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Mulheres do cinema brasileiro

A sétima arte nasceu e se desenvolveu tendo a figura masculina em primeiro plano. À mulher foi delegado o papel de coadjuvante à frente e atrás das câmeras, tampouco foi valorizada sua autoria nas narrativas audiovisuais. Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. Documentários e ficções assinados por mulheres têm sido valorizados em câmera lenta tanto nas bilheterias quanto em indicações e premiações em festivais mundo afora. Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina, ainda é preciso haver uma revisão histórica para que o legado das pioneiras do cinema brasileiro seja reconhecido e preservado.
“Nos anos 1930–1940, as mulheres finalmente tornaram- -se diretoras de cinema no Brasil. Cleo de Verberena, Gilda de Abreu e Carmen Santos integram a lista das primeiras cineastas, seguidas por Carla Civelli e Maria Basaglia. A trajetória do cinema feito por mulheres deste período é uma fagulha acesa em 1930, que reacende com força na metade dos anos 1940 e varia de intensidade nos anos 1950”, descreve a pesquisadora Margarida Maria Adamatti, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Enquanto essas e outras pioneiras do cinema brasileiro enfrentam o perigo do esquecimento, uma nova geração lida com outras dificuldades na produção cinematográfica. “Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional, já que elas são minoria nos elencos e produções, desproporcionalmente à sua presença na sociedade brasileira. Para as mulheres negras, a falta de representatividade é ainda mais grave”, aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva, doutora em história social pela Universidade de São Paulo.

(Mulheres do cinema brasileiro. Revista E, junho de 2023)

A respeito da linguagem do texto, é correto afirmar que
  • A: a expressão “em primeiro plano” (1º parágrafo) foi empregada em sentido próprio para indicar uma posição de grande destaque.
  • B: a palavra “autoria” (1º parágrafo) foi empregada em sentido figurado para se referir à participação das mulheres nas obras cinematográficas.
  • C: a expressão “em câmera lenta” (1º parágrafo) foi empregada em sentido figurado para se referir à lentidão do processo de valorização das obras feitas por mulheres.
  • D: a expressão “vagaroso progresso” (1º parágrafo) foi empregada em sentido figurado para indicar uma contradição entre as duas ideias.
  • E: a palavra “fagulha” (2º parágrafo) foi empregada em sentido próprio e significa a partícula incandescente que se desprende de um corpo em brasa.

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Mulheres do cinema brasileiro

A sétima arte nasceu e se desenvolveu tendo a figura masculina em primeiro plano. À mulher foi delegado o papel de coadjuvante à frente e atrás das câmeras, tampouco foi valorizada sua autoria nas narrativas audiovisuais. Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. Documentários e ficções assinados por mulheres têm sido valorizados em câmera lenta tanto nas bilheterias quanto em indicações e premiações em festivais mundo afora. Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina, ainda é preciso haver uma revisão histórica para que o legado das pioneiras do cinema brasileiro seja reconhecido e preservado.
“Nos anos 1930–1940, as mulheres finalmente tornaram- -se diretoras de cinema no Brasil. Cleo de Verberena, Gilda de Abreu e Carmen Santos integram a lista das primeiras cineastas, seguidas por Carla Civelli e Maria Basaglia. A trajetória do cinema feito por mulheres deste período é uma fagulha acesa em 1930, que reacende com força na metade dos anos 1940 e varia de intensidade nos anos 1950”, descreve a pesquisadora Margarida Maria Adamatti, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Enquanto essas e outras pioneiras do cinema brasileiro enfrentam o perigo do esquecimento, uma nova geração lida com outras dificuldades na produção cinematográfica. “Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional, já que elas são minoria nos elencos e produções, desproporcionalmente à sua presença na sociedade brasileira. Para as mulheres negras, a falta de representatividade é ainda mais grave”, aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva, doutora em história social pela Universidade de São Paulo.

