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Planos da natureza
Gabam-se os homens de serem hábeis planejadores. E somos. Mas não queiramos exclusividade absoluta. A natureza é a rainha dos planejamentos. Aprendemos com ela a identificar para cada necessidade seu melhor atendimento. Mas fomos além: chegamos a criar carências só pelo prazer de atendê-las.
Exemplo? Ouve-se a toda hora: não sei o que seria de mim sem meu celular. Foram necessários milhares dea nos para o homem finalmente descobrir o que lhe é vital: um smartphone. “Com ele planejo meu dia, me oriento, me situo na vida” - dirá um contemporâneo. De fato, o planejamento, como ferramenta da previsão e da organização do trabalho eficaz e necessário, muitas vezes revela-se indispensável. Mas quando quero me certificar da vantagem de um planejamento, observo a natureza, em algum plano que ela traçou para manter vivas suas leis essenciais. E alguém duvida de que ela tenha suas próprias razões de planejamento?
(Aristeu Villas-Boas, inédito)
A propósito da construção do texto, é correta a afirmação de que o autor
  • A: guarda uma crítica irônica em sua consideração sobre os celulares.
  • B: lança mão de uma oração sem sujeito no segmento Ouve-se a toda hora.
  • C: vale-se de uma construção na voz passiva na frase Gabam-se os homens de serem hábeis planejadores.
  • D: evitou representar-se a si mesmo no texto para salvaguardar inteiramente sua objetividade.
  • E: inicia um período por Mas quando para estabelecer entre este e o período anterior uma relação de causa e efeito.


Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
Conforme o texto, a Terceira Revolução Industrial foi o evento histórico responsável por transformar o empregado em simples mercadoria do processo de produção.
  • A: Certo
  • B: Errado



Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.

A palavra “subsidiariamente” (linha 23) foi empregada, no texto, com o mesmo sentido de compulsoriamente.
  • A: Certo
  • B: Errado

Planos da natureza
Gabam-se os homens de serem hábeis planejadores. E somos. Mas não queiramos exclusividade absoluta. A natureza é a rainha dos planejamentos. Aprendemos com ela a identificar para cada necessidade seu melhor atendimento. Mas fomos além: chegamos a criar carências só pelo prazer de atendê-las.
Exemplo? Ouve-se a toda hora: não sei o que seria de mim sem meu celular. Foram necessários milhares dea nos para o homem finalmente descobrir o que lhe é vital: um smartphone. “Com ele planejo meu dia, me oriento, me situo na vida” - dirá um contemporâneo. De fato, o planejamento, como ferramenta da previsão e da organização do trabalho eficaz e necessário, muitas vezes revela-se indispensável. Mas quando quero me certificar da vantagem de um planejamento, observo a natureza, em algum plano que ela traçou para manter vivas suas leis essenciais. E alguém duvida de que ela tenha suas próprias razões de planejamento?
(Aristeu Villas-Boas, inédito)
Ao estabelecer no texto uma relação entre planejamento da natureza e planejamento humano, o autor considera que
  • A: ambos se contradizem, uma vez que o homem passou a planejar fora de qualquer controle da natureza.
  • B: a necessidade de planejar do homem espelha a qualificação da natureza em atender aos propósitos dela mesma.
  • C: a natureza tem toda a primazia em seus planejamentos, não sabendo o homem inovar ou afastar-se deles.
  • D: eles se complementam, já que cabe ao homem corrigir o que haja de impróprio nos planos da natureza.
  • E: o elemento comum entre ambos comprova-se na plena harmonia de seus respectivos objetivos.



Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.

A substituição de “no qual” ( linha 21) por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.
  • A: Certo
  • B: Errado

Limites da propriedade
Direito à terra? Sim. O problema está em onde se colocam as cercas.
Tenho, numa árvore, um daqueles bebedouros para beija-flores. E um deles já tomou posse. Quando aparece qualquer intruso, lá vem ele, como uma flecha, defender sua água. É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence, que lhe é próprio. Daí, propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo, que não pode ser tocado sem que eu sinta. O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem. Os limites da minha terra são os limites do que necessito para viver.
Mas há aqueles que fincam cercas para além dos limites da necessidade do seu corpo. Quando a terra é, de fato, uma propriedade, algo que é próprio ao corpo, ela está sendo constantemente transformada em vida. Mas quando a terra é mais do que meu corpo necessita, ela deixa de ser vida e se transforma em lucro. Lucro é aquilo que não foi consumido pela vida.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 33-34)
Considere as seguintes orações:
O autor defende o direito à terra. O direito à terra tem limites. Os limites são nossas necessidades vitais.
Em nova redação, essas orações articulam-se com clareza, coerência e correção num período único em:
  • A: Ainda que defenda o direito à terra, o autor julga a necessidade dos limites vitais.
  • B: Para que não se transborde os limites da terra necessária, o autor defende-a nesse direito.
  • C: Como necessidades vitais, o autor aceita que se ponha limites ao direito à terra
  • D: Mesmo sendo elas nossos limites vitais, o autor vê nessas necessidades o direito à terra.
  • E: Os limites do direito à terra, defendido pelo autor, são dados por nossas necessidades vitais.

