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    POR QUE VOCÊ TAMBÉM DEVE IR AO CINEMA (E A OUTROS PROGRAMAS) SOZINHO
     Não tenha medo da solidão
      Você costuma ir ao cinema sozinho? E a shows? Que tal um jantar em um restaurante – mas #foreveralone? Existem aqueles que responderiam sim, sem hesitar. Agora há outras pessoas que entram em pânico só de pensar em se sentar em meio a gente que, ao contrário delas, estão acompanhadas.

Mas uma pesquisa publicada no Journal of Consumer Research sugere que todas essas pessoas que acham que se sentiriam constrangidas jantando ou indo ao cinema sozinhas podem estar erradas. Estaríamos simplesmente perdendo a oportunidade de fazer uma atividade legal por medo.

A pesquisa, feita por cientistas das universidades de Maryland e Georgetown, reuniu dados em cinco experimentos. Quatro deles foram questionários em que voluntários deveriam responder se preferiam fazer determinadas atividades sozinhos ou em grupos e o quinto foi uma tentativa real de tirar as pessoas de sua zona de conforto.

Os resultados mostraram que pessoas preferem fazer atividades práticas sozinhas e atividades hedônicas (as voltadas ao prazer e à diversão) acompanhadas. O motivo, quase unanimidade, é o medo de que outras pessoas achem, ao ver alguém sozinho no cinema, por exemplo, que essa pessoa não tem amigos para acompanhá-la.

Mas a boa notícia (além do fato de que essa preocupação não tem nada a ver) é que existem formas de fazer as pessoas se sentirem mais confortáveis ao realizar uma atividade hedônica sozinhas. A pesquisa apontou que pessoas se sentiam menos desconfortáveis em estar sozinhas em um café, por exemplo, se estivessem lendo um livro – o que dá a ilusão de um propósito a elas.

Isso soa bobo, convenhamos, até para quem tem medo de ser visto sozinho. Afinal, por que outra pessoa se importaria com alguém sem companhia em um café/jantar/cinema? E por que o livro ou o jornal ou a revista [...] magicamente protegeria desse julgamento? [...] Então na última parte da pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor esse mecanismo. Estudantes foram separados em pequenos grupos, ou sozinhos, e foram encarregados de visitar uma galeria de arte por 10 minutos.

Os participantes deveriam dizer, antes, o quanto achavam que se divertiriam e, depois da visita, dar uma nota para a experiência. Como esperado, pessoas que estavam sozinhas disseram ter expectativas menores para a visita, mas o resultado final foi bem diferente das previsões. Tanto as pessoas em grupo quanto as desacompanhadas tiveram experiências similares na galeria, mostrando que, apesar das expectativas baixas, é possível, sim, se divertir sozinho.

Agora os cientistas querem analisar a recepção de pessoas que veem outras sozinhas. Será que o julgamento realmente acontece?

De qualquer forma, os pesquisadores acham importante ressaltar que esse medo de “parecer sem amigos” deve ser superado mesmo por quem realmente tem poucos amigos. Afinal, sair é uma forma de conhecer pessoas – e de não entrar em um ciclo vicioso de não sair por não ter amigos e não fazer amigos por não sair de casa.

Adaptado de:<http://revistagalileu.globo.com/Life-Hacks/noticia/2015/07/por-que-voce-tambem-deve-ir-ao-cinema-e-outros-programas-sozinho.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_ campaign=post>. Acesso em: 17 out. 2016.




No que se refere aos recursos coesivos presentes no texto, assinale a alternativa correta. 