(Mulheres do cinema brasileiro. Revista E, junho de 2023)

Considere os trechos.
•  Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina... (1º parágrafo)
•  ... já que elas são minoria nos elencos e produções... (3º parágrafo)

As expressões em destaque introduzem, respectivamente, os sentidos de
  • A: concessão e causa.
  • B: oposição e concessão.
  • C: consequência e explicação.
  • D: causa e comparação.
  • E: condição e explicação.

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Mulheres do cinema brasileiro

A sétima arte nasceu e se desenvolveu tendo a figura masculina em primeiro plano. À mulher foi delegado o papel de coadjuvante à frente e atrás das câmeras, tampouco foi valorizada sua autoria nas narrativas audiovisuais. Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. Documentários e ficções assinados por mulheres têm sido valorizados em câmera lenta tanto nas bilheterias quanto em indicações e premiações em festivais mundo afora. Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina, ainda é preciso haver uma revisão histórica para que o legado das pioneiras do cinema brasileiro seja reconhecido e preservado.
“Nos anos 1930–1940, as mulheres finalmente tornaram- -se diretoras de cinema no Brasil. Cleo de Verberena, Gilda de Abreu e Carmen Santos integram a lista das primeiras cineastas, seguidas por Carla Civelli e Maria Basaglia. A trajetória do cinema feito por mulheres deste período é uma fagulha acesa em 1930, que reacende com força na metade dos anos 1940 e varia de intensidade nos anos 1950”, descreve a pesquisadora Margarida Maria Adamatti, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Enquanto essas e outras pioneiras do cinema brasileiro enfrentam o perigo do esquecimento, uma nova geração lida com outras dificuldades na produção cinematográfica. “Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional, já que elas são minoria nos elencos e produções, desproporcionalmente à sua presença na sociedade brasileira. Para as mulheres negras, a falta de representatividade é ainda mais grave”, aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva, doutora em história social pela Universidade de São Paulo.

(Mulheres do cinema brasileiro. Revista E, junho de 2023)

Considere o trecho.
•  Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro (...): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. (1º parágrafo)
O trecho foi reescrito em conformidade com a norma-padrão e sem prejuízo do sentido original na alternativa:
  • A: Apesar de terem havido avanços nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro (...): apenas 20% e 25% deste grupo ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente.
  • B: Embora avanços nas últimas décadas sejam observados, ainda há poucas mulheres representadas no cinema brasileiro (...): apenas 20% e 25% delas ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente.
  • C: Caso tenham ocorrido avanços nas últimas décadas, as mulheres seguem sendo poucas no cinema brasileiro (...): apenas 20% e 25% ocupa cargos de direção e roteiro, respectivamente.
  • D: Mesmo que avanços tenham se dado nas últimas décadas, as mulheres no cinema brasileiro reduz-se a um pequeno grupo (...): apenas 20% e 25% dele ocupa cargos de direção e roteiro, respectivamente.
  • E: À medida que avanços tenham sido testemunhados nas últimas décadas, continua havendo pouca representatividade das mulheres no cinema brasileiro (...): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente.

Mulheres do cinema brasileiro

A sétima arte nasceu e se desenvolveu tendo a figura masculina em primeiro plano. À mulher foi delegado o papel de coadjuvante à frente e atrás das câmeras, tampouco foi valorizada sua autoria nas narrativas audiovisuais. Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas, as mulheres ainda apresentam baixa representatividade no cinema brasileiro, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine): apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro, respectivamente. Documentários e ficções assinados por mulheres têm sido valorizados em câmera lenta tanto nas bilheterias quanto em indicações e premiações em festivais mundo afora. Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina, ainda é preciso haver uma revisão histórica para que o legado das pioneiras do cinema brasileiro seja reconhecido e preservado.
“Nos anos 1930–1940, as mulheres finalmente tornaram- -se diretoras de cinema no Brasil. Cleo de Verberena, Gilda de Abreu e Carmen Santos integram a lista das primeiras cineastas, seguidas por Carla Civelli e Maria Basaglia. A trajetória do cinema feito por mulheres deste período é uma fagulha acesa em 1930, que reacende com força na metade dos anos 1940 e varia de intensidade nos anos 1950”, descreve a pesquisadora Margarida Maria Adamatti, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Enquanto essas e outras pioneiras do cinema brasileiro enfrentam o perigo do esquecimento, uma nova geração lida com outras dificuldades na produção cinematográfica. “Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional, já que elas são minoria nos elencos e produções, desproporcionalmente à sua presença na sociedade brasileira. Para as mulheres negras, a falta de representatividade é ainda mais grave”, aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva, doutora em história social pela Universidade de São Paulo.

