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Portugueses e brasileiros


Sírio Possenti

Estamos acostumados a pensar que as diferenças entre o português do Brasil (PB) e o de Portugal (o europeu, PE) são lexicais e
relativas ao gerúndio. Onde dizemos “fila” eles dizem “bicha”, onde dizemos “camiseta” eles dizem “camisola” (Cristiano Ronaldo
joga com a 7) e muitos outros casos.
O dicionário contrastivo Luso-Brasileiro de Mauro Villar que dorme na minha biblioteca tem 320 páginas. É verdade, no entanto, que
às vezes falta-lhe critério, como vejo abrindo-o ao acaso e encontrando “ginecómano”, significando “ginecômano” – ou seja, trata-se
apenas de uma diferença de pronúncia. O volume poderia ser menor, provavelmente.
Aprendemos também que, onde empregamos gerúndios, eles empregam infinitivos (“jogando” x “a jogar”). E veio daí também uma
ojeriza total aos gerúndios todos, em época recente, ______ pensaram alguns que, se os portugueses não os empregam, devemos
fazer o mesmo – e com todos!
Mas isso é quase folclore. Estudos mais sofisticados de história e da variação nas duas ‘variedades’ de português mostram que os
fenômenos não são tão simples. Há quem defenda que o PB é uma continuação do PE, já que todas as variantes que se encontram
aqui se encontram também lá. Mas nem todos pensam assim, e postulam que há uma ruptura entre as duas variedades (línguas?),
decorrente do contato aqui havido com línguas africanas. Tudo depende um pouco dos dados postos em relevo.
Quem anda uns dias pela terrinha sabe que há muitas diferenças de pronúncia pouco tematizadas (______ os lugares comuns se repetem),
algumas das quais não serviriam como fundamento para quem desejasse que o português de Portugal fosse nosso modelo (...).

Disponível em: https://cienciahoje.org.br/coluna/portugueses-e-brasileiros/. Adaptado.

Assinale a alternativa que apresenta um excerto do texto cujo emprego tem sentido figurado.
  • A: são lexicais e relativas ao gerúndio
  • B: dorme na minha biblioteca
  • C: abrindo-o ao acaso
  • D: decorrente do contato
  • E: há muitas diferenças de pronúncia

Portugueses e brasileiros


Sírio Possenti

Estamos acostumados a pensar que as diferenças entre o português do Brasil (PB) e o de Portugal (o europeu, PE) são lexicais e
relativas ao gerúndio. Onde dizemos “fila” eles dizem “bicha”, onde dizemos “camiseta” eles dizem “camisola” (Cristiano Ronaldo
joga com a 7) e muitos outros casos.
O dicionário contrastivo Luso-Brasileiro de Mauro Villar que dorme na minha biblioteca tem 320 páginas. É verdade, no entanto, que
às vezes falta-lhe critério, como vejo abrindo-o ao acaso e encontrando “ginecómano”, significando “ginecômano” – ou seja, trata-se
apenas de uma diferença de pronúncia. O volume poderia ser menor, provavelmente.
Aprendemos também que, onde empregamos gerúndios, eles empregam infinitivos (“jogando” x “a jogar”). E veio daí também uma
ojeriza total aos gerúndios todos, em época recente, ______ pensaram alguns que, se os portugueses não os empregam, devemos
fazer o mesmo – e com todos!
Mas isso é quase folclore. Estudos mais sofisticados de história e da variação nas duas ‘variedades’ de português mostram que os
fenômenos não são tão simples. Há quem defenda que o PB é uma continuação do PE, já que todas as variantes que se encontram
aqui se encontram também lá. Mas nem todos pensam assim, e postulam que há uma ruptura entre as duas variedades (línguas?),
decorrente do contato aqui havido com línguas africanas. Tudo depende um pouco dos dados postos em relevo.
Quem anda uns dias pela terrinha sabe que há muitas diferenças de pronúncia pouco tematizadas (______ os lugares comuns se repetem),
algumas das quais não serviriam como fundamento para quem desejasse que o português de Portugal fosse nosso modelo (...).

Disponível em: https://cienciahoje.org.br/coluna/portugueses-e-brasileiros/. Adaptado.

