15/08/2023 07:41 - DECIO TERROR FILHO
Comentário: Para entender o objetivo do texto, é necessário observar o título (o qual traduz a ideia central do texto: o objetivo) e principalmente as perguntas realizadas no primeiro parágrafo:
“Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é uma pergunta sem resposta fácil.”
As perguntas giram em torno de a nova modalidade de pagamento (pix) acabar com as modalidades existentes. No segundo parágrafo, o autor responde que essa é uma pergunta sem resposta fácil e, a partir daí, argumenta a fim de mostrar a importância do pix. Assim, pode-se entender que a reflexão do autor gira em torno do benefício do pix e a sobrevivência do dinheiro em espécie.
Portanto, a alternativa (B) é a correta.
A alternativa (A) está errada, pois o texto não menciona falta de segurança no uso do cartão de crédito. O que foi dito é que há enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários, são os chamados desbancarizados.
A alternativa (C) está errada, pois o texto menciona que o “fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie”. E o texto mostra a mudança como aspecto positivo, e não negativo para a sociedade brasileira: “O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas, em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.”
A alternativa (D) tangencia as ideias do texto, pois, no 3º e 4º parágrafos, realmente há menção aos aspectos da cultura da informalidade no dia a dia da economia brasileira e as dificuldades de acesso à tecnologia:
[...] “Um dos fatores que escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para subsistência. Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.”
Mas esse não é o objetivo do texto. Falar da cultura da informalidade e das dificuldades de acesso à tecnologia são argumentos secundários para provar que o Brasil deve melhorar o acesso à formalidade: “Para que esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.”.
A alternativa (E) tangencia as ideias do texto, mas os argumentos mencionam os impactos da nova modalidade de pagamento (o pix) na economia da população. E não os meios tradicionais de pagamento, como boleto e cartão de crédito.