(Mulheres do cinema brasileiro. Revista E, junho de 2023)

Assinale a alternativa em que a vírgula foi omitida em relação ao trecho original, sem prejuízo da norma-padrão.
  • A: Ainda que avanços tenham ocorrido nas últimas décadas as mulheres ainda apresentam baixa representatividade... (1º parágrafo)
  • B: ... apenas 20% e 25% ocupam cargos de direção e roteiro respectivamente. (1º parágrafo)
  • C: Apesar do vagaroso progresso de representatividade feminina ainda é preciso haver uma revisão histórica... (1º parágrafo)
  • D: Ainda hoje falta representatividade para as mulheres no cinema nacional já que elas são minoria nos elencos e produções... (3º parágrafo)
  • E: ... aponta a pesquisadora Carolinne Mendes da Silva doutora em história social pela Universidade de São Paulo. (3º parágrafo)

Leia o texto para responder à questão.


Na linha varonil da minha família paterna essa guarda de tradições foi suspensa devido à sucessão de três gerações de morredores! A de meu Pai, que desapareceu aos 35 anos. A do seu pai, falecido aos 37. Meu bisavô, não sei com que idade morreu. Cedo, decerto, pois meu avô foi criado de menino por uma de suas avós ou tias-avós. É assim que cada uma dessas gerações ficou sabendo pouco das anteriores e não teve tempo de transmitir esse pouco às sucedentes. Por essa razão, também quase nada sei de meu avô paterno. O que se transmitiu até meu pai e suas irmãs é que sua origem era italiana e que vinha de um certo Francisco Nava, que teria aportado ao Brasil no fim do século XVIII ou princípio do XIX. Ignoram-se seu nível social, as razões por que veio da Itália e que ponto do Brasil ele viu primeiro do paravante de seu veleiro. Onde desembarcou, onde se fixou, que ofício adotou? – tudo mistério. Como era, quem era, que era? Seria um revolucionário, um maçom, um liberal, um carbonário, um fugitivo? Onde e com quem se casou? Nada se sabe. Dele só ficou o apelido. Essa coisa mística, evocativa, mágica e memorativa que o tira do nada porque ele era Francisco de seu nome; essa coisa ritual, associativa, gregária, racial e cultural que o envulta porque ele era Nava de seu sobrenome. O nomeado, porque o é, existe. Servo do Senhor, pode-se pedir por ele na missa dos mortos.

(Pedro Nava. Baú de Ossos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

O autor do texto apresenta informações sobre sua família, que nos permitem afirmar que
  • A: ele não conheceu o próprio pai, motivo pelo qual não pôde lhe perguntar sobre seus antepassados.
  • B: as mulheres costumam viver mais do que os homens e, portanto, elas foram responsáveis por dar os detalhes da história de seu avô paterno.
  • C: os seus antepassados do sexo masculino morreram todos antes dos 40 anos e, por isso, nada se sabe sobre suas origens.
  • D: a interrupção na preservação das tradições se deve à morte precoce de membros que poderiam transmiti-las.
  • E: as mulheres ficaram responsáveis por criar as crianças e, por isso, não puderam cuidar das tradições.

Leia o texto para responder à questão.