Sobre o texto, é correto afirmar:
  • A: As diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal são restritas ao significado das palavras e à conjugação de alguns verbos.
  • B: Para o autor do texto, o dicionário contrastivo Luso-Brasileiro tem o tamanho ideal e parte de critérios rigorosos e científicos.
  • C: O termo “camisola” no português de Portugal significa o mesmo que aqui no Brasil, ou seja: vestimenta apropriada para dormir.
  • D: Uma diferença apresentada entre o PB e o PE é que os brasileiros preferem dizer "brincando" enquanto os portugueses preferem dizer "a brincar".
  • E: O autor do texto discorda da diferença entre as pronúncias de “ginecómano” e “ginecômano” apresentadas por Mauro Villar

Portugueses e brasileiros


Sírio Possenti

Estamos acostumados a pensar que as diferenças entre o português do Brasil (PB) e o de Portugal (o europeu, PE) são lexicais e
relativas ao gerúndio. Onde dizemos “fila” eles dizem “bicha”, onde dizemos “camiseta” eles dizem “camisola” (Cristiano Ronaldo
joga com a 7) e muitos outros casos.
O dicionário contrastivo Luso-Brasileiro de Mauro Villar que dorme na minha biblioteca tem 320 páginas. É verdade, no entanto, que
às vezes falta-lhe critério, como vejo abrindo-o ao acaso e encontrando “ginecómano”, significando “ginecômano” – ou seja, trata-se
apenas de uma diferença de pronúncia. O volume poderia ser menor, provavelmente.
Aprendemos também que, onde empregamos gerúndios, eles empregam infinitivos (“jogando” x “a jogar”). E veio daí também uma
ojeriza total aos gerúndios todos, em época recente, ______ pensaram alguns que, se os portugueses não os empregam, devemos
fazer o mesmo – e com todos!
Mas isso é quase folclore. Estudos mais sofisticados de história e da variação nas duas ‘variedades’ de português mostram que os
fenômenos não são tão simples. Há quem defenda que o PB é uma continuação do PE, já que todas as variantes que se encontram
aqui se encontram também lá. Mas nem todos pensam assim, e postulam que há uma ruptura entre as duas variedades (línguas?),
decorrente do contato aqui havido com línguas africanas. Tudo depende um pouco dos dados postos em relevo.
Quem anda uns dias pela terrinha sabe que há muitas diferenças de pronúncia pouco tematizadas (______ os lugares comuns se repetem),
algumas das quais não serviriam como fundamento para quem desejasse que o português de Portugal fosse nosso modelo (...).

Disponível em: https://cienciahoje.org.br/coluna/portugueses-e-brasileiros/. Adaptado.


Considere os seguintes posicionamentos:
1. Se os portugueses não empregam o gerúndio, os brasileiros também não devem empregá-lo.
2. O português do Brasil é uma extensão do português Europeu.
3. O contato com línguas africanas influenciou o português do Brasil.

São posicionamentos presentes no texto:
  • A: 1, apenas.
  • B: 2, apenas.
  • C: 1 e 3, apenas.
  • D: 2 e 3, apenas.
  • E: 1, 2 e 3.

Portugueses e brasileiros

Sírio Possenti

Estamos acostumados a pensar que as diferenças entre o português do Brasil (PB) e o de Portugal (o europeu, PE) são lexicais e
relativas ao gerúndio. Onde dizemos “fila” eles dizem “bicha”, onde dizemos “camiseta” eles dizem “camisola” (Cristiano Ronaldo
joga com a 7) e muitos outros casos.
O dicionário contrastivo Luso-Brasileiro de Mauro Villar que dorme na minha biblioteca tem 320 páginas. É verdade, no entanto, que
às vezes falta-lhe critério, como vejo abrindo-o ao acaso e encontrando “ginecómano”, significando “ginecômano” – ou seja, trata-se
apenas de uma diferença de pronúncia. O volume poderia ser menor, provavelmente.
Aprendemos também que, onde empregamos gerúndios, eles empregam infinitivos (“jogando” x “a jogar”). E veio daí também uma
ojeriza total aos gerúndios todos, em época recente, ______ pensaram alguns que, se os portugueses não os empregam, devemos
fazer o mesmo – e com todos!
Mas isso é quase folclore. Estudos mais sofisticados de história e da variação nas duas ‘variedades’ de português mostram que os
fenômenos não são tão simples. Há quem defenda que o PB é uma continuação do PE, já que todas as variantes que se encontram
aqui se encontram também lá. Mas nem todos pensam assim, e postulam que há uma ruptura entre as duas variedades (línguas?),
decorrente do contato aqui havido com línguas africanas. Tudo depende um pouco dos dados postos em relevo.
Quem anda uns dias pela terrinha sabe que há muitas diferenças de pronúncia pouco tematizadas (______ os lugares comuns se repetem),
algumas das quais não serviriam como fundamento para quem desejasse que o português de Portugal fosse nosso modelo (...).

Disponível em: https://cienciahoje.org.br/coluna/portugueses-e-brasileiros/. Adaptado.

Os termos destacados “ojeriza”, “postulam” e “ruptura” têm, respectivamente, os mesmos sentidos no texto de:
  • A: aversão – presumem – quebra
  • B: virtude – acreditam – conjunção
  • C: inversão – atestam – ligação
  • D: estima – comprovam – tendência
  • E: defesa – duvidam – complementação

Estátua de Buda é descoberta no Egito


Medindo 71 centímetros, o artefato feito em mármore foi localizado em Berenike, cidade que foi muito importante para a rota
comercial entre o país africano e a Índia durante o Império Romano.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/arqueologia/noticia/2023/05/
estatua-de-buda-do-seculo-2-e-descoberta-em-antiga-cidade-do-egito.ghtml. Adaptado.


