre mais clarividente, e mais engenhoso do que a amizade.
  • E: Não sei quem foi meu avô, estou muito preocupado em saber: qual vai ser o futuro do neto dele.

Na passagem – Mas, apesar das declarações de Putin sobre os laços históricos dos dois países e das juras de Kim por um “relacionamento inquebrantável de companheiros de armas”… (1º parágrafo) –, as aspas estão empregadas com o objetivo de
  • A: destacar as visitas de Putin à Coreia.
  • B: alocar comentário de Vladimir Putin.
  • C: minimizar o impacto do acordo.
  • D: inserir trecho da fala de Kim Jong-un.
  • E: enfatizar a parceria entre as Coreias.

A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo sintético para designar a administração do pensamento e do comportamento humanos. A palavra “cultura” não nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas, observadas e registradas regras de conduta de toda uma população. Só cerca de um século mais tarde, quando os gerentes da cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham passado a ver como criação sua e, seguindo o exemplo de Deus na criação do mundo, com carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma como um tipo regular e “normativamente regulado” de conduta humana diferia de outro, sob outro gerenciamento. A ideia de cultura nasceu com uma declaração de intenções.
O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No limiar da Era Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não problematizado”, como elos preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo inegociável e com o qual não devemos nos imiscuir), indispensáveis, ainda que sórdidos, torpes e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos ao mesmo tempo como maleáveis e terrivelmente carentes de ajustes e melhoras.
O termo “cultura” foi concebido no interior de uma família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”, “criação” — todos significando aperfeiçoamento, seja na prevenção de um prejuízo, seja na interrupção e reversão da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde a semeadura até a colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela educação e pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se humanas — e, nesse processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e armadilhas que elas não seriam capazes de evitar nem poderiam negociar, caso fossem deixadas por sua própria conta), teriam de ser guiadas por outros seres humanos, educados e treinados na arte de educar e treinar seres humanos. O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito moderno crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English Dictionary: “forçar (pessoas, animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso em realizar”. E mais de cem anos antes de outro sintético, de “gerenciamento”, o de “obter sucesso ou sair-se bem”. Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas de uma forma que as pessoas não fariam por conta própria e sem ajuda. Significava redirecionar eventos segundo motivos e desejo próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de eventos) veio a significar a manipulação de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.” mais provável, ou, de preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última instância, “gerenciar” significa limitar a liberdade do gerenciado.

Zygmunt Bauman. Vida líquida. Carlos Alberto Medeiros (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue os itens subsequentes.

A supressão da vírgula empregada no trecho “homens e mulheres, não mais aceitos como ‘um dado não problematizado’” , 2º parágrafo) preservaria o sentido original do texto.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

A frase que apresenta todas as vírgulas corretamente empregadas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:
  • A: A menina que descobriu o chicle, também experimentou, a possibilidade da eternidade.
  • B: São consideradas maravilhosas, aquelas histórias de príncipes e fadas, que vivem eternamente.
  • C: Aproveitou, a textura, o sabor docinho do chicle, e ainda o comparou com o mundo impossível da eternidade.
  • D: Muitas crianças, quando se deparam com o desconhecido, passam a fantasiar sobre ele na tentativa de entendê-lo.
  • E: Quando as crianças sonham, em serem príncipes, princesas e fadas, elas fantasiam sobre viverem felizes para sempre.

A vírgula está empregada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
  • A: A formação de cientistas brasileiros que respeitem as características culturais e étnicas das diferentes regiões do país, deve ser prioridade das universidades públicas
  • B: Com o objetivo de ajudar a entender os desafios atuais da sociedade brasileira, o governo deveria financiar pesquisas na área das ciências humanas e sociais.
  • C: É necessário criar grandes bancos de dados, que sejam municiados pelos estudos científicos para que os biomas brasileiros sejam preservados e contribuam para o crescimento sustentável.
  • D: É preciso criar em todas as áreas do conhecimento, projetos governamentais que possam produzir soluções para os grandes desafios atuais e futuros da sociedade brasileira.
  • E: O Brasil e os países em desenvolvimento, precisam implementar uma agenda que contribua para a preservação e a restauração da fauna e da flora dos ecossistemas nacionais.

Assinale a alternativa em que o acréscimo da vírgula no enunciado está de acordo com a norma-padrão.
  • A: … deve ser moleza, arranjar assunto fresquinho para escrever…
  • B: … os absurdos se sucedem em escala industrial, e os fatos novos são como mariposas…
  • C: …fazendo com que discutamos, sobre mentes doentias e a necessidade que tantos têm…
  • D: O que ainda suspende, a nossa respiração?
  • E: …uma nova Copa começará em que a nossa seleção, terá boa chance de vencer…

Com o avanço das novas tecnologias da informação e comunicação, observa-se na atualidade um processo de migração dos ambientes reais e analógicos para os virtuais e digitais. Inúmeros são os benefícios do oferecimento de produtos e da prestação de serviços no ambiente digital. No entanto, a exposição em rede costuma atrair riscos que, embora invisíveis, apresentam um potencial destrutivo alto: os ciberataques e o seu impacto para as organizações, as empresas e as pessoas envolvidas.

