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  Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.
      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.
      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.
      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)




Leia os trechos:
• ... um dos expoentes do modernismo nacional... (1° parágrafo);
• ... e a conclusão é inequívoca... (3° parágrafo);
• ... num Brasil tão carente de notícias positivas... (3° parágrafo);
• ... a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social... (4°parágrafo).
Nos enunciados, os termos em destaque significam, correta e respectivamente,

  • A: modelo; explícita; falho; falaciosa.
  • B: representantes ilustres; manifesta; necessitado; plena.
  • C: responsáveis; evidente; despossuído; ineficaz.
  • D: nomes de peso; imperceptível; farto; absoluta.
  • E: símbolos; ambígua; esperançoso; relativa.



Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.
      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.
      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.
      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)




Observe as passagens:
• ... a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários... (1° parágrafo);
• ... com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres... (2° parágrafo);
• As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho... (4° parágrafo);
• O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias... (4° parágrafo).
Nas passagens transcritas, emprega-se a vírgula, correta e respectivamente, para:

  • A: separar aposto explicativo; indicar uma enumeração; expandir uma informação; dar ênfase ao advérbio.
  • B: separar vocativo; indicar uma enumeração; fazer uma correção; separar advérbio deslocado.
  • C: separar um comentário; separar termos coordenados; separar termos em ordem inversa; separar o sujeito do predicado.
  • D: separar aposto explicativo; marcar uma gradação; separar aposto explicativo; separar advérbio deslocado.
  • E: separar um comentário; separar termos coordenados; separar vocativo; dar ênfase a pronome deslocado.



Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.
      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.
      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.
      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)



No trecho –... segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão... (3° parágrafo) –, os verbos em destaque exprimem ideia de
  • A: situação com grandes chances de comprometer o ensino universitário, em razão da implementação das cotas.
  • B: fato que poderá acontecer com o ensino universitário brevemente, caso seja mantida a política de cotas.
  • C: algo que efetivamente aconteceu no ensino universitário, tão logo se implementou a política das cotas.
  • D: situação que poderia levar à supressão das cotas, caso se concretizassem prejuízos ao ensino universitário.
  • E: probabilidade de se vencerem as dificuldades no acesso ao ensino superior, ainda pouco garantido com as cotas.



  Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.
      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.
      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.
      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)



Assinale a alternativa em que o termo em destaque está empregado em sentido figurado.
  • A: ... a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura...
  • B: A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais...
  • C: ... com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres...
  • D: É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.
  • E: ... é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução.

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
  • A: O acesso às universidades podem ser um caminho para uma vida melhor.
  • B: Com as cotas, garantiram-se vagas a negros, pardos, índios e pobres nas universidades.
  • C: Houveram muitos mitos quando se cogitaram a implementação das cotas.
  • D: Já fazem quinze anos que as cotas nas universidades vem sendo implementadas.
  • E: As cotas, implementadas no país nos últimos quinze anos, é um feito a comemorar.


É correto afirmar que a charge
  • A: traz implícita uma crítica ao descaso das pessoas com o meio ambiente.
  • B: deixa claro que não basta às pessoas cuidar da praia: é preciso cantar.
  • C: sugere que o mar leva o lixo para a praia, apesar dos cuidados das comunidades.
  • D: representa, com a música de Caymmi, a importância do mar para a humanidade.
  • E: critica, com bom humor, a preocupação excessiva das pessoas com a natureza.


No contexto em que está empregado, o verbo quebrar significa
  • A: dissipar.
  • B: volver
  • C: rebentar.
  • D: jorrar.
  • E: apontar.



Observe as manchetes, retiradas e adaptadas do site do jornal A Tarde (Salvador, 20.09.2017):

• Trump vai ________ ONU e ameaça “destruir” Coreia do Norte.

• Apresentador é condenado _______ devolver salários ______ emissora.

• Líder quilombola é morto ______ tiros em Simões Filho.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

  • A: à ... a ... a ... à
  • B: a ... à ... a ... a
  • C: à ... à ... à ... a
  • D: a ... a ... à ... à
  • E: à ... a ... à ... a



                             Ao mar
      Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David...
      O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea* Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros.
      – A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu!
      E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu?
      Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: “Mar, animal rumorejante!” Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou.
      À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu?
      – Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.
      Joel viajava ao largo; perto da África.
                                             (Moacyr Scliar, Os melhores contos. Adaptado)
* lugar, no topo dos mastros de embarcações antigas, de onde um marinheiro perscrutava o horizonte, para avistar terra



No conto, narra-se
  • A: a longa travessia de Joel pelo mar, até chegar à África, onde relembra seus valores ancestrais, sendo que a passagem – Os nativos viam-no passar... – mostra a sua relação com os povos que povoam a sua imaginação.
  • B: a separação de Joel e sua família, quando ele decide ir em busca de suas origens que estão além-mar, sendo que a passagem – ... disse adeus à mãe... – exemplifica essa ruptura que representa para ambos um mal necessário.
  • C: o devaneio de Joel, que se enfeitiça ao entoar os cânticos ancestrais e sai a navegar sem rumo pelo mar, sendo que a passagem – E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu? – sugere a inexistência real dos monstros.
  • D: a brincadeira de Joel, que simula uma viagem pelos mares com tempestade e monstros a serem enfrentados, sendo que a passagem – Joel vestiu-se rapidamente... – denota o seu desejo de logo aproveitar o novo cenário que se formou.
  • E: o receio de Joel em atravessar o mar, que se contrapunha à sua íntima vontade de viver sob perigo, sendo que a passagem – ... e rostos escuros, monstros soturnos. – comprova a ideia de que ele objetiva derrotar esses monstros.



 Ao mar
      Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David...
      O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea* Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros.
      – A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu!
      E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu?
      Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: “Mar, animal rumorejante!” Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou.
      À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu?
      – Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.
      Joel viajava ao largo; perto da África.
                                             (Moacyr Scliar, Os melhores contos. Adaptado)
* lugar, no topo dos mastros de embarcações antigas, de onde um marinheiro perscrutava o horizonte, para avistar terra



Há quebra na narrativa quando a situação é alterada, como acontece na passagem – ... disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. – Outro momento no texto em que isso ocorre é:
  • A: As noites se sucediam, estreladas.
  • B: – A la mar! A la mar! – gritava Joel...
  • C: ... e ficava a contemplar as ilhas.
  • D: Joel remava afanosamente...
  • E: – Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.

Exibindo de 19951 até 19960 de 24771 questões.