  • A: No excerto “Quatro deles foram questionários em que voluntários deveriam responder se preferiam fazer determinadas atividades sozinhos ou em grupos [...], o termo em destaque se refere a “experimentos” e pode ser substituído pela expressão “desses experi
  • B: Em “[...] (além do fato de que essa preocupação não tem nada a ver) [...]”, a expressão em destaque refere-se ao medo que as pessoas têm de sair sozinhas.
  • C: No trecho “[...] dar uma nota para a experiência.”, a expressão em destaque foi utilizada para se referir à visita que os participantes da pesquisa fizeram, sozinhos ou acompanhados, à galeria de arte.
  • D: No excerto “Então na última parte da pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor esse mecanismo.”, a expressão em destaque foi utilizada para antecipar uma informação que ainda não apareceu no texto.
  • E: Em “[...] magicamente protegeria desse julgamento?” a expressão em destaque refere-se ao medo que as pessoas têm de sair sozinhas.

A substituição do termo destacado pelo pronome oblíquo adequado está de acordo com a norma-padrão em:
  • A: “Arranje uma dessas listas” (l 32-33) – Arranje-lhes
  • B: “fica aqui um convite” (l 31-32) – fica-o aqui
  • C: “listando as cem coisas” (l 1) – Listando-as
  • D: “Eu prefiro encarar a morte” (l 6-7) – Encarar-lhe
  • E: “Falta muito ainda” (l15) – Falta-o ainda


Substituindo-se o complemento verbal destacado pelo pronome oblíquo correspondente, observa-se um caso de próclise obrigatória em:
  • A: “aquelas que acolheram os princípios do Estado Democrático de Direito” (l. 8-9)
  • B: “Em 2008, escrevi um artigo para celebrar os 60 anos da declaração” (l. 24-25)
  • C: “fabricam os espaços da literatura, do econômico, do político” (l. 54-55)
  • D: “A vigilância deve adquirir aquela solidez própria da turba enfurecida” (l. 73-74)
  • E: “Mas as transformações econômicas das sociedades modernas suscitaram o bloqueio” (l. 84-85)

Em relação aos pronomes destacados em “[...] a Assembleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão de ‘monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania’ – melhor seria destruí-los.” e em “Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?”, é correto afirmar que
  • A: ambos estão em posição proclítica.
  • B: ambos referenciam o objeto direto do verbo ao qual se anexam
  • C: poderiam ser substituídos, respectivamente, por lhes e lhe.
  • D: ambos referenciam o objeto indireto do verbo ao qual se anexam.
  • E: ambos poderiam ser retirados do texto sem prejuízos sintáticos e para a compreensão deste

No que se refere aos recursos coesivos presentes no texto, assinale a alternativa correta.
  • A: No excerto “Quatro deles foram questionários em que voluntários deveriam responder se preferiam fazer determinadas atividades sozinhos ou em grupos [...], o termo em destaque se refere a “experimentos” e pode ser substituído pela expressão “desses experi
  • B: Em “[...] (além do fato de que essa preocupação não tem nada a ver) [...]”, a expressão em destaque refere-se ao medo que as pessoas têm de sair sozinhas.
  • C: No trecho “[...] dar uma nota para a experiência.”, a expressão em destaque foi utilizada para se referir à visita que os participantes da pesquisa fizeram, sozinhos ou acompanhados, à galeria de arte.
  • D: No excerto “Então na última parte da pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor esse mecanismo.”, a expressão em destaque foi utilizada para antecipar uma informação que ainda não apareceu no texto.
  • E: Em “[...] magicamente protegeria desse julgamento?” a expressão em destaque refere-se ao medo que as pessoas têm de sair sozinhas.

Em relação às afirmações apresentadas a seguir, considerando para tanto a leitura do texto, assinale apenas a alternativa completamente correta.
  • A: No excerto “Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial.”, a expressão “naquela época” se refere à fase em que o autor do texto lia as notícias no feed do Facebook.
  • B: No excerto “Eles estão mais na imprensa tradicional [...]”, o pronome “eles” poderia ser substituído, sem prejuízos para o sentido expresso no texto, por “Os leitores”
  • C: No excerto “[...] somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele.”, o termo “nele” se refere a “jornal”.
  • D: No excerto “Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos [...]”, a expressão “nesses segundos jornais” se refere ao segundo jornal que o autor do texto lia diariamente, durante a sua juventude, juntamente com a leitura do “L’Unità”.
  • E: No excerto “Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude [...]”, a expressão “essa vontade” se refere à vontade que o autor tinha, na juventude, de se manter imparcialmente bem informado.

