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As opções a seguir mostram segmentos textuais em que ocorre a retomada coesiva de termos anteriores sublinhados. Assinale a frase em que o tipo de retomada foi explicitado corretamente.
  • A: Os barbeadores se diversificaram muito nos últimos anos, mas qualquer que seja o tipo, esses aparelhos continuam sendo indispensáveis. / retomada por sinônimos.
  • B: Incidentes com bagagens são comuns em viagens e não adianta aborrecer-se com essas coisas. / retomada por hiperônimo.
  • C: Cabral chegou ao Brasil no mês de abril ou de maio? Até hoje a viagem do descobridor de nosso país está cercada de mistérios. / retomada por repetição.
  • D: Chegar ao topo de Everest é uma façanha realizada por poucos e, por isso, a chegada é comemorada. / retomada por perífrase.
  • E: Os novos automóveis são tecnologicamente mais avançados e trazem mais segurança para quem viaja dentro deles. Retomada por nominalização.

Assinale a frase abaixo – retirada do romance A Mão e a Luva, de Machado de Assis, em que a palavra ainda mostra valor concessivo (=embora).
  • A: Uma mulher jovem deve usar maquiagem. Uma velha, mais maquiagem ainda.
  • B: O microscópio serve somente para confundir-nos ainda mais.
  • C: Os dois amigos demoraram-se ainda algum tempo no corredor, um a insistir com o outro para que subisse, o outro a teimar que queria ir morrer...
  • D: Mas o certo é que a tempestade serenara; o que havia era uma ressaca, ainda forte, mas que diminuiria com o tempo.
  • E: - Vieste lavar a alma da poeira do caminho, disse Estêvão que, ainda falando em prosa, cultivava as suas metáforas poéticas.

Assinale a frase cujo termo sublinhado tem um sinônimo adequadamente indicado.
  • A: Qualquer pessoa desprovida de senso de humor está à mercê de todos / à disposição de.
  • B: Toda alegria é uma vitória, e uma vitória é uma vitória, por menor que seja / contanto que.
  • C: O céu é justo e sábio e nada faz em vão / vaidosamente.
  • D: Cada cabeça, uma sentença / pensamento.
  • E: Quem não sabe chorar de todo o coração também não sabe rir / integralmente.

Muitas palavras da língua inglesa passaram a aparecer em textos, com significados estranhos à nossa língua; assinale a frase a seguir que mostra uma dessas palavras.
  • A: As montadoras estão fazendo uma campanha muito agressiva.
  • B: Nem todos os estudantes já realizaram aonde o estudo os pode levar.
  • C: Os embaixadores jogam papéis importantes nas negociações.
  • D: Algumas leis contemplam realidades efetivas dos países.
  • E: Todos confiam em chegar-se a um compromisso que evite guerras.

Nas frases abaixo, de Machado de Assis, o vocábulo “simplesmente” só não está presente como modalizador e sim como advérbio de modo, em:
  • A: Eu, que levava ideias a respeito da pequena, fitei-a de certo modo; ela, que não sei se as tinha, não me fitou de modo diferente; e o nosso olhar primeiro foi pura e simplesmente conjugal. No fim de um mês estávamos íntimos.
  • B: Devia sair ou ficar? Rejeitei o primeiro alvitre, que era simplesmente absurdo, e encaminhei-me para Virgília, que lá estava sentada e calada.
  • C: Era ali que ele costumava repousar de todas as sensações más, simplesmente enfadonhas, ou até dolorosas.
  • D: “...passava-as à volta de uma mesa, vivendo simplesmente, lendo ou jogando com as duas, ou vendo-as trabalhar, enquanto contava anedotas da academia, lia as correspondências do Paraguai e de Buenos Aires.
  • E: A boa velha contemplou-o alguns instantes, disse-lhe algumas palavras de conselho, pediu-lhe que fizesse feliz a sua filha de criação, e não obteve dele uma palavra ou um gesto de assentimento. Supô-lo comovido; mas ele estava simplesmente atônito.