Os ataques cibernéticos podem ter como alvos pessoas, organizações políticas e sociais, empresas públicas e privadas, postos fiscais, tribunais, bases militares, autarquias e ministérios do Estado, variando conforme a motivação que os ensejou: interrupção de sistemas e serviços essenciais, resgate de valores em troca de arquivos criptografados, extração de dados, repercussão política ou até mesmo a lesão física de pessoas.


Gabriel Cemin Petry; Haide Maria Hupffer. O princípio da segurança na era dos ciberataques: uma análise a partir do escopo protetivo da LGPD. In: Revista CNJ, v. 7, n.º 1, jan.-jun./2023, p. 85-86 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item seguinte.

Estaria preservada a correção gramatical do segundo parágrafo caso se inserisse uma vírgula após a palavra “alvos”.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Assinale a alternativa em que o uso da vírgula se justifica pelo mesmo motivo que em “as soluções para a crise são de longo prazo e seus caminhos, complexos”.
  • A: A vida não é um problema a ser resolvido, mas uma realidade a ser experimentada.
  • B: Eles preferem discutir política; nós, esporte.
  • C: Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.
  • D: Em 1988, foi editada a Constituição Federal do Brasil.
  • E: Calmo e tranquilo, caminhou o condenado à forca.

K. parou de falar e olhou para o juiz, que não disse nada. Enquanto o fazia, pensou ter visto o juiz emitir um sinal, com um movimento dos olhos, a alguém na multidão. K. sorriu e disse:
– E agora o juiz, bem a meu lado, está fazendo algum sinal secreto para alguém do meio dos senhores. Parece haver alguém dentre os senhores recebendo instruções de algum superior. Não sei se o sinal é para causar vaias ou aplausos, mas me absterei de tentar adivinhar seu significado cedo demais. Realmente não me importa, e dou ao meritíssimo minha irrestrita e pública permissão para parar de fazer sinais secretos a seu subordinado pago aí embaixo e, em vez disso, dar suas ordens com palavras; que ele diga logo: “Vaiem agora!” e da próxima vez “Aplaudam agora!”.
Com embaraço ou impaciência, o juiz balançava-se para a frente e para trás em seu assento. O homem atrás dele, com quem estivera falando, inclinou-se para a frente novamente, para lhe dar algumas palavras de encorajamento ou algum conselho específico. Abaixo, no salão, as pessoas conversavam em voz baixa, porém animadamente. As duas facções pareceram antes ter opiniões fortemente opostas, mas agora começavam a se misturar; alguns indivíduos apontavam para K., outros para o juiz. O ar da sala estava carregado e extremamente opressivo; os que se sentavam mais para trás mal podiam ser vistos. Devia ser especialmente difícil para os visitantes que estavam na galeria, já que eram forçados a perguntar, em voz baixa, aos participantes da assembleia o que exatamente estava acontecendo, lançando olhares tímidos para o juiz. As respostas que recebiam eram igualmente baixas, dadas por trás da proteção de mãos sobre a boca.
– Quase acabei de dizer tudo o que queria – prosseguiu K. e, já que não havia nenhuma sineta, bateu na mesa com o punho, de uma forma que assustou o juiz e seu conselheiro e os fez parar de olhar um para o outro. – Nada disso tem a ver comigo, e posso, então, fazer uma avaliação calma da situação; presumindo que este suposto tribunal tenha alguma importância, será bastante vantajoso para os senhores ouvir o que tenho a dizer. Se quiserem discutir o que digo, por gentileza, só o façam depois, não tenho tempo a perder e logo irei embora.
Fez-se silêncio imediato, o que mostrava o controle de K. sobre a multidão. Não houve nenhuma exclamação entre as pessoas, como houvera de início; ninguém nem mesmo aplaudiu, mas, se é que já não estavam convencidas, elas pareciam quase estar.
(KAFKA, Franz. O processo. Belo Horizonte/MG. Editora Pé da Letra, 2018. Tradução por Lívia Bono.)
O autor chama o personagem principal, Josef K., por seu sobrenome, “K.”.
Ao longo de todas as vezes em que o personagem é mencionado, é correto afirmar que a disposição de ponto final junto à letra “K” serve para demonstrar:
  • A: Citação.
  • B: Abreviatura.
  • C: Fechamento do período.
  • D: Início de aposto enumerativo.

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