Referente ao trecho “Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha.”, é correto afirmar que
  • A: a palavra “surpreendo” possui tanto encontro consonantal quanto dígrafo e “profetas” está flexionada no feminino plural.
  • B: a palavra “mesmo” é invariável e tanto a palavra “apocalipse” quanto a palavra “profetas” possuem dígrafo
  • C: a expressão “em geral” pode ser substituída, sem prejuízo de valor para a compreensão do texto, pela palavra “geralmente” e as palavras “chatérrimos” e “líquido” têm acentuação justificada pela mesma regra.
  • D: o verbo “acho” é transitivo direto e o verbo “surpreendo” está na forma nominal do particípio passado.
  • E: tanto a expressão “me surpreendo” como a expressão “se torne” são reflexivas, ou seja, o sujeito pratica e, ao mesmo tempo, sofre a ação e o sujeito do verbo “estão” é “chatérrimos”.

SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                  Contardo Calligaris

Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal.

Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava.

Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalli-garis/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibili-dade-de-pensar.shtml




Em relação às afirmações apresentadas a seguir, considerando para tanto a leitura do texto, assinale apenas a alternativa completamente correta.

  • A: No excerto “Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial.”, a expressão “naquela época” se refere à fase em que o autor do texto lia as notícias no feed do Facebook.
  • B: No excerto “Eles estão mais na imprensa tradicional [...]”, o pronome “eles” poderia ser substituído, sem prejuízos para o sentido expresso no texto, por “Os leitores”.
  • C: No excerto “[...] somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele.”, o termo “nele” se refere a “jornal”.
  • D: No excerto “Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos [...]”, a expressão “nesses segundos jornais” se refere ao segundo jornal que o autor do texto lia diariamente, durante a sua juventude, juntamente com a leitura do “L’Unità”.
  • E: No excerto “Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude [...]”, a expressão “essa vontade” se refere à vontade que o autor tinha, na juventude, de se manter imparcialmente bem informado


Em relação aos pronomes destacados em “[...] a Assembleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão de ‘monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania’ – melhor seria destruí-los.” e em “Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?”, é correto afirmar que





  • A: ambos estão em posição proclítica.
  • B: ambos referenciam o objeto direto do verbo ao qual se anexam.
  • C: poderiam ser substituídos, respectivamente, por lhes e lhe.
  • D: ambos referenciam o objeto indireto do verbo ao qual se anexam.
  • E: ambos poderiam ser retirados do texto sem prejuízos sintáticos e para a compreensão deste.

A expressão “Essa proximidade com Hitler [...]” e o advérbio destacado no trecho “A cada vez que volto para  [...]” referem-se, respectivamente,
  • A: ao fato de o autor do texto compartilhar o gosto pela obra “A ilha dos mortos”, do pintor Arnold Böcklin, com Hitler e à Accademia em Veneza.
  • B: ao fato de o autor do texto gostar das aquarelas que foram pintadas por Hitler, uma vez que elas evocam um sentimento trágico, e ao Museu do Louvre.
  • C: ao fato de Hitler e Freud compartilharem o gosto pela obra “A ilha dos mortos”, do pintor Arnold Böcklin, uma vez que o primeiro tinha em sua coleção particular uma versão do quadro e o segundo chegou a sonhar com ele e àAccademia em Veneza.
  • D: ao fato de o autor do texto, assim como Freud, também sonhar com a obra “A ilha dos mortos”, do pintor Arnold Böcklin, cuja a melhor versão pertenceu a Hitler e ao Museu do Louvre.
  • E: ao fato de o autor do texto, além compartilhar o gosto pela obra “A ilha dos mortos”, do pintor Arnold Böcklin, com Hitler, ter comprado uma aquarela do líder nazista oferecida por um jovem artista em Viena e à Accademia em Veneza.

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