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Observe o texto expositivo a seguir.

Por uma vida mais longa



Terra, novembro/2003

“Qual é a verdadeira extensão da vida humana? Estaremos caminhando para uma vida sem limites? Essas são as questões colocadas na reportagem de capa desta edição de Terra, um detalhado trabalho do jornalista Celso Arnaldo Araújo, duas vezes ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo na área de ciências. As conclusões são impressionantes e evidentes. Com o aprimoramento da medicina, da bioengenharia e da genética, a tendência é que, em meados do século XXI, a expectativa de vida do ser humano ultrapasse os cem anos. E pode ir mais longe.

Se na Idade Média um homem de 30 anos já era um ancião, hoje já se pode pensar que, com alguns cuidados e muita tecnologia, você pode viver muito mais que seus antepassados.

O impacto da longevidade humana será, sem dúvida, um dos temas da agenda do planeta ainda neste século, mas, ainda que isso represente um problema social e previdenciário, não deixa de ser alvissareiro imaginar que o ser humano terá mais tempo para aproveitar sua existência e talvez não seja uma utopia pensar que, diante dessa perspectiva, o homem passe a cuidar melhor da Terra em que viverá por mais tempo.”



Esse texto – que apresenta um futuro artigo da revista – mostra uma falha em sua composição, que pode ser identificada do seguinte modo:
  • A: o tema não aparece suficientemente desenvolvido e apoiado, sendo preciso um acréscimo de alguns parágrafos com as informações necessárias;
  • B: as relações lógicas entre os parágrafos não estão claramente estabelecidas, o que torna necessária a presença de conectores lógicos apropriados;
  • C: o título escolhido não obedece a um princípio básico, que é o de refletir, em poucas palavras, o tema e a finalidade do texto, atrair a atenção do leitor e sugerir o conteúdo da exposição;
  • D: o texto não mostra uma conclusão evidente, levando à necessidade de acrescentarem-se ideias, detalhes ou dados que destaquem o tema, sem repeti-lo com as mesmas palavras;
  • E: algumas palavras ou informações podem ser desconhecidas para os leitores da revista, sendo aconselhável o acréscimo de definições ou explicações ou a substituição de palavras técnicas ou raras por outras mais conhecidas.

“Naquele verão de 2021, o grupo de turistas se aglomerou à porta da Matriz, ao redor do guia, que, naquele momento, lhes passava informações importantes para a adequada visualização daquele monumento. A enorme porta de madeira chamou logo a atenção, mas o interior do templo, com suas imagens barrocas, levou, em seguida, emoção a todos os que têm olhos para ver. Na saída, os comentários reclamavam do pouco tempo de visita a locais tão belos, mas o mês de janeiro estava no fim e o trabalho já se anunciava.”


Esse pequeno texto traz um conjunto de elementos encarregados de situações temporais; sobre esse aspecto, a única afirmação inadequada é:
  • A: há indicações diretas e precisas de localização temporal, como no caso de “o mês de janeiro estava no fim”;
  • B: alguns objetos, como as imagens barrocas, localizam indiretamente a época da Matriz;
  • C: algumas ações podem trazer implicitamente ideia de tempo, como a expressão “Na saída”;
  • D: os termos “logo” e “em seguida” dão indicações de tempo posterior, de forma precisa;
  • E: o termo “naquele momento” tem referência cronológica em função da situação narrada.

Em todos os segmentos abaixo, foram suprimidos os conectores lógicos que faziam ligações entre os segmentos.


A opção em que um conector lógico estabelece uma relação lógica adequada ao contexto, independentemente de modificações na construção, é:
  • A: O viajante não percorreria mais o trajeto de trem, pois os vagões estavam muito cheios / havia, entre os passageiros, rumores de greve; - além de que;
  • B: Esse filme referido aqui foi fantástico e digno de todos os elogios feitos / o começo da trama se desenrolou lentamente; - visto que;
  • C: Em matéria de segurança nas estradas, trata-se mais de educar o público / é preciso criar consciência dos perigos; - portanto;
  • D: Como ser aprovado neste concurso? Estudando muito / estudando metódica e organizadamente; - e assim;
  • E: João não estava presente no recinto. Ele está doente / ele não encontrou o endereço; - ou seja.