O trecho “Medindo 71 centímetros, o artefato feito em mármore foi localizado em Berenike” pode ser reescrito sem prejuízo de sentido em:
  • A: Feito em mármore de Berenike, o artefato localizado mede 71 centímetros.
  • B: Localizado a 71 centímetros em Berenike, o artefato foi feito de mármore.
  • C: O artefato, feito em Berenike, foi localizado em mármore de 71 centímetros.
  • D: Berenike deu origem ao mármore do artefato de 71 centímetros.
  • E: O artefato, que mede 71 centímetros e foi feito em mármore, foi localizado em Berenike.

Estátua de Buda é descoberta no Egito

Medindo 71 centímetros, o artefato feito em mármore foi localizado em Berenike, cidade que foi muito importante para a rota
comercial entre o país africano e a Índia durante o Império Romano.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/arqueologia/noticia/2023/05/
estatua-de-buda-do-seculo-2-e-descoberta-em-antiga-cidade-do-egito.ghtml. Adaptado.

O termo “que”, em destaque no texto, refere-se a:
  • A: artefato
  • B: mármore
  • C: cidade
  • D: rota comercial
  • E: Império Romano

Considere o seguinte excerto:
O animal ficou extinto naquele território por 70 anos, graças ____ ganância por sua majestosa pele e o medo dos ataques ____ criações de gado da região. Mas em 2022 voltaram ____ nascer filhotes no Parque Nacional de Iberá.

Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/causadores-biologa-argentina-sofia-heinonen/#page1.

Assinale a alternativa cujos termos preenchem correta e respectivamente as lacunas do texto.
  • A: à – as – à
  • B: à – às – a
  • C: a – as – à
  • D: a – às – à
  • E: a – as – a

O Brasil recentemente assinou um acordo de cooperação espacial com Portugal – país cuja agência espacial estatal faz parte da
ESA, a notória Agência Espacial Europeia. O Memorando de Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais,
Tecnologias e Aplicações indica uma série de colaborações entre os dois países lusófonos. O anúncio do Governo da República
Portuguesa destaca que a colaboração preve práticas como "iniciativas conjuntas para a instalação de capacidades terrestres para
recepção de dados de satélites", "intercâmbio de informações sobre novas tecnologias relacionadas a foguetes, voos suborbitais e
sistemas de lançamentos", "troca de dados sobre meteorologia espacial" e "desenvolvimento de ações ligadas à formação
acadêmica e técnica de profissionais, estudantes e investigadores de ambos os países".

Fonte: portal Terra. Adaptado.

As palavras a seguir, extraídas do texto, estão corretamente grafadas, EXCETO:
  • A: Europeia
  • B: lusófono
  • C: preve
  • D: intercâmbio
  • E: voos

O Brasil recentemente assinou um acordo de cooperação espacial com Portugal – país cuja agência espacial estatal faz parte da
ESA, a notória Agência Espacial Europeia. O Memorando de Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais,
Tecnologias e Aplicações indica uma série de colaborações entre os dois países lusófonos. O anúncio do Governo da República
Portuguesa destaca que a colaboração preve práticas como "iniciativas conjuntas para a instalação de capacidades terrestres para
recepção de dados de satélites", "intercâmbio de informações sobre novas tecnologias relacionadas a foguetes, voos suborbitais e
sistemas de lançamentos", "troca de dados sobre meteorologia espacial" e "desenvolvimento de ações ligadas à formação
acadêmica e técnica de profissionais, estudantes e investigadores de ambos os países".

Fonte: portal Terra. Adaptado.

O texto autoriza a seguinte leitura:
  • A: A agência espacial estatal de Portugal faz parte da notória ESA.
  • B: O acordo de cooperação espacial entre Brasil e Portugal remonta a décadas.
  • C: O Governo da República Portuguesa conjectura pontos de discórdia com o Brasil.
  • D: O objetivo do acordo é racionar o uso do Espaço por meio de ciências distintas.
  • E: As informações tecnológicas provindas do Brasil serão mantidas em sigilo.

Texto CB1A1-I



Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que “poderia ser”.

“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros. Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”

Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época, participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios, lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período, desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.

A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações, porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.

Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de decisões.



Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP,

30/10/2022 (com adaptações).

A respeito das ideias do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.



De acordo com o texto, Darcy Ribeiro se considerava fracassado por ter-se dedicado a muitas áreas do conhecimento.
  • A: Certo
  • B: Errado

Exibindo de 2631 até 2640 de 24771 questões.