Assinale a frase abaixo, de Machado de Assis, em que houve troca indevida entre os verbos costumar e acostumar-se.
  • A: Félix refletiu algum tempo. Como quando os olhos se vão acostumando à meia-luz de um sítio, e começam a distinguir a pouco e pouco os objetos, o espírito do médico entrou a recordar e a examinar todos os incidentes daquela fatal manhã.
  • B: Desaprendemos a sofrer quando nos acostumamos a gozar
  • C: Os homens costumados a mandar e ser obedecidos, tornamse depois impacientes e furiosos quando são contrariados
  • D: Quando um povo soberanizado se acostumou impunemente ao perjuro, ingratidão e traição, é dificílimo reduzi-lo à lealdade e obediência às autoridades supremas do Estado: a anarquia é o seu elemento predominante
  • E: A eloquência consiste em simbolizar a natureza por palavras, que representem os seus fenômenos e excitem os mesmos sentimentos e emoções, que acostumam ocasionar nos viventes racionais.

Assinale a frase que não mostra uma expressão de tempo
iminente.
  • A: A chuva estava prestes a cair quando ela se retirou.
  • B: Por causa do assalto, a senhora estava a ponto de desmaiar.
  • C: Imediatamente após o toque da sirene, todos se retiraram.
  • D: O ministro estava quase a reclamar da demora quando ele chegou.
  • E: O candidato estava perto de desistir, mas decidiu continuar.

Assinale a frase abaixo cuja palavra sublinhada, formada com
sufixo diminutivo ou aumentativo, não indica diminutivo ou
aumentativo, mas uma palavra com sentido novo.
  • A: Musical é uma revista de mulheres nuas, dizendo palavrão, com a plateia gargalhando, e a censura encolhida.
  • B: Quando viu que tinha ladrão no filme, Maria Antônia, imediata e precavidamente, tirou duas pérolas das orelhinhas e guardou na bolsa.
  • C: Quando pequeno eu usava sempre o mesmo terninho como uniforme escolar e me sentia elegante.
  • D: A família morava num casarão, num bairro chique da Tijuca.
  • E: Assim que chegou ao Rio, Amâncio passou a morar em um quartinho num lugar pobre, no centro.

Texto I

Você está preparado para trabalhar no século XXI?

As projeções são de um mercado de trabalho cada vez mais desigual
Dora Kaufman


Estudos de consultorias e instituições internacionais sobre o mercado de trabalho divergem quanto aos números, porque têm base em metodologias distintas, contudo convergem sobre uma tendência: eliminação crescente de funções, ameaça aos empregos.

No Brasil, temos dois estudos: um da Universidade de Brasília, que indica que 54% das funções no Brasil têm probabilidade de serem eliminadas até 2026; e outro do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, que indica que mais de 50% das funções serão eliminadas até 2050, ou seja, 35 milhões de trabalhadores formais correm risco de perder seus empregos para a automação. Por outro lado, com 13% de taxa de desemprego, as empresas enfrentam dificuldade de preencher vagas em aberto por falta de candidatos qualificados.

As projeções são de um mercado de trabalho cada vez mais desigual, com as funções de alto desempenho extremamente lucrativas, e as demais com perdas salariais ou eliminadas pela automação. [...] A Uber ilustra bem o que está por vir. O número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões). No Brasil, são cerca de 600 mil motoristas; o pleno sucesso de seu projeto de carro autônomo, em teste em várias cidades, gerará um lucro extraordinário aos seus acionistas e uma perda total para os seus motoristas. A automação inteligente vai invadir o varejo, as transportadoras, os bancos e uma infinidade de funções em quase todos os setores, atingindo fortemente a classe média.

Ao contrário de processos associados a tecnologias disruptivas anteriores, os novos modelos de negócio não são intensivos em mão de obra. Na automação das fábricas no século XX, por exemplo, os trabalhadores dispensados tinham como alternativa o setor de serviços, em plena expansão. A Economia de Dados não oferece muitas alternativas. A montadora GM demorou 70 anos para gerar um lucro de U$ 11 bilhões com 840 mil funcionários, e o Google precisou de meros 14 anos para lucrar U$ 14 bilhões com 38 mil funcionários. O exemplo talvez mais emblemático: em 2012, a Kodak abriu falência com 19 mil funcionários, após chegar a ter 145 mil funcionários; no mesmo ano, o Instagram foi comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão e tinha apenas 13 funcionários.