Leia o texto abaixo, publicado em jornal algum tempo atrás:

Tecnologia e família

São inegáveis as mudanças positivas que a internet trouxe para a vida de muitas famílias em nosso país e no mundo, como a possibilidade de trabalho e educação a distância e uma intensa vida social.

Creio que o acesso aos recursos da internet nem sempre tem consequências positivas. É frequente ver que os adolescentes e jovens – por estarem diante da tela do computador – invertem perigosamente seus horários, perdem horas de sono e, basicamente, deixam de relacionar-se com amigos e membros da família.

É verdade que a internet é um instrumento que possibilita uma nova forma de relação interpessoal, mas esta é muito diferente da relação íntima, cara a cara, que se dá no âmbito familiar. Por isso, a perda da noção de contacto físico e emocional – que no mundo da rede é substituído pela transmissão e interação virtual – poderia afetar as relações familiares.

O lar é um espaço privilegiado onde rapidamente podemos detectar as consequências do uso abusivo da rede, com claras repercussões no conjunto do entorno familiar. Todos devíamos preparar-nos para o grande desafio do novo milênio, que é o de tentar integrar os incríveis progressos científicos e tecnológicos, aqui representados pela internet, de modo que possam ampliar os limites da experiência humana sem desumanizá-la, mas enriquecendo-a e aprofundando-a.



Sobre o texto acima, é correto afirmar que:
  • A: a tese defendida pelo autor do texto é a de que a internet traz consigo a perda de contato com a realidade;
  • B: o autor utiliza a estratégia argumentativa de exemplificação no primeiro e segundo parágrafos do texto;
  • C: o terceiro parágrafo apresenta uma ideia de concessão positiva para a internet, desacompanhada de qualquer refutação;
  • D: a relação argumentativa de causa/consequência está presente no último período do texto;
  • E: no primeiro período do último parágrafo, o autor do texto apela argumentativamente para um testemunho de autoridade, apoiado na experiência pessoal.

Todas as opções abaixo mostram uma tese, seguida de um argumento; a opção em que o argumento NÃO é adequado à tese é:
  • A: tese: Este sabão em pó é o melhor do mercado / ele retira todas as manchas e obtém uma brancura ímpar;
  • B: tese: O futebol é o melhor esporte de todos / os jogadores formam uma equipe solidária e lutam por uma vitória comum;
  • C: tese: É preciso conservar as florestas / as árvores fornecem madeira, indispensável a construções;
  • D: tese: A prancha à vela é um esporte ideal / ele permite brincar com os elementos naturais, como a água e o vento, sem prejudicá-los;
  • E: tese: É preciso proibir o trânsito de veículos nos grandes centros / é preciso preservar os monumentos que o gás dos escapamentos prejudica para que as gerações futuras possam contemplá-los.

Em uma de suas crônicas, Rubem Braga tece os seguintes comentários sobre o padre Feijó, figura importante de nossa história: “...quanta mediocridade, quanta incoerência! Não era homem excepcional nem pela inteligência nem pela cultura. Não teve, diante dos problemas do Brasil, nenhuma visão mais larga nem penetrante; não nos legou, nem mesmo aos homens do Segundo Império, nenhuma ideia mais alta ou mais justa para levar adiante. Teimoso e limitado, tinha dois ou três projetos que defendeu até a velhice, e nenhum deles de maior mérito”.

Temos aqui o exemplo de um argumento ad hominem, ou seja, uma argumentação crítica contra uma pessoa.

