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Conforme explica Peirano, o objetivo dos aplicativos não é facilitar a vida das pessoas, eles não foram projetados para isso. A relação semântica implícita, estabelecida entre as duas orações destacadas, torna-se explícita com a inserção, depois da vírgula, do conectivo:
  • A: Mas.
  • B: Porque.
  • C: Embora.
  • D: Por isso.



Considerando a substituição do segmento de texto grifado pelo o que está entre parênteses, o verbo que deverá permanecer no singular está em:
  • A:O preço de qualquer coisa é a quantidade de vida que você oferece em troca [...]” (o valor que se atribui as coisas)
  • B:A lógica deste mecanismo faz com que você continue tentando, para entender o padrão.” (a organização e o planejamento de funcionamento)
  • C: “[...] tudo isso exige uma dedicação, já que há satisfação, só que não imediata.” (brincar com seu filho, passar tempo com seu parceiro, ir para a natureza ou terminar um trabalho)
  • D:O cotidiano digital descrito pela jornalista espanhola Marta Peirano, autora do livro El enemigo conoce el sistema (O inimigo conhece o sistema, em tradução livre), esconde na verdade algo nada trivial: […]

O referente indicado entre parênteses para a palavra destacada está INCORRETO em:
  • A: “E eles querem que você os use pelo maior tempo possível [...]” (aplicativos)
  • B: “Então eles chamarão 50 gênios para resolver isso […].” (o ponto de desconexão)
  • C: “Existem consultores no mundo que vão às empresas para explicar como provocá-la.” (a dependência)
  • D: “O vício é gerado pelo aplicativo e, quando você o entende, começa a vê-lo de maneira diferente.” (o vício)



I. “Seu livro narra desde o início libertário da revolução digital até seu caminho para uma ‘ditadura em potencial’, que para ela avança aos trancos e barrancos [...]”
II. “[...] não é viciado em seus amigos ou nos seus filhos maravilhosos cujas fotos são postadas, você é viciado em Instagram.”

Sobre os períodos destacados em I e II, marque V para as afirmativas verdadeiras e F paras as falsas.

( ) Em II, a palavra “cujas”, além de estabelecer coesão referencial, explicita uma relação de posse.
( ) Em I e II há pronome relativo responsável por introduzir oração com valor semântico de adjetivo.
( ) Em I, a expressão “que” pode ser substituída por “as quais”, sem que haja prejuízo sintático-semântico.
( ) Em I, “que” refere-se e concorda com “revolução digital”; em II, “cujas” refere-se e concorda com “amigos e filhos”.

A sequência está correta em
  • A: V, V, F, F.
  • B: F, V, V, F.
  • C: V, F, F, V.
  • D: V, V, V, F.



I. Em “Pode ser uma TV inteligente, um celular no bolso, uma caixinha de som de última geração, uma assinatura da Netflix ou da Apple.”, as vírgulas foram usadas para separar os elementos que compõem o predicativo, ou seja, um dos termos da oração.
II. Em “E, na psicologia do condicionamento, há o condicionamento de intervalo variável, no qual você não sabe o que vai acontecer.”, a vírgula que antecede a expressão “no qual” foi usada para sinalizar a introdução de uma informação de natureza explicativa.
III. Em “Você não é viciado em notícias, é viciado em Twitter; não é viciado em decoração de interiores, é viciado em Pinterest; [...]”, o ponto-e-vírgula foi empregado apenas como recurso estilístico, porque pode ser substituído pela vírgula, sem que haja prejuízo sintático.

Está correto o que se afirma em
  • A: I, II e III.
  • B: I e II, apenas.
  • C: I e III, apenas.
  • D: II e III, apenas.

O artigo é uma das classes de palavras variáveis que concorda, em gênero e em número, com o substantivo que o acompanha. Todas as palavras destacadas são artigos em:
  • A: “E eles querem que você os use pelo maior tempo possível, porque é assim que você gera dados que os fazem ganhar dinheiro.”
  • B: “A Netflix tem muitos recursos para garantir que, em vez de assistir a um capítulo por semana [...] você veja toda a temporada em uma maratona.”
  • C: “Nesse ciclo, os poderosos do sistema enriquecem e contam com os melhores cérebros do mundo trabalhando para aumentar os lucros enquanto entregamos tudo a eles.”
  • D: “Todos os aplicativos existentes são baseados no design mais viciante de que se tem notícia, uma espécie de caça-níquel que faz o sistema produzir o maior número possível de pequenos eventos inesperados no menor tempo possível.”



O objetivo dessa entrevista é:
  • A: Construir o perfil de uma pessoa pública, no caso, da jornalista espanhola Marta Peirano.
  • B: Obter o depoimento da jornalista Marta Peirano sobre o uso da tecnologia como ferramenta de trabalho.
  • C: Promover uma discussão em torno de um tema transversal por meio da exposição da opinião de uma especialista.
  • D: Expor as mudanças na prática do jornalismo investigativo em função das novas ferramentas tecnológicas, desenvolvidas para examinar e observar minunciosamente os acontecimentos.



Marta Peirano defende que as pessoas se tornam dependentes dos aplicativos que usam por que:
  • A: Elas têm a necessidade de expor publicamente suas vidas privadas.
  • B: Essas ferramentas tecnológicas são projetadas com base em teorias científicas comprovadas de condicionamento.
  • C: A vida passa a ser mais simples com o auxílio dessas ferramentas tecnológicas, já que elas facilitam a interação entre as pessoas.
  • D: O conteúdo dos aplicativos é viciante e eles conseguem atender a necessidades individuais, como, por exemplo, se informar ou interagir com outras pessoas.

O verbo destacado deve sua flexão à palavra sublinhada em:
  • A: “O rato ativa a alavanca obsessivamente, a comida saindo ou não.”
  • B: “A lógica deste mecanismo faz com que você continue tentando, [...].”
  • C: “[…] um encontro de escritores e pensadores que aconteceu na cidade colombiana […].”
  • D: “A economia da atenção, ou o capitalismo de vigilância, ganha dinheiro chamando nossa atenção.”



“A Netflix tem muitos recursos para garantir que, em vez de assistir a um capítulo por semana, como fazíamos antes, você veja toda a temporada em uma maratona. Seu próprio sistema de vigilância sabe quanto tempo passamos assistindo, quando paramos para ir ao banheiro ou jantar, a quantos episódios somos capazes de assistir antes de adormecer.” As palavras grifadas têm, respectivamente, os mesmos sentidos de:
  • A: almejar / cautela
  • B: anelar / precaução
  • C: ansiar / observação
  • D: assegurar / espreita

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