Na linha varonil da minha família paterna essa guarda de tradições foi suspensa devido à sucessão de três gerações de morredores! A de meu Pai, que desapareceu aos 35 anos. A do seu pai, falecido aos 37. Meu bisavô, não sei com que idade morreu. Cedo, decerto, pois meu avô foi criado de menino por uma de suas avós ou tias-avós. É assim que cada uma dessas gerações ficou sabendo pouco das anteriores e não teve tempo de transmitir esse pouco às sucedentes. Por essa razão, também quase nada sei de meu avô paterno. O que se transmitiu até meu pai e suas irmãs é que sua origem era italiana e que vinha de um certo Francisco Nava, que teria aportado ao Brasil no fim do século XVIII ou princípio do XIX. Ignoram-se seu nível social, as razões por que veio da Itália e que ponto do Brasil ele viu primeiro do paravante de seu veleiro. Onde desembarcou, onde se fixou, que ofício adotou? – tudo mistério. Como era, quem era, que era? Seria um revolucionário, um maçom, um liberal, um carbonário, um fugitivo? Onde e com quem se casou? Nada se sabe. Dele só ficou o apelido. Essa coisa mística, evocativa, mágica e memorativa que o tira do nada porque ele era Francisco de seu nome; essa coisa ritual, associativa, gregária, racial e cultural que o envulta porque ele era Nava de seu sobrenome. O nomeado, porque o é, existe. Servo do Senhor, pode-se pedir por ele na missa dos mortos.

(Pedro Nava. Baú de Ossos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

A respeito de Francisco Nava, pode-se afirmar corretamente que
  • A: sua história é envolta por informações incógnitas para seu descendente, que o demonstra no texto ao fazer diversos questionamentos.
  • B: é o patriarca de uma família que pretende, por meio de seu sobrenome, recuperar suas memórias em sua terra natal.
  • C: veio ao Brasil casado com alguém que, assim como o narrador, pouco conhecia sobre suas origens e pretensões no país.
  • D: ocultou de todos os traços de sua personalidade e preferências partidárias para que não soubessem de sua vida pregressa na Itália.
  • E: revelava uma religiosidade pouco comum à sua época e que acabou sendo uma de suas poucas características conhecidas.

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho original, mantendo-se a correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa:
  • A: O que transmitiu-se até meu pai e suas irmãs é que sua origem era italiana…
  • B: Se ignoram seu nível social, as razões por que veio da Itália…
  • C: Onde desembarcou, onde fixou-se, que ofício adotou?
  • D: Nada sabe-se.
  • E: Servo do Senhor, pode pedir-se por ele na missa dos mortos.

Em “... um certo Francisco Nava que teria aportado ao Brasil...” a forma verbal em destaque expressa
  • A: incerteza sobre a ação que é narrada.
  • B: duração de uma ação que se prolonga no tempo.
  • C: surpresa diante de um fato desconhecido do passado.
  • D: expectativa do autor sobre um acontecimento passado.
  • E: possibilidade que pode se tornar real no futuro.

Considere a frase.
•  Na linha varonil da minha família paterna essa guarda de tradições foi suspensa devido à sucessão de três gerações de morredores!

Assinale a alternativa cuja afirmação está em conformidade com a norma-padrão da língua.
  • A: A expressão “devido à” poderia ser substituída por “graças a”, sem a ocorrência de crase.
  • B: O trecho “devido à sucessão de três gerações” poderia ser substituído por “devido a três gerações consecutivas”.
  • C: O trecho “essa guarda de tradições foi suspensa” poderia ser reescrito como “essa guarda de tradições foi suspendida”.
  • D: A ocorrência de crase em “devido à sucessão” é opcional, visto que o termo “devido” não exige preposição.
  • E: Caso se inclua o termo “uma” antes de “sucessão”, a crase se mantém por se tratar de uma palavra feminina.

Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a expressão.
  • A: suspender a guarda (suspende-a)
  • B: cria o menino (cria-o)
  • C: transmitir às sucedentes (transmitir-las)
  • D: ignoram o nível social (ignoram-o)
  • E: ser um revolucionário (ser-lo)

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