O tipo de argumento ad hominem que é adequado ao texto de Rubem Braga é aquele que:
  • A: repousa sobre uma incoerência ou inconsistência de ordem formal: a incompatibilidade ou a contradição lógica entre diferentes elementos argumentativos;
  • B: consiste em colocar em discussão a posição mantida por uma pessoa em virtude de traços de sua personalidade nas suas relações sociais;
  • C: não procura desacreditar uma ideia em função de um aspecto negativo da pessoa que a formula, mas se prende diretamente a marcas negativas da própria pessoa;
  • D: marca a reprovação de alguém por ter mudado de ideia, mudando de política geral ou de partido político;
  • E: pretende destacar a contradição entre o dizer e o fazer, tendo um comportamento incompatível com o discurso que apresenta.

Observe o seguinte texto, de autoria de um conhecido sociólogo contemporâneo: “A moda satisfaz ao mesmo tempo o desejo de reunião com os outros, e o do isolamento, da diferenciação. O indivíduo na moda se sente diferente, original, e, ao mesmo tempo, objeto da aprovação do maior número de pessoas, que se comportam como ele”.



Sobre os componentes estruturais desse segmento, a afirmação adequada é:
  • A: o desejo de reunião com os outros se explica pela necessidade de ser admirado pelos que mostram comportamento diferente do seu;
  • B: o texto reflete o ponto de vista de um sociólogo porque destaca o pensamento íntimo da pessoa que está na moda;
  • C: a pessoa que está na moda é vista como insegura em suas convicções, pois necessita socialmente da aprovação alheia;
  • D: a característica essencial da moda é a contradição aparente entre o isolamento e a interação;
  • E: a moda é vista, no texto, como algo fútil e de reduzida importância na vida humana.

Observe os dois textos a seguir.

1) “Nossa civilização é uma soma de conhecimentos e de lembranças acumuladas por gerações que nos precederam. Nós não podemos participar dela a não ser entrando em contato com o pensamento dessas gerações.”

2) “Os jovens dificilmente admitem o valor da experiência. A mutação brusca que vivemos, o acontecimento da sociedade científica, desqualifica seriamente, é necessário que se diga, a experiência das gerações precedentes.”



Sobre esses textos, é correto afirmar que:
  • A: segundo o texto 1, a inserção de alguém em um estado civilizatório depende do estudo do pensamento das gerações precedentes, ação distante dos jovens;
  • B: o texto 2 nos diz que o progresso científico faz com que grande parte dos jovens desqualifique o valor da experiência, em função mesmo de esses conhecimentos novos não dependerem dela;
  • C: os textos 1 e 2 se aproximam pelo enfoque de extrema valorização da experiência das gerações passadas, ainda que em aparente oposição;
  • D: o texto 1 valoriza o acúmulo de conhecimentos das gerações antecedentes, mas os coloca acima de nossas possibilidades atuais;
  • E: os textos 1 e 2 se opõem frontalmente, tendo por base o procedimento da juventude diante dos conhecimentos e lembranças das gerações passadas.

Observe o texto descritivo a seguir.

“Entramos vagarosa e silenciosamente pela porta do laboratório às escuras; o cheiro do local era nauseabundo e havia uma substância pegajosa não identificada por todo o chão. Havia tubos de ensaio espalhados, como se os trabalhadores do local tivessem saído às pressas... Pelo amargo de nossas bocas, as expectativas eram as piores possíveis.”

A estratégia empregada nessa descrição é a de:
  • A: descrever detalhadamente, construindo-se da parte para o todo;
  • B: apresentar os elementos da descrição de cima para baixo;
  • C: utilizar todos os sentidos físicos na descrição;
  • D: identificar claramente os componentes do cenário descrito;
  • E: mostrar os elementos de longe para perto.

“A mãe de David fumava durante toda a gravidez, por isso seu filho nasceu fraco e com peso baixo”.

O argumento lógico racional que foi empregado nesse pequeno texto pode ser caracterizado como
  • A: raciocínio por analogia.
  • B: apelo à generalização.
  • C: testemunho de autoridade.
  • D: relação causa/consequência.
  • E: estrutura lógica dedutiva.

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