Na competição entre o trabalhador humano e o “trabalhador máquina”, os humanos estão em desvantagem: a) a manutenção dos robôs é mais barata, as máquinas trabalham quase que em modo contínuo (sem descanso, sem férias, sem doenças), com um custo médio menor por hora trabalhada (US$ 49 para os profissionais na Alemanha e US$ 36 nos EUA, contra US$ 4 do “robô”); b) as máquinas inteligentes se aperfeiçoam automaticamente e continuamente e o custo de reproduzi-las é significativamente menor do que o custo de treinar profissionais humanos para as mesmas funções.

As transformações no mercado de trabalho não advêm exclusivamente da automação inteligente, mas igualmente de novas configurações como home office e/ou contratação por projeto. Outro fator é a categoria chamada “gig economy”; plataformas e aplicativos on-line, freelancers; os aplicativos Uber, iFood, Rappi e 99 são hoje o maior empregador do país, com cerca de 3,8 milhões de trabalhadores, representando 17% dos 23,8 milhões de trabalhadores autônomos, segundo o IBGE. A tendência é a de que as empresas reduzam o número de empregados fixos, regidos pelas leis trabalhistas como CLT, com redução de custos e ganhos de eficiência, inclusive na qualidade do serviço prestado.

As profissões-chave, no mercado de trabalho, dos próximos anos, segundo consultorias especializadas, são: analista de dados, cientista de dados, desenvolvedor de software e aplicativos, especialista em comércio eletrônico, especialista em mídias sociais, profissional de IA (especialista em inteligência artificial) com ênfase em aprendizado de máquina, especialista em Big Data, analista de segurança da informação e engenheiro de robótica. Em paralelo, existe um grande potencial em funções centradas em habilidades humanas, como atendimento ao cliente, vendas e marketing, treinamento e desenvolvimento de pessoas e cultura, gestão da inovação, e desenvolvimento organizacional. Até 2020, mais de um terço das habilidades essenciais para a maioria das ocupações será composto por habilidades que ainda não são cruciais para o trabalho atual.

Para não perder a relevância econômica e social no século XXI, o desafio é identificar quais as habilidades necessárias para que o “robô” não roube seu emprego, e se capacitar. Lição de casa: liste todas as funções/tarefas desempenhadas no seu trabalho; agrupe, em colunas, as mais suscetíveis à automação e as que requerem habilidades ainda exclusivamente humanas e prepare-se para desempenhar melhor estas últimas.

KAUFMAN, Dora. Você está preparado para trabalhar no século XXI?. In: Desmistificando a inteligência artificial. Belo Horizonte: Autêntica, 2022, p. 49-51 – (Adaptado).

Glossário:
big data: uso de grandes e diversificados conjuntos de dados em análises preditivas para entender padrões, tendências e comportamentos. O big data estabelece correlações entre os dados (não causalidades).
KAUFMAN, Dora. Você está preparado para trabalhar no século XXI?. In: Desmistificando a inteligência artificial. Belo Horizonte: Autêntica, 2022, p. 307.

gig economy: A Gig Economy é uma tendência em expansão. Trata-se de uma economia alternativa da era digital que favorece prestação de trabalhos temporários ou de curto prazo para diversas empresas. Assim, a Gig Economy abrange os trabalhadores que deixaram o ambiente estável dos escritórios para conduzir sua própria carreira.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreira. Acesso em: 20 ago. 2023.

É correto afirmar que o objetivo principal do texto I é:
  • A: apontar cenários de desemprego no contexto brasileiro.
  • B: discutir impactos de tecnologias no mercado de trabalho.
  • C: descrever profissões de destaque no futuro do trabalho.
  • D: ilustrar recente perda de direitos nas relações trabalhistas.

Leia este trecho:
“A Uber ilustra bem o que está por vir. O número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões).”

Assinale a alternativa em que o termo em destaque mantém a conexão de sentido correta nesse trecho.
  • A: “A Uber ilustra bem o que está por vir, uma vez que o número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões).”
  • B: “A Uber ilustra bem o que está por vir, no momento em que o número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões).”
  • C: “A Uber ilustra bem o que está por vir à medida que o número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões).”
  • D: A Uber ilustra bem o que está por vir, no entanto o número de motoristas cadastrados cresceu em 50% entre 2016-2018 (50 milhões para 100 milhões).”

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