Limites da propriedade
Direito à terra? Sim. O problema está em onde se colocam as cercas.
Tenho, numa árvore, um daqueles bebedouros para beija-flores. E um deles já tomou posse. Quando aparece qualquer intruso, lá vem ele, como uma flecha, defender sua água. É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence, que lhe é próprio. Daí, propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo, que não pode ser tocado sem que eu sinta. O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem. Os limites da minha terra são os limites do que necessito para viver.
Mas há aqueles que fincam cercas para além dos limites da necessidade do seu corpo. Quando a terra é, de fato, uma propriedade, algo que é próprio ao corpo, ela está sendo constantemente transformada em vida. Mas quando a terra é mais do que meu corpo necessita, ela deixa de ser vida e se transforma em lucro. Lucro é aquilo que não foi consumido pela vida.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 33-34)
Indica-se adequada transposição da voz verbal de um segmento para outra voz verbal no seguinte caso:
  • A: onde se colocam as cercas = onde as cercas são colocadas.
  • B: um deles já tomou posse = um deles já possuiu.
  • C: que não pode ser tocado = que não deverá ser tocado.
  • D: não foi consumido pela vida = a vida não consumiu.
  • E: sendo [...] transformada em vida = a vida passa a ser transformada.

Limites da propriedade
Direito à terra? Sim. O problema está em onde se colocam as cercas.
Tenho, numa árvore, um daqueles bebedouros para beija-flores. E um deles já tomou posse. Quando aparece qualquer intruso, lá vem ele, como uma flecha, defender sua água. É a própria vida que determina o círculo de espaço que lhe pertence, que lhe é próprio. Daí, propriedade: aquilo que não me é estranho, que é parte de mim mesmo, que não pode ser tocado sem que eu sinta. O espaço que é propriedade do meu corpo é um dos direitos que a vida tem. Os limites da minha terra são os limites do que necessito para viver.
Mas há aqueles que fincam cercas para além dos limites da necessidade do seu corpo. Quando a terra é, de fato, uma propriedade, algo que é próprio ao corpo, ela está sendo constantemente transformada em vida. Mas quando a terra é mais do que meu corpo necessita, ela deixa de ser vida e se transforma em lucro. Lucro é aquilo que não foi consumido pela vida.
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 33-34)
As formas verbais atendem às normas de concordância e estabelecem uma adequada correlação entre os tempos e os modos na frase:
  • A: Sempre terão havido aqueles ambiciosos para os quais não contarão os limites de propriedade a serem observados.
  • B: Os espaços que venham a ser propriedade do meu corpo deverão corresponder plenamente a necessidades minhas.
  • C: Poderão acorrer aos bebedouros qualquer pássaro, desde que não houvesse a tomada de posse por um deles.
  • D: Se couberem aos proprietários atender às necessidades do corpo, eles se regulariam por esse princípio de direito.
  • E: Uma vez que se infrinja os critérios da necessidade humana, o direito à propriedade poderia se mostrar abusivo.



Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.

Depreende-se do texto que a reestruturação da produção industrial e a supressão do valor laboral representam, para a sociedade, consequências negativas da adoção do modelo econômico de produção capitalista.

 
  • A: Certo
  • B: Errado

Fim do mundo ‘físico’
Meu amigo Daniel Chomski, dono do sebo Berinjela, no Rio de Janeiro, surpreendeu-se outro dia usando uma expressão que, em anos de trato com livros, nunca lhe ocorrera pronunciar: “livro físico”. E caiu em si no ato: por que livro “físico” se, até então, todos os livros que haviam passado por suas mãos eram apenas livros - objetos físicos - e não havia motivo para aquele apêndice boboca?
É claro que Daniel sabe a resposta e eu também. De algum tempo para cá, as pessoas têm falado de “livro físico” para diferenciá-lo do livro que, a poder de dois ou três cliques, sai de um lugar não sabido do ciberespaço e desembarca numa tabuleta eletrônica chamada, em português castiço, “tablet” - o e-book, ou livro eletrônico, que se lê mais com os dedos do que com os olhos. Considerando-se que o livro “físico”, de papel, existe há cerca de 1500 anos, deveria ter o direito de continuar sendo apenas e somente livro, não? Mas não é o que acontece.
O mesmo está acontecendo com o CD, o “disco físico” - que, ironicamente, passou a se chamar assim em pleno processo de extinção física -, em contraposição à música que também sai de qualquer lugar e nos entra pelas orelhas quase sem depender de intermediário.
E, idem, com o “filme físico”, o DVD, prestes a se tornar um objeto tão pré-histórico quanto uma mandíbula de pterodáctilo.
Há pouco, vi pela primeira vez alguém pagando as compras com o celular num supermercado sem caixas. É quase certo que, em breve, as últimas moças que ainda conservarem seus empregos serão chamadas de “caixas físicas”. E o “dinheiro físico” também ameaça deixar de ser impresso, tal o número de pessoas que hoje pagam até uma bala Juquinha com o cartão.
Imagino que, um dia, as pessoas “físicas”, tipo você e eu, também deixaremos de existir. Mas isso é problema de vocês. 
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 28.12.2018. Adaptado
O autor do texto apresenta uma reflexão sobre:
  • A: a iminência do fim dos livros físicos devido à preferência dos mais jovens pela leitura em dispositivos eletrônicos.
  • B: a dificuldade dos comerciantes mais antigos em se adaptar ao surgimento constante de novas tecnologias eletrônicas.
  • C: a sua boa adaptação ao livro eletrônico e o consequente desprezo pelos livros físicos, levando-o a considerá-los objetos antiquados.
  • D: as consequências do alcance cada vez maior da substituição de objetos físicos pelos seus equivalentes em versão eletrônica.
  • E: os benefícios para operadores de caixas em supermercados com a substituição do dinheiro físico pelo uso de cartões eletrônicos.

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